Notícias
18 de julho de 2007

Nem tanto

Apesar do aumento do número de consumidores éticos e do incremento na noção das “pegadas” de emissões de carbono efetuadas por cada cidadão, um relatório divulgado recentemente chega à conclusão de que poucas pessoas na Grã-Bretanha estão preparadas para promover grandes mudanças em suas vidas em favor do cuidado com o meio ambiente. Por incrível por pareça, a maioria dos britânicos se mostra disposta apenas a usar lâmpadas que gastem menos energia, reciclar o lixo doméstico e desligar os aparelhos eletrônicos quando eles não estiverem em uso. Saiu no The Guardian.

Por Eric Macedo
18 de julho de 2007
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18 de julho de 2007

Andando para trás

O combate ao aquecimento global exigirá de todas as economias e sociedades do planeta que sejam capazes de produzir cada vez mais bem-estar com emissões cada vez menores de gases do efeito estufa. É preocupante, portanto, ler que a Europa está andando na direção errada. Segundo relatório da New Economics Foundation, as 30 nações européias são hoje menos eficientes na geração de vidas longas e felizes para seus cidadãos do que eram a 40 anos atrás. A solução é reduzir o consumo, pois não existe relação direta entre consumo e bem-estar, argumenta a Fundação.

Por Carolina Elia
18 de julho de 2007
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18 de julho de 2007

Amoras apressadas

Reportagem publicada nesta quarta-feira no jornal The Independent pergunta a seus leitores: “Estão as nossas estações climáticas começando a mudar?”. Há sinais de que a resposta é positiva. Durante os torneios de tênis de Wimbledon nos últimos anos, por exemplo, a quantidade de opções nos cardápios dos restaurantes que contêm amoras na receita está na cola das que têm morangos. Só que a colheita de amora acontece tradicionalmente entre seis e oito semanas após a do morango, no final da primavera e o início do verão. Acontece que a primavera tem chegado mais cedo, o verão e o outono durado mais e o inverno se apresentado mais ameno.

Por Eric Macedo
18 de julho de 2007
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18 de julho de 2007

Calma lá

O governo federal vai proibir o plantio de cana-de-açúcar na Amazônia, no Pantanal e em outras regiões ainda em estudo – possivelmente no Cerrado e nos Pampas. Segundo o Valor Econômico, a medida de esfera federal, tomada ontem, tem o intuito de evitar acusações de agressão ambiental e reduzir a pressão sobre áreas de produção de alimento, além de obrigar a certificação socioambiental de lavouras de cana e usinas sucroalcooleiras como fator restritivo para a comercialização da produção. Reinhold Stephanes, ministro da Agricultura, prometeu para daqui a um ano o mapa do zoneamento ecológico-econômico (ZEE), que indicará as áreas permitidas ao plantio e aquelas onde haverá incentivos fiscais. Só no Mato Grosso do Sul, há cerca de 10 milhões de hectares de pastagens degradadas onde poderia ser incentivado o cultivo da cana. A medida já é adotada neste estado, que restringe o plantio à bacia do rio Paraguai.

Por Eric Macedo
18 de julho de 2007
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18 de julho de 2007

Invasões

O anoni, capim de origem africana introduzido no Rio Grande do Sul em 1950, é motivo de grande preocupação nos estados do Sul. Nos pampas gaúchos, o capim já ocupa quase dois milhões de hectares. Acabou com as pastagens nativas e agora avança a passos largos em direção a Santa Catarina e Paraná. Aplicações localizadas de herbicidas ajudam, mas não resolvem. No arquipélago de Fernando de Noronha a preocupação é com outra espécie. A leguminosa Leucena leocucephala, trazida na mesma época, começa a infestar a região, que já tem problemas com a jitirana. Leguminosa trepadeira que cobre a copa das árvores, as impede de respirar e as leva à morte. A leucena preocupa os ambientalistas por ser agressiva sobre outras espécies ao intoxicar o solo com uma enzima de sua raiz. Um projeto estadual que visa a recomposição da flora nativa e a erradicação da leucena e da jitirana está previsto para o início de 2008 . A notícia é do Estado de São Paulo.

