E foi essa paisagem a que seduziu oito anos atrás, Seu Germânico Montenegro e sua esposa Meche, que decidiram estabelecer ali seu negócio e domicílio. Como militar, Germânico, nascido em Otavalo, viajou por muitos lugares do Equador, “eu em nenhum outro lado me senti assim, essa tranquilidade não se encontra em outro lugar”. Agora aposentado, seus distintivos militares estão pendurados na parede da pequena mercearia que atende Meche, que com um sorriso nos conta que é de Chone.
Desde que eles chegaram viram que com os anos a qualidade da água foi afetada, mas existem ainda umas 20 espécies de peixes. “Nós vivemos do rio, oferecemos rafting e queremos construir uma tarabita que atravesse o Pastaza”. Qualquer coisa que aconteça rio acima afeta seu curso, “mas o rio não está contaminado, ao contrário do Rio Napo que tem poços petrolíferos perto”.
Com o braço, onde tem uma tatuagem de Jesús do Grande Poder, Germánico mostra a rota que devemos seguir. Enquanto isso Meche brinca amorosamente com o gato que não tem visto ela por uma semana. Os cachorros alegres parecem saber que vamos partir, e se reúnem ao lado de seus donos. Perto de sua rede e com um sorriso, Germânico e Meche se despedem. Boa viagem!
Leia também
G20 lança até o final do ano edital internacional de pesquisa sobre a Amazônia
Em maio será definido o orçamento; temas incluem mudanças climáticas, risco de desastres, justiça ambiental e conhecimentos indígenas →
O papel do jornalismo na construção de uma nova mentalidade diante da Emergência Climática
Assumir a responsabilidade com a mudança de pensamento significa assumir o potencial do jornalismo em motivar reflexões e ações que impactam a sociedade →
ICMBio tem menos de R$ 0,13 para fiscalizar cada 10.000 m² de áreas protegidas
Acidente com servidores no Amapá escancara quadro de precariedade. Em situação extrema, além do risco de morte, envolvidos tiveram de engolir o próprio vômito →