RESTAURAR PASTO DEGRADADO CUSTA 72% MENOS DO QUE ABRIR NOVAS ÁREAS NA AMAZÔNIA

A crescente demanda por carne bovina e o aumento da produção no setor até 2030 poderão resultar no desmatamento de 1 milhão de hectares/ano na Amazônia.

Contudo, empregando técnicas e recursos financeiros já disponíveis, a região pode produzir mais sem desmatar, a um custo agregado até 72% menor do que o necessário para abrir novas áreas.

Atualmente, a baixa produtividade predomina: em média, na área onde seria possível alimentar 33 animais, existem apenas 10, e os pastos cobrem cerca de 90% das áreas desmatadas no bioma.

Além disso, ao longo da próxima década, a demanda brasileira por carne bovina deve crescer, o que resultará em mais desmatamento.

Para atender a demanda sem derrubar floresta, seria necessário reformar 170 mil e 290 mil hectares de pasto degradado por ano até 2030, o que equivale entre 0,37% e 0,64% da área de pasto existente.

Mas há muitas barreiras para a adoção de melhores práticas, que desestimulam avanços técnicos: muita terra barata disponível, mão-de-obra pouco qualificada e infraestrutura precária.

Se não houver mudanças, será 1 milhão de hectares por ano ao chão na Amazônia, com custos que variam entre R$ 950 milhões e R$ 1,63 bilhão/ano.

Reportagem Cristiane Prizibisczki Imagens Marcio Isensee e Sá Filme Sob A Pata do Boi (2018) Roteiro Bruna Martins Edição desse Web Stories Milena Giacomini 18 de novembro de 2021