Ebola arrasa gorilas

Cientistas suspeitam que o vírus Ebola está por trás da nova mortandade de gorilas e chimpanzés em importantes reservas no Congo. Se as suspeitas forem confirmadas, não será a primeira vez que o vírus dizima primatas. Em duas ocorrências já registradas, o Ebola matou 80% dos gorilas e 70% dos chimpanzés em reservas congolesas. Os cientistas esperam que medidas como barreiras geográficas contenham a movimentação dos animais e, em conseqüência, a epidemia. A partir do ano que vem, conta o Science Daily, satélites serão usados para comparar as características das áreas atingidas. O objetivo é resolver o enigma sobre o organismo hospedeiro do violento vírus, para impedir sua proliferação. Animais e seres humanos sucumbem rapidamente ao Ebola após contrai-lo. Dá 5 minutos de leitura.

Por Manoel Francisco Brito
5 de setembro de 2004

Seqüestro de Carbono

Cientistas reunidos em fórum europeu especulam sobre a possibilidade de conter o efeito estufa retirando gás carbônico da atmosfera. A idéia é capturar as emissões de CO2 e estocá-las no subsolo. Dessa forma, seria possível atingir metas menores de concentração do gás a custos mais baixos. Antes da Revolução Industrial a quantidade de CO2 na atmosfera era de 280 partes por milhão em volume (ppmv). O número atual é de 380 ppmv e os cenários de estabilização giram em torno de 450 a 550 ppmv. Na teoria, isso é suficiente para aumentar a temperatura da terra em 5.5 graus e elevar os oceanos em 6 metros. A notícia é da BBC e sua leitura não dura 2 minutos.

Por Manoel Francisco Brito
5 de setembro de 2004

A primeira vez

Na quinta-feira, 2 de setembro, em Cubatão (SP), aconteceu uma audiência pública absolutamente inédita no Brasil. Ela discutiu o primeiro relatório de impacto ambiental do país sobre as conseqüências de uma dragagem. O estudo foi encomendado pela Fosfértil, fabricante de fertilizantes que se utiliza de um terminal próprio, no Porto de Santos, para importar seus insumos. O canal que leva a este terminal – utilizado também pela Cosipa – precisa ganhar mais profundidade. A Cetesb tinha suspendido a sua dragagem em 1996, depois que foi constatada a presença de poluentes no fundo da via de navegação. Topou rever a decisão desde que fosse feito o estudo de impacto para saber a qualidade do material que seria retirado e onde ele acabaria depositado. A decisão final sobre a dragagem será da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e do Ibama.

Por Redação ((o))eco
3 de setembro de 2004

Ordem unida

O novo site que o Ibama acaba de por no ar até admite críticas. Mas é proibido achá-lo ruim. Quem não gostar do que vê, pode no máximo dizer que é regular. Essa é uma das três alternativas oferecidas ao visitante para avaliar a qualidade das páginas recém-modificadas. As outras são ótimo e bom. Na tarde de sexta-feira, dia 3 de setembro, das 1068 almas que tinham decidido opinar sobre o assunto, quase 58% cravaram a opção de regular. Com razão. O antigo podia ser feio. Mas tinha muito mais informação.

Por Redação ((o))eco
3 de setembro de 2004

Rico no papel

Maior área de preservação de Mata Atlântica do litoral do país, o Parque Nacional da Serra da Bocaina recebe do Ibama para seu sustento 40 mil reais por ano. Não é nada, e do caixa do órgão federal não adianta esperar muito mais. Mas se a legislação fosse cumprida, a direção do Parque nem precisaria se preocupar com isso. Pelo que diz a Lei de Compensação Ambiental, a Bocaina deveria ter 8 milhões de reais em seu cofre, pagos por três empresas elétricas que se beneficiam de seu terreno ou do entorno. Duas são estatais: a Eletronuclear, colada ao Parque, e Furnas, cujas linhas de transmissão passam por ele. Devem, somadas, 5 milhões de reais. O resto cai na conta da AES Tietê, dona da hidrelétrica de Água Vermelha. A Eletronuclear diz que vai pagar em breve 160 mil reais. Pequena parcela do que deve, mas na pindaíba geral que graça nas unidades de conservação do país, já dá para lamber os beiços. O dinheiro vai bancar o custeio da infra-estrutura do Parque. O resto, ninguém sabe quando chega. A Lei de Compensação Ambiental, regulamentada em 2002, ainda é motivo de debate metodológico no Ibama, coisa que só ajuda as empresas, que contestam judicialmente o montante devido ao Parque.