Por Eric Macedo
18 de julho de 2007
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18 de julho de 2007

Inutilidade

A prefeitura de São Paulo acaba de descobrir o óbvio: os corredores de ônibus da cidade não funcionam. Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, técnicos da secretaria municipal de transporte constataram que a velocidade média no pior trecho do corredor Rebouças não chega a 7 km/h no horário de pico. Entre outros motivos, os técnicos apontam a invasão dos corredores por automóveis. Veja aqui o que acontece quando um corredor de ônibus é tomado por táxis. O secretário Frederico Bussinger disse que não descarta acabar com o privilégio concedido aos taxistas.

Por Eric Macedo
18 de julho de 2007
Análises
17 de julho de 2007

Chico Mendes foi um herói ambiental?

De Marc Dourojeanni Prezado José Augusto: Gosto e valorizo muito as discordâncias expressadas com seriedade e bons argumentos o que, ademais, você sempre aplica nos seus textos. Após ler a sua coluna sobre Chico Mendes, com interesse e respeito, não consegui discrepar de muitas das suas reflexões gerais sobre o assunto, nem sobre o próprio personagem. Por exemplo, eu não teria sequer pensado no comentário que foi feito à minha coluna, no sentido de que a elevação do Chico Mendes ao status de herói responde a uma “carência de ídolos e mártires”. Também comparto as suas disquisições sobre o “que é um ambientalista?”. Não tive a intimidade que você e outros tiveram com Chico Mendes, mas, em razão do meu trabalho, conheci pessoalmente ao personagem e tive a oportunidade de escutá-lo falar em várias ocasiões. Admito que os discursos dele, como os de outros líderes dos povos da floresta, sempre me pareceram genuínos e que, em muitas ocasiões, não consegui reter lágrimas de emoção escutando-os. Por isso, concordo de bom grado que a indiscutível influência dos amigos e guias intelectuais do personagem pode ter sido, apenas, um suplemento à sua convicção ambiental e um refinamento estratégico para ter maior repercussão. Mas, a minha tese é que, para que alguém seja convertido em herói representativo de um objetivo social, neste caso a conservação da natureza e seus recursos, deve ter feito de modo consistente algo realmente significativo para seu beneficio. As lutas do Chico Mendes e dos seus companheiros da época, resultou apenas no estabelecimento das discutíveis reservas e assentamentos extrativistas. Para muitos, como bem se sabe, estas categorias são apenas processos de reforma agrária disfarçados de ambientalismo, que ademais já estão em plena decomposição. Os “empates”, ao contrário, aportaram muitos benefícios consideráveis para os seringueiros: posse segura da terra, possibilidade de fazer chácaras familiares, subsídios generosos, diversos serviços sociais, novas infra-estruturas, capacitação, opção de explorar madeira e muito apoio político de alguns partidos. Em contrapartida não aportaram praticamente nada para o objetivo de conservar a biodiversidade e usar adequadamente os recursos naturais. Pior ainda, a idéia de que as reservas extrativistas são “unidades de conservação” vendeu aos políticos e à cidadania a atrativa, embora mentirosa tese de que a natureza pode ser preservada explorando-a e transformando-a em ambientes antrópicos. Suponho que você e eu não chegaremos a um consenso neste tema, nem é necessário. Como você, acho que é um assunto importante, cuja discussão não diminui a transcendência do personagem na história da Amazônia. Cordialmente

Por Redação ((o))eco
17 de julho de 2007
Notícias
17 de julho de 2007

Planejamento

O primeiro ministro da Índia anunciou esta semana a estruturação de um plano oficial de policiamento climático, com a intenção de diminuir as emissões de carbono anuais do país – que representam 4% do montante mundial. Entre as idéias-chave do projeto estão um programa de reflorestamento “Green India”, que prevê para a partir de agosto o plantio de árvores em 15 milhões de acres devastados. O projeto também representa uma estratégia do governo indiano para a apresentação da nova conduta ambiental do país, no Encontro Mundial de Mudanças Climáticas da ONU, a ser realizado em dezembro desse ano. A notícia é da agência Reuters.

Por Redação ((o))eco
17 de julho de 2007