Coluna de Marcos Sá Corrêa

De Maria Tereza Jorge PáduaSenhor Editor,Já é chover no molhado dizer que adoro o que Marcos Sá Corrêa escreve. Mas o seu da Economia à Ecologia, nos mostra uma Míriam Leitão incrível. Eu, como milhões de brasileiros, já a admirava muito, mas sabê-la poeta, ainda mais sobre árvores, foi uma delícia.

Por Redação ((o))eco
8 de outubro de 2004

Parabéns

De: Maricéia Barbosa Silva  Caro Editor,Sou Engenheira Florestal, trabalho com recuperação de áreas degradadas em Minas Gerais. Venho acompanhando as publicações no site e os artigos da Dra. Maria Tereza vêm me despertando atenção, no entanto ao ler o artigo sobre as ações desenfreadas na busca do desenvolvimento, muitas vezes intitulado "desenvolvimento sustentável", me senti carregando a bandeira! Não sou contrária ao desenvolvimento do país, contanto que o governo atual assuma a postura de guardião da maior área de floresta tropical do planeta e inicie o desenvolvimento sim, direcionado à: criação de unidades de conservação, de uso indireto, municipais, estaduais e federais, incentivo a exploração do turismo ecologico, programas especiais para pequenos produtores, criação unidades de conservação de uso direto, desenvolvimento científico para o aumento da produtividade (maior produtividade menor área) dentre outras, pois a biodiversidade agrega valor econômico e valor social ao país.A medida que o governo iniciar uma "luta" conservacionista ajudando o Brasil a continuar com o título do país com maior diversidade biológica do planeta, aí sim, estaremos a caminho do "desenvolvimento sustentável".Obrigada a todos os colunistas do site, e espero que através do O Eco mais pessoas despertem para a realidade do país.

Por Redação ((o))eco
4 de outubro de 2004

Empalhar era conservar

De: Vinicius Nolasco de ToledoFundação Museu de Ornitologia Prezados Senhores, Em nome do Professor José Hidasi, da Fundação Museu de Ornitologia e de toda nossa equipe venho através desta parabenizá-los pela ótima reportagem "Empalhar era conservar", relizada pela Sra. Lisbeth Oliveira e publicada por toda equipe do Jornal O Eco.Congratulamos pelo ótimo trabalho que vêm desempenhando, abordando assuntos pertinentes e de suma importância para a preservação de nosso meio ambiente.Desejamos prosperidade e sucesso a todos.Cordialmente,

