Presente em praticamente todo o planeta, a grande família dos fungos é uma peça-chave do equilíbrio ecológico e climático.
Enquanto 90% das plantas estão listadas, apenas 4% das espécies de fungos foram cadastradas. No Brasil, há 6,5 mil tipos já registrados.
Os cogumelos, o mofo, as orelhas-de-pau e outras espécies são fungos. Há espécies terrestres e aquáticas. Doze espécies brasileiras brilham à noite.
Muitos fungos quebram a um simples toque, outros são duros na queda: resistem a viagens espaciais e até à radiação nuclear. Filamentos de fungos se estendem por 450 quatrilhões de km em 10 cm de solo global. Isso cobriria 3 trilhões de vezes a distância da Terra ao Sol.
Fungos ajudam a fermentar do pãozinho do café da manhã a vinhos, cervejas e queijos. Também geram fármacos, como a penicilina.
Fungos capturam ⅓ das emissões anuais de CO2 pela queima de combustíveis fósseis, ajudando a equilibrar o clima global.
Espécies movimentam US$ 55 trilhões na economia global, em serviços ecológicos e ambientais, benefícios à saúde e à nutrição.
Certas espécies podem causar micoses, intoxicações e infecções em órgãos internos, sobretudo em pessoas com baixa imunidade.
Mas os fungos devem ser cada vez mais usados como insumos agrícolas e industriais, em processos biotecnológicos e na alimentação humana.
Ecossistemas inteiros podem falir sem os fungos, ameaçados por agropecuária, urbanização, crise do clima, poluição e desmatamento.
Reportagem Aldem Bourscheit
Arte: Gabriela Güllich
Edição Daniele Bragança
Fotos: PxHere, Lairich Rig/CC, Pxfuel