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26 de janeiro de 2005

Rio Rainha II

De Adriana BocaiuvaBelo batismo para a nova repórter Maria Beatriz que fez um ótimo levantamento sobre o Rio Rainha, com fotos e fontes corretas. Como moradora do bairro e "freqüentadora" do rio fico feliz em vê-lo objeto de matéria do O Eco.Gostaria de fazer uma única observação quanto ao traçado apresentado no mapa anexo (a própria prefeitura reconhece a falha) à matéria pois o desenho do rio está errado. O Rio Rainha conta com pelo menos (até onde já pude apurar in loco) 3 braços que contribuem para suas águas que, antes de obras promovidas pela prefeitura na década de 60, se juntavam e constituíam um só rio, o Rainha.Hoje em dia o rio está canalizado em 2 vias que não se comunicam mais. Dois braços que nascem no Alto Gávea (um no vale da vista chinesa dentro do parque da cidade e outro na base do morro do Laborioux no condomínio da Escola Americana) e correm separados , um passando na minha casa (na Rua Mary Pessoa 56) e outro no Instituto Moreira Salles e só se unem um pouco antes de chegarem à PUC, seguindo daí unidos em um único corpo até desembocar no Canal da Visconde tomando o rumo da praia do leblon. O outro braço nasce lá pela altura da Clínica São Vicente, descendo a Duque Estrada, atravessando a Marquês após o portão principal da PUC nesta via, seguindo então pelo Planetário (a céu aberto), atravessando a rua Desembargador Rubens Berardo já subterrâneo até aparecer a céu aberto de novo no tal ponto de ônibus retratado na matéria (na rua Artur Araripe) seguindo subterrâneo e desembocando no trecho do Canal da Visconde de Albuquerque em frente ao Colégio André Maurois, tomando o rumo da lagoa (passando pelo Jóquei Clube). Ufa. Este longo relato serve para demonstrar que apesar de muito bem escondido o rio Rainha é tb muito querido pelos seus freqüentadores. Na minha casa os cachorros e os moradores (além de sapos, garças, gabas, borboletas azuis, micos etc.) freqüentam o rio há gerações, e por isso comemoramos a melhoria da qualidade de suas águas graças a uma intensa batalha de mais de 3 anos da Associação de Moradores do Alto Gávea junto à Cedae para sanar pontos de descarga clandestina de esgoto ao longo de suas margens. Cabe registrar que o pior problema foi sempre a caixa coletora da própria Cedae, na Estrada da Gávea na altura do colégio Americano, que volta e meia transbordava, fazendo com que o esgoto fosse desaguar no rio Rainha pelos dutos de água pluvial. O que foi corrigido, melhorando radicalmente as águas do rio.Parabéns pela matéria, Maria Beatriz.

Por Redação ((o))eco
26 de janeiro de 2005
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26 de janeiro de 2005

Rio Rainha

De Fábio VillelaOi, Maria Beatriz, Muito interessante sua matéria sobre o rio Rainha, me trazendo inclusive novas informações sobre o rio. Apesar de ter consultado a carta com curvas de nível e vasculhar suas nascentes eu não sabia que ele originalmente desaguava na Lagoa. Quanto às oficinas mecânicas são um problema antigo e que na minha opinião só pode ser resolvido através de ação judicial e força policial para desativar as oficinas ilegais nas margens do rio. O problema das águas "pluviais" contaminadas que são jogadas dentro do rio também é sério, sendo notável como depois da hora do almoço o rio fica mais turvo e a noite ou de manhã bem cedo ele apresenta um aspecto melhor. As comunidades e os edificios de apartamentos lançam restos de detergentes, alimentos, esgoto sanitário e todo tipo de aditivos indesejáveis nas águas, que apesar disso ainda mostram muitas criaturas vivendo em seu ecosistema. Quanto ao video, devido a um problema de software não consegui rodar aqui, mas tenho certeza que vcs fizeram um bom trabalho. Um abraço,

Por Redação ((o))eco
26 de janeiro de 2005
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25 de janeiro de 2005

Sobre carrões

De Pedro P. de Lima-e-SilvaEngenheiro AmbientalServiço de Segurança Radiológica e AmbientalComissão Nacional de Energia NuclearEduardoPara discutir sobre os carrões e seus danos desastrosos, deveríamos primeiro exigir que o DETRAN páre de encher o saco de todo mundo por causa de um amassadinho na lateral do carro ou um vidro de lanterna rachado, e ao mesmo tempo aprove na vistoria um veículo que solta toneladas de fumaça pelo escapamento!Segundo a prática do DETRAN brasileiro, você não pode andar com um carro amassado, mas pode pode matar gente intoxicada pelo monóxido e os trocentos de venenos na descarga de sua máquina particular de degradação da vida!abs,

