A mocinha da indústria do petróleo
A candidata a vice na chapa do republicano John McCain, Sarah Palin, é velha santa protetora da indústria petrolífera. A moça, que governou o Alaska, não gosta nem de urso polar. →
A candidata a vice na chapa do republicano John McCain, Sarah Palin, é velha santa protetora da indústria petrolífera. A moça, que governou o Alaska, não gosta nem de urso polar. →
Mas calma, não acabou. A folha corrida anti-natureza de Palin tem mais uma mancha grave. Ela lutou desesperadamente para evitar que o departamento do Interior dos Estados Unidos colocasse o pobre urso polar na lista de animais em extinção. Palin nunca escondeu que odeia qualquer restrição à caça e à pesca. →
O Brasil do agronegócio registrou novos recordes no mês que passou - as exportações foram de US$ 6,8 bilhões (crescimento de 15,7% em relação a agosto de 2007) e o superávit alcançou US$ 5,7 bilhões. Em 12 meses, as vendas para fora do país atingiram históricos US$ 69 bilhões. Os setores que mais ajudaram nesses resultados foram os de soja, carnes, complexo sucroalcooleiro e café. Alguns dos tradicionalmente apontados por ambientalistas como vilões do desmatamento e outros efeitos colaterais do modelo de desenvolvimento nacional. Mais números oficiais do agronegócio aqui →
O Ministério da Agricultura também divulgou hoje que a indústria sucroalcooleira esmagará 559 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na safra deste ano. A quantidade é 11,4% maior que o volume processado no ano anterior, de 502 milhões de toneladas. A safra já é a maior da história, ainda mais se somada às 152 milhões de toneladas que serão colhidas no próximo período, destinadas à fabricação de rapadura, cachaça, ração animal e mudas. A explosão canavieira se deve à ampliação do plantio e da produtividade, diz o governo. A área cultivada passou de 7,08 milhões para 8,98 milhões de hectares. →
O governo também aposta na demanda interna por álcool, apontando que ela deve saltar de 16,47 bilhões de litros (2007) para 24,78 bilhões (2011), um incremento de 50,46%. Uma pesquisa oficial sobre o assunto pode ser conferida aqui →
Solos frágeis sob a floresta desmatada deixam estradas amazônicas intransitáveis. Além dos impactos das rodovias em si, descaso na manutenção também pode prejudicar a natureza. →
O desastre do Katrina não se repetiu desta vez, mas as cenas da população fugindo de Nova Orleans na véspera do Gustav é um aviso de que estamos todos vivendo num planeta menos seguro. →
Agindo sempre como se o Brasil fosse uma pequenina ilha, com pouca terra, deputados agropecuários vêm movendo mundos e fundos para derrubar toda e qualquer legislação ambiental. Eles vêem isso como barreira ao crescimento do setor, ainda em modelos arcaicos de produção. Eles recorreram ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, para tentar uma “nova regulamentação” para demarcações de reservas ambientais e indígenas. Os pró boi e soja, coordenados por Valdir Colatto (PMDB/SC), afirmam que essas áreas somam 50% do país, enquanto a área plantada seria de 10%. Eles também bateram um papo com Carlos Minc (Meio Ambiente), sobre reservas legais. Querem que o porcentual seja definido por cada estado. →
Os ruralistas também pressionam por mudanças na recém publicada nova lei de crimes ambientais. Eles a consideram muito rígida. Principalmente em pontos como os 180 dias para cadastramento de reservas legais. Querem mais prazo para cumprir o que a lei determina há anos. Mel na chupeta. Confira as propostas de alterações sugeridas pelos partidários do agronegócio aqui →
Vários portos brasileiros se tornaram depósitos de lixo naval. De ponta a ponta do país são milhares de embarcações apodrecendo e poluindo, geralmente próximas a já saturados centros urbanos. Ao menos na Baía de Guanabara (RJ) já se tem uma idéia do tamanho do problema. O governo de lá e a Capitania dos Portos encontraram no local 50 barcos de grande, médio e pequeno portes. Promete dor de cabeça maior um graneleiro de 80 metros de comprimento, 15 metros de altura e peso estimado em 600 toneladas. Ele pode ter dez mil litros de combustível. Parcerias privadas devem ser buscadas para a retirada dos entulhos. →