COP27: um balanço do resultado final

Linha ondulada

A criação de um fundo de reparação era uma demanda antiga dos países subdesenvolvidos. O objetivo é que os maiores responsáveis pela crise climática financiem os prejuízos causados por eventos climáticos extremos, como ciclones e enchentes. O funcionamento do fundo ficou só para a próxima COP, em 2023.

1

FUNDO PARA PERDAS E DANOS

         Combustíveis fósseis    Os combustíveis fósseis são os grandes responsáveis, no nível global, pelas emissões lançadas na atmosfera. A COP27 perdeu a chance de estabelecer a eliminação de vez dos fósseis e mencionou apenas o objetivo de "eliminar subsídios ineficientes".

2

Criado para acelerar o corte de emissões dos países e manter o aquecimento em 1,5°C. A expectativa era que o ajuste da meta virasse anual (ao invés de cada 5 anos), mas os países em desenvolvimento não concordaram.

3

PROGRAMA DE TRABALHO EM MITIGAÇÃO

A promessa de US$ 100 bilhões por ano aos países pobres, acordada na COP de 2009, e que deveria ter começado em 2020, segue sem definição.

4

FINANCIAMENTO

Até a menção à meta de limitar o aquecimento global a 1,5°C – definida no Acordo de Paris e corroborada pela ciência – esteve sob risco. A meta ficou, mas numa menção fraca que não trás nenhuma adição ao que já havia sido acordado.

5

MANTENHAM O 1,5°C VIVO

Um ponto positivo do documento final foi a inclusão, pela primeira vez, da menção a florestas e às soluções baseadas na natureza, o que pode representar uma ponte entre as COPs climática e de biodiversidade.

6

FLORESTA É SOLUÇÃO

ROTEIRO Milena Giacomini FOTOGRAFIA Ahmad Gharabli/AFP UNFCCC Joseph Eid/AFP Mohammed Abed/AFP EDIÇÃO Milena Giacomini