Péssimo ambiente

Como boa parte da luta em favor do meio ambiente depende de organizações não-governamentais, qualquer defensor da natureza de respeito deveria pelo menos passar os olhos em caderno especial que O Estado de S. Paulo (só para assinantes) publicou neste domingo. Ele é inteiramente dedicado às Ongs e mostra que seu ecossistema é para lá de poluído. Mais da metade delas vive de dinheiro público conseguido no Executivo sem qualquer licitação. Suas contas são suspeitas e muitas são utilizadas para terceirizar serviços que, pela lei, deveriam permanecer na esfera de responsabilidade do governo. É leitura pesada. Para ser visto com atenção, demanda pelo menos uma hora.

Por Manoel Francisco Brito
29 de agosto de 2004

Praga ambiental

Outro jornal, o Zero Hora de Porto Alegre (gratuito, pede cadastro), também publica um caderno. Só que para contar a história da expansão da soja, através dos gaúchos, pelos campos do Brasil. Até 1973, o grão era produzido no sul em pequeníssima escala e usado apenas para alimentar animais. Hoje, virou produto importante na nosa pauta de exportações e uma das principais razões pelas quais o país virou um dos campeões mundiais de desmatamento. Na Internet, o texto publicado é curtinho.

Por Manoel Francisco Brito
29 de agosto de 2004

Os sem saúde

A Folha de S. Paulo (só para assinantes) traz na sua manchete de domingo reportagem sobre o drama da saúde pública na capital paulista. Um milhão de pessoas, segundo levantamento da própria prefeitura paulistana, não têm acesso adequado a médicos e hospitais. Lê-se em pouco menos de 10 minutos.

Por Manoel Francisco Brito
29 de agosto de 2004

Escassez

Para nós brasileiros, que no último ano nos acostumamos a ver estatísticas ufanistas sobre a produção da nossa agro-indústria, a notícia é no mínimo surpreendente. Relatório da Organização de Alimento e Agricultura (FAO), braço da ONU que acompanha a produção de comida no mundo, mostra que pelo 5º ano consecutivo o mundo vai produzir menos comida do que precisa para alimentar todos os seus habitantes. A culpa, diz o The Independent da Inglaterra (área gratuita), tem a ver com um crescimento populacional fora de controle, a exaustão de solos principalmente em países em desenvolvimento, e o crescimento da riqueza em nações da América do Norte e da Europa. Suas populações tendem a consumir mais carne e isso demanda mais grãos para alimentar número crescente de animais. O país onde todas estas razões para a falta de alimentos se encontram é a China. Para tentar descobrir o que pode ser feito para pelo menos lidar com um desses problemas, o excessivo número de pessoas na superfície do planeta, as Nações Unidas estão promovendo uma conferência esta semana em Londres. A taxa de fertilidade das mulheres em todo o mundo é cadente. Mas não ainda o suficiente. O texto é curto. Demanda, para ser lido, 2 minutos.

Por Manoel Francisco Brito
29 de agosto de 2004

Outra sobre alimentos

A dieta virou uma obssessão americana. Dela hoje faz parte inclusive a indústria de alimentos. Não há conglomerado americano que viva de bebidas ou comida – e isso inclui de cadeias de fast food como o McDonalds a indústrias como a Kraft – que não apenas tenha desenvolvido linha de produtos mais saudável, mas também incentivado seus consumidores a adotá-los. Reportagem do The New York Times (gratuito, pede cadastro) diz que a súbita mudança de rumo da indústria tem menos a ver com uma nova consciência e mais com eventuais passivos legais. Cresce o número de processos contra a comercialização de alimentos gordurosos ou excessivamente doces. O problema é que ninguém quer parar de vendê-los. Apesar dos alertas, eles são ainda tudo o que a população americana quer comer. Essa é a razão também pela qual ninguém suspende a sua produção. Atrás do dinheiro, tem sempre gente disposta a colocar na rua coisa que, no longo prazo, causa problemas de saúde e muitas vezes até mata. Leva 4 minutos para ser lida.

Por Manoel Francisco Brito
29 de agosto de 2004

O futuro dos verdes

O Le Monde (gratuito) informa que o Partido Verde da França chega a mais um Congresso completamente despedaçado. De um lado estão os radicais, que não aceitam qualquer compromisso com outros partidos no Parlamento. Do outro, as forças mais moderadas, que propuseram moção para que o Partido pare de utilizar a desobediência civil como forma de protestar contra a degradação ambiental. Pouco menos de 10 minutos de leitura.

Por Manoel Francisco Brito
29 de agosto de 2004

Fim dos zôos?

O Le Figaro (gratuito) informa que nem o Zoológico de Paris escapa a situaçnao de decadência que vem atingindo estas instituições ao redor do mundo. Seus empregados estão com os salários atrasados e o orçamento mal dá para alimenatr os bichos que estão enjaulados. Tem gente na França dizendo que zoológicos viraram coisas anacrônicas e deveriam ser fechados. Como todo o texto da imprensa francesa, é longo. Exige 10 minutos para sua leitura.

Por Manoel Francisco Brito
29 de agosto de 2004

Super negócios

O Globe and Mail (gratuito) de Toronto, no Canadá, radiografa indústrias que nasceram e prosperaram no país por se dedicarem a colocar no mercado produtos ambientalmente corretos. A maioria se especializou em descobrir valor no lixo. Algumas estão transformando os rejeitos em combustível limpo. Outras se especializaram em limpar áreas assoladas por desastres ambientais. Elas são a prova viva de que cuidar do meio ambiente pode ser um ótimo negócio. Leitura de 5 minutos.

Por Manoel Francisco Brito
29 de agosto de 2004

Combustível de futuro

A The Economist (área gratuita) tem uma curta reportagem sobre gás natural líquido (GNL). Sugere que ele será o combustível do futuro por ser não apenas mais limpo que o diesel e a gasolina, mas porque também é mais barato. Existe há muito tempo. Mas até bem pouco, era economicamente inviável. Precisava de imensas estruturas de gasodutos para ser transportado e distribuido. Tecnologia de desenvolvimento recente permitiu que, de gasoso, tivesse seu estado transformado em líquido. Com isso, sua distribuição ficou tão barata quanto a da gasolina. É o tipo da previsão que só daqui a alguns anos será possível descobrir se é verdadeira. A leitura não chega a durar 2 minutos.

Por Manoel Francisco Brito
29 de agosto de 2004

Vista para a lagoa…

Considerada um projeto pioneiro pela estatal Furnas por ser uma usina subterrânea e com operação inteiramente digitalizada, a hidrelétrica de Serra da Mesa, inaugurada em 1998, está causando um efeito colateral preocupante. Localizada no município de Colinas, a 260 km de Brasília, ela é abastecida pelo maior reservatório do Brasil em volume de água. São 54,4 bilhões de metros cúbicos represados em uma área de 1.784 km quadrados. Vizinha ao Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros e cercada de reservas ambientais, a região da usina era até então pouco explorada. Com a chegada da enorme lagoa e sua bela vista, os terrenos passaram a despertar interesse imobiliário. Em alguns deles foram erguidas vistosas casas de veraneio.

Por Redação ((o))eco
27 de agosto de 2004