Por Lorenzo Aldé
1 de outubro de 2004

O Blefe – sugestão de correção

De Germano Woehl Jr.www.ra-bugio.org.br Pelo jeito os empreendedores compraram as mudinhas de árvores do viveiro errado. Essa não é única agressão contra a Mata Atlântica em SC, e nem a mais grave dos últimos meses, em termos de área destruída de ecossistemas em bom estado de conservação. Mas não é isso que eu quero comentar em seu artigo.Gostaria de sugerir a correção de dois equívocos:1) Na parte onde é mencionado que os empreendedores vão plantar outra floresta, você escreveu que a floresta resultante ficará QUASE IGUAL. Isso não é verdade, de acordo com a ciência e inúmeros exemplos. Na melhor das hipóteses a plantação de araucária ficará MUITO DIFERENTE do ecossistema destruído. Passar essa idéia (errada) para a sociedade acaba justificando a destruição dos 0,alguma coisa% que restam da floresta de araucária (se fica "quase igual", qual é o problema em destruir? A gente planta outra!). Isso é péssimo para justificar a conservação do que resta de nossos ecossistemas, pois a população já confunde os ecossistemas como uma mera plantação de árvores ou de alfaces.2) "...truta, sinal de que ainda está bastante limpo". Se ali tem truta, significa que o rico ecossistema do rio já ERA, há muito tempo. A criação de trutas é altamente nociva ao frágil ecossistema dos rios e riachos. É assustador que os órgãos ambientais não apliquem a legislação para esta atividade mundana. Só de hormônios são aplicados 5 tipos diferentes e mais uma dezena de potentes antibióticos. Esse coquetel todo vai rio abaixo, trazendo conseqüências imprevisíveis aos organismos, aquáticos ou não, e muitas vezes esta água é servida à população. Isso não é nada, comparado ao fato que, infelizmente, não existe um hormônio capaz de diminuir o apetite voraz das trutas pelos girinos dos nossos anfíbios e de outros organismos, como peixes (nativos!) e crustáceos.Num rio como aquele, deveria ser utilizado para reprodução por, pelo menos, 15 espécies de anfíbios, sendo que três delas com vida permanente ao longo do seu leito - e, neste caso, até rãzinhas jovens e adultas servem de ração para as trutas. Portanto, truta não é de jeito nenhum indicador de qualidade de água, mas sim indicador de uma sociedade egoísta, cruel e impiedosa, que pouco se importa com o direito à vida de todos os organismos.No primeiro caso, o fato de colocar "alguns séculos" já causa um certo impacto. Mas você deve concordar que daqui há alguns séculos é o prazo para comprovarmos asprevisões catastróficas da ciência: o colapso de um ecossistema que fora desequilibrado no passado (hoje). Aliás, vi recentemente exemplos de florestas plantadas há 30 anos: colapsaram. Estas florestas estavam bem isoladas de qualquer fragmento. O experimento comprovou que só se recuperaram as áreas próximas a fragmentos, ou seja, a recuperação só funciona quando é feita pelos bichos - e pelo vento, em alguns casos (não ficou evidente se a "ajuda" do homem foi realmente necessária).Quanto às trutas, o problema é que a maioria da população, especialmente no sul, não sabe dessas exigências; tampouco sabe das exigências dos girinos de algumas espécies de anfíbios. Então, é compreensível o fato de você ter usado esse exemplo.

Por Lorenzo Aldé
29 de setembro de 2004

Barra Grande

De Ciro Fernando SiqueiraCaro Marcos,Li o teu artigo sobre a Hidrelétrica de Barra Grande. Tu mostras com maestria, como bom jornalista que és, uma versão do fato. Faz um desafio a você mesmo: tenta escrever um outro artigo, com o mesmo número de palavras, tentando mostrar o outro lado. Tenho quase certeza que tu vais

Por Lorenzo Aldé
27 de setembro de 2004

Parecis

De Gilmara Thomé      Fazenda Sta. IzabelAo EditorGostaria de parabenizá-los pelo site e dizer que já o indiquei para amigos. Li a matéria sobre os Índios Parecis e gostari de esclarecer o seguinte, concordo com a opinião de vocês quanto a importância de preservação ambiental na região, mas moro em Tangárá da Serra há 10 anos e conheço de perto a necessidade dos índios. Não há mais como frear o consumo desses indivíduos. Eles moram a 120 km da cidade (Tangará) e possuem pick-ups para fazer o trajeto, logo, eles consomem diesel, peças, etc. As mulheres e crianças vem constantemente ao posto de saúde (ao lado do meu escritório) para consultas com ginecologistas, pediatras, etc, e também querem poder ter acesso a medicamentos, artigos de higiene, sem contar os consumismos do "mundo dos brancos" que as fazem comprar em larga escala artigos de perfumaria, calçados, roupas, celulares, etc. Eles cultivam sim a cultura indígena, mas isto também o fazem os gaúchos, baianos e tanto outros povos do Brasil, então porque não ELES também terem acesso a alguma atividade que gere renda? Não acho que para isso tenham que devastar "FLORESTAS" (POR SINAL SAIBAM QUE NOSSA REGIÃO É CONSTITUÍDA DE CERRADO), mas eles podem criar alguma atividade que possa trazer os benefícios do mundo moderno. Atualmente os índios matam os poucos animais da reserva para a fabricação de espanadores de pó, utilizando as patas dos cervos e penas das emas, tiram filhotes de pássaros dos ninhos para comercialização aos que ainda não possuem uma consciência de preservação (e não são poucos na cidade). Portanto, os índios já devassam a natureza. O que precisamos é de idéias para viabilizar alguma atividade aos índios. Acho que seja este o papel do site, INFORMAR para tirar as pessoas do estado de inércia e pensarem sobre como solucionar este grave problema. Não pensem vocês que a cidade não se preocupa com isto, mas precisamos de idéias, se alguém as tiver, entre em contato: [email protected] Gilmara Thomé, engenheira agrônoma, produtora rural na área do Chapadão dos Parecis e consciente.

