Nesta quarta-feira (10), o boletim especial da COP 26 escuta a repórter Cristiane Prizibisczki, que comenta sobre a ida do Brasil para a Conferência do Clima, em Glasgow, sem os dados oficiais de desmatamento – que é justamente a principal causa de emissões de gases de efeito estufa do Brasil. É a segunda vez em quase duas décadas que o Brasil vai a uma COP no escuro sobre as taxas de perda de floresta, a primeira havia sido em 2016, ano que registrou um aumento de 29% no índice. Desde 2019, quando começou a gestão de Bolsonaro, o desmatamento vem em alta constante e já ultrapassou a marca de 10 mil km² por ano. A expectativa é que 2021 repita a taxa elevada.
“É importante deixar claro que quem escolhe a data de divulgação das estimativas e a forma como essa divulgação vai ser feita é o presidente da República e seus ministros em Brasília”, explica a repórter Cristiane, que apurou o tema para uma matéria publicada nesta terça-feira (09) em ((o))eco.
A repórter também comentou outro episódio protagonizado pelo governo brasileiro na COP-26: a apresentação da frigorífica JBS como um caso de sucesso na descarbonização da pecuária, apesar da empresa ter tido o pior resultado em auditoria do Ministério Público Federal pela compra de gado de área desmatada.
Direto de Glasgow, Felipe Werneck repercutiu o discurso do ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite. O Fakebook.eco fez a verificação frase a frase da fala de Leite, que teve informações falsas e exageros.
Escute o décimo episódio do podcast feito pelo Observatório do Clima em parceria com ((o))eco:
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