Educar uma criança sobre o meio ambiente é fundamental para ensiná-la sobre a importância da conservação. Mas o processo pedagógico pode ser maçante. Falta-lhe um mínimo de prazer. →
A Bacia do Rio Paraíba do Sul, que corta os estados de São Paulo (23,7%), Minas Gerais (39,6%) e Rio de Janeiro (36,7%), é uma das mais poluídas do Brasil. Essa é a constatação de um recente estudo feito por pesquisadores da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP), que identificou concentrações de cádmio, metais pesados e pesticidas em golfinhos e botos da região. “O médio Paraíba e a foz [da bacia] são os trechos mais poluídos”, explica o pesquisador da ENSP Salvatore Siciliano. Por cortar regiões altamente urbanizadas, a bacia sofre com constantes processos de contaminação industrial e doméstica. →
Com se não bastasse a sua poluição, o Paraíba do Sul corre o risco de perder sua última área de vegetação minimamente preservada. Ela encontra-se em ilhas fluviais localizadas em seu curso médio inferior, na divisa do Rio com Minas Gerais. Mas pode sumir em breve sob a construção de duas barragens. As ilhas servem de habitats para espécies ameaçadas, como o Cágado do Paraíba, a Pirapitinga, Piabanha e a Garça Branca. →
A empresa responsável pelas duas hidrelétricas, Barra do Pomba (principal afluente do rio Paraíba do Sul) e Cambuçí, é a Santa Gisela, que pretende gerar 80 MW de energia no total. Apesar de contar com licenças-prévias para as obras, a Santa Gisela não pôde continuar com os estudos porque o projeto foi embarreirado pela Feema. Mas tudo indica que a resistência do órgão ambiental fluminense às obras é frágil e que uma nova permissão será emitida em breve. →
As queimadas provocadas pelo tempo seco não consomem só a vegetação do norte do país. No Estado de São Paulo, os focos subiram de 6 para 74 de ontem para hoje, segundo dados dos satélites do INPE. Com isso, São Paulo ficou na frente de Estados como Amazonas e Mato Grosso do Sul. Os focos se concentram na região noroeste do Estado, onde há grandes plantações de cana-de-açúcar. →
E por falar em queima da palha de cana-de-açúcar, na última semana, 23 associações de fornecedores de cana de São Paulo, filiadas à Organização de Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil, aderiram ao Protocolo Agro Ambiental, que tem por objetivo induzir a redução das queimadas em prazo mais curto do que o previsto na Lei Estadual de Queima, n° 11.241/02. O protocolo prevê antecipar o fim da queima da palha para 2014, em áreas mecanizáveis, e em 2017, em áreas não mecanizáveis. Com a adesão, a expectativa é que cerca de 100 mil hectares deixem de ser queimados no Estado. →
O Greenpeace testou o atum servido nos três restaurantes londrinos da cadeia Nobu – que tem entre seus acionistas o ator Robert De Niro – e não deu outra: seus sushis são feitos com carne de atum azul do Atlântico, uma das espécies mais pressionadas pela pesca em larga escala. A Ong conclama as celebridades do mundo algo-saxão, grosso da clientela do Nobu, a boicotar o restaurante. →
Arnold Schwarzeneger, governador da Califórnia, vai assinar legislação para conter o desenvolvimento e expansão urbana. A nova lei opõe ao crescimento econômico a qualidade de vida. →
O governo da Noruega anunciou que vai vender ações da mineradora Rio Tinto avaliadas em 500 milhões de libras esterlinas que o país tem no portfólio de seu fundo soberano. A razão é o envolvimento da empresa na extração de ouro na mina Grasberg, na Indonésia. Segundo a ministra de finaças norueguesa, Kristin Halverson, a operação da Rio Tinto naquele país não se preocupa com seus impactos ambientais. A notícia está no Guardian. →
Qualquer organismo exótico dentro de um ecossistema provoca desequilíbrio e leva a extinção de espécies nativas, certo? Nem tanto, segundo um estudo publicado na edição de agosto do Proceedings of the National Academy of Sciences e dissecado pelo repórter Carl Zimer no The New York Times. Os autores do estudo Dov Sax e Steven Gaines, investigaram a situação da Nova Zelândia, país que tem mais espécies de plantas exóticas do que nativas em seu território e concluiram que lá elas não só não provocaram extinções, como aumentaram o grau de biodiversidade. →
