Tânia Sanaiotti, pesquisadora do INPA – Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, é a maior referência na pesquisa e conservação do gavião-real, a imponente harpia.
Ela trabalha no bioma amazônico principalmente, além de outros biomas brasileiros.
Sendo um predador de topo de cadeia, a maior ameaça - ou única - para essa ave é o homem.
A harpia, é um indicador de qualidade de florestas. "A floresta tem boa qualidade porque tem presa para ela estar sobrevivendo e procriando", explica a pesquisadora.
Sobre o estado de conservação da espécie no Brasil, Tânia explica que na Amazônia, a harpia ainda é encontrada ocorrendo pela extensão de mata contínua. A situação é mais preocupante na Mata Atlântica, no Cerrado e no Pantanal.
“Tento contribuir com o conhecimento para auxiliar nas tomadas de decisões para a conservação desta espécie no Brasil”, contou Sanaiotti.
A pesquisadora reforça o papel da educação na preservação da harpia: "É uma visão meio errônea de que ela é perigosa. E isso a torna mais vulnerável, ela pode correr mais riscos de caça, né? Divulgar, chegar junto, é importante".
Edição webstory Gabriela Güllich
Imagens: João Marcos Rosa, Mateus Hidalgo/WikimediaCC
Reportagem Paulina Chamorro