Por Redação ((o))eco
25 de janeiro de 2005
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24 de janeiro de 2005

Controle remoto não funciona

De Wilson CavalcantiSão José dos Campos, SPAo Eduardo Pegurier:Comentário ao que está na sua matéria de 20/12/04 "Controle remoto não funciona", abaixo transcrito:"O ingresso individual em Itatiaia custa R$ 3 por dia. Cerca de um quarto de uma entrada de cinema para passar o dia mergulhado numa das paisagens mais belas do mundo. Na parte alta do parque, o visitante depara-se com vistas raras aos brasileiros. Caminhando a mais de 2 mil metros de altitude, o pulmão aperta um pouco, mas os olhos se espantam quando encontram a grandiosidade das Agulhas Negras e seus 2.787 metros, ou as Prateleiras, para citar apenas duas maravilhas locais."Eduardo: além de esse valor ser uma ninharia, eles não conseguem sequer cobrá-lo. Veja a minha carta que o Manoel Francisco publicou hoje no "Seu Eco". Fui lá recentemente e não me cobraram porque não tinha um funcionário na hora que cheguei para receber...Um abraço,

Por Redação ((o))eco
24 de janeiro de 2005
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24 de janeiro de 2005

Propriedade para conservar

De Bernardo Collares ArantesPresidente - FEMERJSenhores, Gostaria de me desculpar pela demora em responder a mensagem abaixo, mas estava escalando nos Andes Argentinos e totalmente incomunicável.Antes de entrarmos nas questões do email do Sr. Pedro P. de Lima-e-Silva, queremos parabenizá-los pela excelente matéria publicada, pois é muito dificil escreverem sobre tão difícil tema sem ser montanhista. A única ressalva é quanto à manutenção da via de escalada, pois mesmo o conquistador não fazendo a manutenção da mesma, ele não perde o direito sobre ela. Normalmente as vias são doadas ao clubes e eles fazem a manutencao, ou então escaladores individualmente realizam o trabalho... afinal todos "usam" a via e todos devem mantê-la.Vamos ao email do Sr. Pedro P. de Lima-e-Silva.Não sabemos até que ponto ele está muito mal informado e até que ponto está com muita má-fé.Ética na montanha.Da forma colocada pelo Sr. Pedro P. de Lima-e-Silva, parece que a FEMERJ inventou essa história de ética, mas na verdade apenas seguimos as éticas mundialmente praticadas e aceitas.Essas éticas recebem o aval da maior entidade de montanhismo mundial, a UIAA (Union Internacionale des Associations D’Alpinisme), que é a federacao mundial do montanhismo, ela está para o montanhismos como a FIFA está para o futebol e da qual a FEMERJ é filiada.Em 1998, a pedido da Comissão de Montanhismo da UIAA, os clubes alpinos da Alemanha e da Áustria, que já estavam discutindo este tópico, criaram um grupo de trabalho para rascunhar um documento balizador. Uma ampla gama de pontos de vista foi considerada pelo grupo. Além disso, informações sobre o uso de grampos no maciço do Mont Blanc foram apresentadas em encontros como o da ENSA (Escola Nacional de Esqui e Alpinismo, da França) em 12-13 de novembro de 1998.O documento foi então apresentado no Encontro e Seminário Internacional de Escalada Invernal de 1999 em Aviemore, Escócia. Este encontro contou com mais de 100 escaladores de 28 países, que por unanimidade endossaram o documento. Ele conclama os escaladores de todo o mundo a considerarem-no detalhadamente, de tal forma que um consenso baseado na boa prática pudesse ser estabelecido e a liberdade para praticarmos nossas atividades protegida.O documento foi finalmente adotado pelo Conselho da UIAA em maio de 2000, durante o encontro de Plas y Brenin, Wales. E ganhou o nome de "to bol or not to be" o qual pode ser encontrado (em português ou inglês) no site da FEMERJ (www.femerj.org).Houve mais um encontro promovido pela UIAA na cidade de Tirol na Itália, onde foi produzida a Declaração do Tirol (cujo doc tambem está no site da FEMERJ no link "ética") sobre a Melhor Prática em Esportes de Montanha, promulgada pela Conferência sobre o Futuro dos Esportes de Montanha em Innsbruck, em 8 de setembro de 2002, contém um conjunto de valores e máximas que proporcionam uma orientação sobre a melhor prática em esportes de montanha. Não são regras ou instruções detalhadas – no lugar disso, elas:Definem os valores fundamentais atuais nos esportes de montanha Contêm princípios e padrões de conduta Formulam os critérios de ética para tomada de decisões