Pedidos agropecuários

Na semana passada, a Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA) protocolou no Ministério do Meio Ambiente suas sugestões para alterações do decreto 6514, que deveria endurecer o cumprimento da lei de crimes ambientais. A entidade quer excluir o artigo 55 que determina multa para proprietários que não averbarem reserva legal até que um prazo seja fixado. Em vez dos 180 dias, os produtores rurais pedem mais dois anos de bonança. Os ruralistas também não querem saber do artigo 19, que manda demolir obras construídas ilegalmente em áreas de proteção, nem dos artigos 129 e 130, que conferem ao Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) poder de julgar recursos em última instância em casos de punições por infrações ambientais.

Por Salada Verde
1 de setembro de 2008

Primeira resposta aos pedidos

Se o Ministério do Meio Ambiente parece estar amolecido pelos argumentos dos ruralistas em diversos pontos da lei, pelo menos sobre a autoridade do Conama já tomou uma providência. O ministro Carlos Minc instituiu hoje sua Câmara Técnica Recursal de Infrações Ambientais, justamente para que o grupo proponha ao plenário do conselho as decisões em caso de recursos contra infrações ambientais impostas pelo Ibama e pelo Instituto Chico Mendes. Ela funcionará em caráter permanente.

Por Salada Verde
1 de setembro de 2008

Porto Velho retalhado

Lojas de motosserras em frente a placas de vendas de lotes nos distritos de Porto Velho que ligam a capital de Rondônia aos locais de construção das usinas de Santo Antônio e Jirau dão o tom da devastação impulsionada pela construção dos empreendimentos hidrelétricos no rio Madeira. Reportagem do jornal Valor Econômico descreve as mudanças demográficas já em curso em Rondônia na expectativa das usinas. O ônus é inteirinho do meio ambiente, refletido pelos números do desmatamento no estado. A matéria compara o ritmo da destruição um ano antes e um ano depois da emissão da licença ambiental prévia só para o município de Porto Velho, onde as usinas serão erguidas. A diferença é brutal.

Por Salada Verde
1 de setembro de 2008

Degelo em ritmo intenso

Há exatamente um ano, os satélites detectaram uma cobertura de gelo no Ártico pouco acima dos 2.6 milhões de quilômetros quadrados. Desde que esse tipo de medição começou, em 1979, foi o nível mais baixo de superfície branca na região. Agora que o primeiro dia do mês de setembro anuncia as últimas três semanas de verão no Hemisfério Norte, cientistas do Centro Nacional de Dados sobre Neve e Gelo afirmaram que o recorde ainda poderá ser batido. As conclusões não param por aí. De acordo com estudos, a temporada quente derrete mais água do que o inverno solidifica. Com isso, reflete-se menor soma de energia proveniente do sol, fato que agrava o aquecimento. A notícia é do The New York Times.

Por Salada Verde
1 de setembro de 2008

Ártico vira uma ilha de gelo

O Ártico também mereceu destaque no site do britânico Telegraph. Segundo a matéria, pela primeira vez na história moderna o Pólo Norte se transformou em uma ilha de gelo – todas as suas conexões com o continente derreteram. Agora, um novo precedente se abre, já que as recém-abertas passagens serão as novas meninas dos olhos da navegação internacional. Embora ainda não se tenha a dimensão do impacto econômico e ambiental da notícia, companhias de embarcações já quebram a cabeça para bolar os planos de exploração da nova área, que também deve obrigar o governo canadense a rever toda a sua legislação costeira.

Por Salada Verde
1 de setembro de 2008

Depois da guerra, a trégua

Depois de uma longa batalha judicial, o governo do estado de Idaho e a administração de George W. Bush chegaram a um acordo sobre uma área de 37 mil quilômetros quadrados repletos de florestas. Enquanto o presidente tem interesse em construir uma estrada no local, o poder público do estado norte-americano deseja manter o espaço intocado, como determinou o ex-mandatário Bill Clinton. De acordo com outra notícia do The New York Times, pouco mais de mil quilômetros quadrados serão abertos para qualquer tipo de desenvolvimento. O restante permanecerá sob diferentes níveis de conservação.

Por Salada Verde
1 de setembro de 2008

Gustav atinge Louisiana

O temido furacão Gustav continua sua rota de devastação. No início da tarde desta segunda-feira ele chegou à cidade de Cocodrie, na Louisiana. A expectativa dos pesquisadores do Centro Nacional de Furacões é de que a costa, ponto principal da indústria pesqueira no estado, receba fortes tempestades e ressacas. Mesmo assim, o governo acredita que o as barreiras artificiais vão segurar as forças das ondas. Apesar de ter diminuído sua potência, o Gustav ainda atinge ventos sustentados de 175 quilômetros por hora. Ainda temerosos em virtude dos estragos causados pelo Katrina, de 2005, os moradores de Nova Orleans evacuaram a região rapidamente. A notícia é do G1. Veja acima um vídeo sobre a ação do fenômeno natural.

Por Salada Verde
1 de setembro de 2008

Vitória da mina sobre o peixe

Em uma votação controversa, a população do Alasca votou contra a maior preservação do ambiente marinho e dos locais onde vive o salmão. O motivo é a construção de uma mina no sul do maior estado norte-americano com potencial para explorar cerca de 45 milhões de toneladas de recursos naturais como ouro e prata. Como qualquer empreendimento, a empresa responsável pela mineração garante que todos os esforços serão feitos para gerar o mínimo impacto na natureza possível. Entre no site da National Geographic, clique em “News Videos” e confira a reportagem completa.

Por Salada Verde
1 de setembro de 2008

Que feio

Biopirataria não é novidade no Brasil. Volta e meia algum espertalhão é detido ao tentar cruzar fronteiras aéreas ou terrestres com material genético roubado. Desta vez, conforme o Ibama e a Polícia Federal, Heiko Bleher e uma acompanhante foram apanhados na última sexta (29) no aeroporto de Manaus (AM) antes de embarcar para Milão (Itália). Eles levavam amostras de tecidos de peixes imersas em álcool e formol - sem nenhuma autorização ambiental. Algumas espécies, inclusive, eram desconhecidas pela Ciência. A investigação ocorria há um ano. Na maioria, os peixes foram coletados nos rios Araçá e Demini, na Bacia do Rio Negro, e no rio Jutaí, da Bacia do Alto Solimões. O material apreendido será encaminhado ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, para perícia.

Por Salada Verde
1 de setembro de 2008

Palmito no Pará

Bastou o secretário de Meio Ambiente Valmir Ortega (ex-MMA) desregulamentar o comércio de palmito no Pará, em junho, para o caos se instalar no setor. Desmatamento e um ataque de palmiteiros do Amapá para registrar o produto como extraído no estado levaram o Ministério Público Federal à recorrer a Justiça para revogar a medida e trazer de volta a fiscalização. “Esse ato não poderia se dar em pior momento. Foi baixado no início da safra do açaí. Pode desestabilizar a economia de milhares de famílias ribeirinhas que vivem de sua coleta na várzea amazônica, sempre ameaçadas pela ação clandestina de palmiteiros”, diz o procurador da República Felício Pontes Jr.

Por Salada Verde
1 de setembro de 2008