Por Redação ((o))eco
3 de setembro de 2004

Fúria de vento

O furacão Frances estava previsto para chegar à costa da Flórida na noite de 3 de setembro. Mas o seu coração, onde os ventos são mais fortes e podem causar maiores estragos, só deveria bater em terra no início da noite seguinte, informa o Miami Herald (gratuito). Mais de 2,5 milhões de pessoas foram evacuadas das regiões costeiras e vários vôos foram cancelados, entre eles alguns da Varig e da TAM, diz O Globo (gratuito, pede cadastro). Para quem se interessa por furacões, há muito o que ler no Herald. Se a leitura for só a das duas notícias, não pede mais do que 3 minutos.

Por Manoel Francisco Brito
3 de setembro de 2004

Corrida da morte

Era até óbvio que isso acontecesse diante da insistência da Coréia do Norte de manter a toda velocidade seu programa nuclear. Mas aparentemente, ninguém sabia. Diz o Guardian (gratuito) que a ONU está fazendo uma investigação detalhada na Coréia do Sul depois que o governo do país reconheceu que tem um programa de enriquecimento de urânio cujo objetivo é permitir a construção de armas atômicas. A revelação criou o receio de que as duas Coréias estejam metidas numa corrida armamentista semelhante à que havia entre União Soviética e Estados Unidos no auge da Guerra Fria. Leitura de 2 minutos.

Por Manoel Francisco Brito
3 de setembro de 2004

Passivo ambiental

A IBM está lidando com imenso passivo ambiental que havia deixado para trás em Endicott, pequena cidade no estado de Nova Iorque onde a empresa, há pouco mais de 3/4 de século, despejava seus rejeitos industriais. Fazia então máquinas de escrever e caixas registradoras numa fábrica em Binghamton, próxima a Endicott. O despejo – principalmente de um composto químico utilizado para lubrificar componentes de suas máquinas – durou várias décadas. O processo de limpeza que está sendo negociado com a promotoria federal de Nova Iorque, informa o The New York Times (gratuito, pede cadastro), vai custar caro. A conta, que ainda não é o número final nem inclui compensação às pessoas prejudicadas pela poluição, pode ultrapassar US$ 5 milhões. Lê-se em 2 minutos.

Por Manoel Francisco Brito
3 de setembro de 2004

Floresta cultural

Há 3 anos, organizações cariocas tentaram obter reconhecimento mundial, através da Unesco, para a Floresta da Tijuca. Queriam que ela fosse declarada Patrimônio Cultural da Humanidade. Ganharam um não como resposta. Segundo a coordenadora do projeto, Taís Pessoto, a organização da ONU para educação, ciência e cultura vetou a proposta inicial porque se referia apenas à floresta e excluía as riquezas históricas e culturais que existem ao seu redor. Agora, essas organizações, lideradas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), preparam uma nova versão do projeto, que deve ser submetida até dezembro à Unesco. O novo dossiê pede que não apenas a Floresta da Tijuca, mas parte do acervo natural e histórico do Rio de Janeiro seja reconhecida como Patrimônio Cultural da Humanidade, incluindo os morros da Urca, a orla da Zona Sul, a Lagoa Rodrigo de Freitas e a arquitetura do centro e da avenida Praia do Flamengo. O resultado sai em fevereiro do ano que vem, mas Taís Pessoto tem como certo o reconhecimento da Unesco, dada a importância da “paisagem cultural” do Rio.

Por Redação ((o))eco
2 de setembro de 2004

Acredite se quiser

Cientistas americanos e canadenses revelaram que o salmão criado em currais marinhos à base de ração tem alta concentração de substâncias cancerígenas. Dizem que quem consome mais de 200 gramas por mês do peixe está correndo grave risco de saúde. O salmão de criação, alimentado com farinha e azeite de peixe, apresenta uma taxa de toxicidade superior à do salmão selvagem, que pode ser consumido com freqüência 8 vezes maior. Nos restaurantes, a maioria dos salmões vem de criadouros. As análises demonstraram que o salmão de criadouros europeus está mais contaminado do que o procedente das Américas do Norte e do Sul. No Brasil, o salmão vem do Chile.

Por Redação ((o))eco
2 de setembro de 2004