em situações incertas Apresentam princípios éticos pelos quais o público pode julgar os esportes de montanha Introduzem a iniciantes os valores e princípios morais de seu esporteDiante do acima exposto está claro qual o caminho temos seguido.Uma vez esclarecido qual ética seguimos, vamos às questoes objetivas colocadas pelo Sr. Pedro P. de Lima-e-Silva.Costão do Pão de Açúcar.No ano de 2002 dois geologos (montanhistas) alertaram para a possibilidade da parte chamada de "totem" do costão do Pão de Açúcar vir a cair, em torno de 3 toneladas de pedra.Tendo em vista que a FEMERJ não é o orgão para fazer esse tipo de avaliação, enviamos oficial para a GEORIO solicitando um laudo de avaliação. Eles atenderam nosso pedido e enviaram um técnico cujo laudo informando que o local não estava seguro para a prática da escalada e foi assinado pelo Geólogo LUIZ JOSE R.º BRANDAO DA SILVA, que não é montanhista e nunca foi. (Não sabemos de onde o Sr. Pedro P. de Lima-e-Silva tirou a idéia que o laudo foi feito por montanhista). Inclusive tendo em vista a gravidade da acusação feita de que "inventaram um laudo"... mas essa questão vamos resolver no judiciário. O Laudo está à inteira disposição caso vcs queiram vê-lo.Diante do laudo feito pelo órgão competente para tal, a FEMERJ, apesar de não ter gerência sobre o local, fez uma campanha de alerta para a questão e solicitou que o costão fosse interditado até que fosse encontrada uma solução para o caso.Após alguns meses de debates e sem termos conseguido encontrar qual a melhor solução... um montanhista, de forma isolada, foi lá com um pé de cabra e colocou o "totem" para baixo. Esse montanhista é residente em Minas Gerais há mais de 20 anos e, antes pediu ajuda da FEMERJ para retirar os blocos. Esse pedido foi feito através da nossa lista na internet onde há quase 500 pessoas... e o pedido foi NEGADO (grifo nosso), o que pode ser comprovado lendo o arquivo de mensagens da lista da FEMERJ no mês de dezembro de 2003. Informamos a essa pessoa que somente poderia ser feito algo atraves da GEORIO, órgão competente para tal... ou seja, a acusação do Sr. Pedro P. de Lima-e-Silva de que foi a FEMERJ quem realizou o trabalho é tambem sem fundamento.Vale lembrar que, em termos de escalada, pouco mudou aquele trecho. O grau de dificuldade anterior era I sup... é após a retirada dos blocos passou para II sup, o que no mundo da escalada é quase nada.Mesmo antes da derrubada dos blocos aquele trecho tinha que ser feito com o uso de técnicas e material de escaladas, nada mudou quanto a isso. Quem disse que era um "simples trepa pedra" não está relatando a realidade.Morro do Babilônia.O Sr. Pedro P. de Lima-e-Silva nos acusa de somente tomarmos alguma medida após a destruição da vegetação... mas a verdade não é bem assim.A FEMERJ foi fundada em agosto de 2000. O seminário promovido pela FEMERJ que propôs a interrupção das conquistas naquela e em outras paredes da Urca foi realizado em fevereiro de 2001 ou seja, 6 (seis) meses apos a fundação da Federação... Mesmo antes da FEMERJ ser fundada, já havia uma recomendação por parte do "embrião" de formação da FEMERJ a chamada "Interclubes" para que não houvesse conquistas naquela parede. E aquela parede atingiu o atual estágio degradação há mais de 10 anos.O Sr. Pedro P. de Lima-e-Silva esqueceu de dizer que esse seminário impediu que outras paredes viessem a ter o mesmo destino do Morro do Babilônia, por exemplo a face sul do Pão de Açúcar, onde existem muitas especies endêmicas (não encontradas em nenhum outro lugar do mundo... somente ali)... curiosamente ele não mencionou essa parte.O Sr. Pedro P. de Lima-e-Silva também esqueceu de mencionar que esse mesmo seminário passou a servir de modelo para todo o Brasil e que outros Estados estão usando o mesmo para preservar suas áreas de escaladas antes que elas fiquem degradadas.O Sr. Pedro P. de Lima-e-Silva esqueceu de mencionar um caminhão de atitudes de propostas feitas pela FEMERJ visando sempre o mínimo impacto sobre ambientes naturais... o que pode ser visto no nosso site.Enfim, são muitas acusações sem nenhum fundamento e estamos à inteira disposição para esclarecer quaisquer fatos porventura ainda obscuros.Grande abraço,

Por Redação ((o))eco
24 de janeiro de 2005
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24 de janeiro de 2005

Como entender o Brasil?

De Flávio José ComandolliTenho 51 anos e desde que me vejo por gente informada, após 10 anos, já ouvia que a transposição era uma importante solução para o Nordeste. Dizer que nesse tempo todo o(s) projeto(s) não foi discutido ???....Francamente. Não será fácil ficar sempre o tempo todo contra qualquer idéia ???Prá que ter energia em casa ou na indústria ? Prá que viver e construir? Prá que distribuir água ? Prá que fabricar papel higiênico ? SERÁ QUE NÃO É POSSÍVEL O USO RACIONAL E INTELIGENTE DOS RECURSOS NATURAIS ? Aceito de bom grado indicação de matéria mais técnica e abrangente do assunto transposição...Seguramente a luta ecológica está entre as mais importantes e imprescindíveis da mundo, ao lado da justiça social, educação e outros. Mas não podemos, simplesmente agir para arrecadar apoio pelo apoio. Isso é a refeita dos políticos mais corruptos e viciados.Não sou nenhuma autoridade, no assunto. Por isso pergunto. Existe possibilidade da transposição ser naturalmente correta?

Por Redação ((o))eco
24 de janeiro de 2005
Fotografia
21 de janeiro de 2005

O Sanhaço

O Sanhaço-de-encontro-azul (Thraupis cyanoptera), é encontrado do Espírito Santo ao Rio Grande do Sul, alimenta-se de frutas e é um eficiente...

21 de janeiro de 2005
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21 de janeiro de 2005

Parque Nacional de Itatiaia

De Wilson CavalcantiSão José dos Campos, SPEstive no final do ano em Itatiaia, no Parque Nacional, para a passagem de ano. Hospedei-me no Hotel Simon, como faço sempre que vou àquele lugar. Faço isto praticamente todos os anos, pois adoro aquele Parque! É um dos lugares mais bonitos que já visitei em minha vida. Mas, cada ano ele parece cada vez mais abandonado. As estradas no seu interior estão em petição de miséria tudo parece se deteriorar. À nossa entrada, não nos cobraram o ingresso (carro e passageiros) pois não havia funcionário para receber o dinheiro... A única novidade (boa) que vimos foram alguns seguranças junto às cachoeiras, para prevenir os turistas dos riscos das cabeças d’água que podem se formar nesta época do ano, de muitas chuvas. Nada mais. Há trinta anos, estive na Argentina, fui de carro até à Terra do Fogo! Naquela viagem, visitei alguns parques nacionais argentinos. Já àquela época, talvez porque tenham um patrimônio florestal infinitamente inferior ao nosso, os nossos "hermanos" já tratavam com muito mais zelo que nós as suas riquezas naturais. O cuidado que os argentinos têm com seus parques florestais poderia servir de modelo para nós. O Parque de Itatiaia é belíssimo e tem a vantagem, para os turistas do sudeste brasileiro, de estar ao seu alcance com poucos quilômetros de viagem. Há dentro desse Parque uma infraestrutura hoteleira razoável. O Ibama poderia se aproveitar disso para cuidar melhor dele. Acho que se houvesse alguma liderança responsável no Ibama e no Estado do Rio, esse lugar maravilhoso poderia ser devidamente cuidado, alavancando a atividade turística no estado, fazendo retornar rapidamente os eventuais investimentos que se fizerem...Um abraço,

Por Redação ((o))eco
21 de janeiro de 2005
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17 de janeiro de 2005

O bicho responde II

De Claudio Cisne CidFaz tempo que não lia algo tão deliciosamente irônico e ao mesmo tempo profundo... era exatamente o que nós chimpanzés precisávamos para refletir a respeito de nossa "supremacia" e a forma com o qual tratamos o planeta que nos abriga. O homem-macaco precisa reinventar-se, buscar em suas raízes aquilo que têm de melhor e curvar-se com humildade perante os avisos que a natureza emite. Como um burro de viseiras, o homem-macaco prefere "reinventar a roda" ao invés de aprender com aqueles que partilham conosco este planeta, lições estas que um dia, nossos ancestrais souberam de cor.

Por Redação ((o))eco
17 de janeiro de 2005