Por Redação ((o))eco
22 de setembro de 2004

Vida longa

De: Maria Carolina Lyra Jorge      Doutoranda em Ecologia pela USP Gostaria de parabenizar “O Eco” pela iniciativa de colocar na rede artigos tão pertinentes na área de Meio Ambiente.Em especial, gostaria de citar os artigos da Dra. Maria Tereza Jorge Pádua que, tem tocado de forma muito firme (porém elegante) em assuntos tão polêmicos que envolvem nossa política ambiental.É ainda muito reconfortante ler as cartas enviadas pra "O Eco" e perceber tanta gente que apóia iniciativas como esta.Desejo vida longa ao Eco e a seus colunistas.

Por Redação ((o))eco
18 de setembro de 2004

Não mata, mas deixa encalhar

De: Alessandra Agulham CarvalhoEssa mensagem é para o professor Marc J. Dourojeanni.Eu diria que o tema dessa mensagem seria: Para os homens pode, mas se a boa intenção for para um animal não humano, não pode! Recebi o seu texto "Não mata, mas deixa encalhar" por e-mail. A pessoa que me enviou é advogado ambientalista. Eu sou médica veterinária, especialista em biologia da conservação e manejo da vida selvagem. Quando iniciei a leitura do seu texto pensei: é bom saber que estão publicando temas sensatos, e professores de grande influência estão se manifestando contra a grande ignorância que a infeliz escritora deixou transparecer na revista Veja. Imagino que saiba da influência que a sua escrita alcança no leitor. Não é verdade? Assim como a "desafortunada" escritora Lya Luft, como vc descreveu! No parágrafo que você comenta a seguinte informação: "Outra coisa seria se ela tivesse apontado sua caneta contra o absurdo, isso sim, de gastar pequenas fortunas.... em consultórios médicos exclusivos para cachorros e gatos .....Existe, obviamente, muita distância entre salvar as baleias e gastar dinheiro e talento para embelezar ou cuidar de animais domésticos, ou efetuar complexas cirurgias que não existem para a maior parte dos humanos. Mas esse é outro tema. E se a senhora que criticamos tivesse falado disso, em vez de falar de baleias, esta nota não teria sido escrita." Acredito que você foi extremamente infeliz neste comentário. Tão preconceituoso, frio e antropocêntrico quanto a "desafortunada" escritora Luft. Creio de deveria ter repensado esse posicionamento pessoal, quando o motivo seria fazer uma crítica que hoje está retornando a você, exatamente pelo mesmo motivo: preconceito, antropocentrismo e um comentário um tanto egoísta. E por isso eu te pergunto, como médica veterinária: Por que os humanos devem ter acesso as melhor e mais modernas cirurgias e aos cuidados à saúde e bem estar, e os animais de estimação, que estão vivendo em nossas casas por opção dos humanos e não deles próprios, que foram domesticados pelos humanos a milênios (por puro interesse humano), que são usados para auxiliar alguns trabalhos destinados aos humanos (segurança, auxílio policial para encontrar criminosos e drogas, guia de cegos, entre muitos outros), não tenha direito aos cuidados médicos veterinários, em clínicas específicas para preservar e cuidar da sua integridade sanitária e, quando ou se for necessário, serem submetido às cirurgias modernas (porque a medicina veterinária está tão moderna quanto qquer outra ciência médica) para que tenham o sofrimento minimizado e possam viver de forma saudável para que nós humanos possamos desfrutar do seu convívio? Acredito que já deixei bem claro o meu ponto de vista! Assim como vc deixou o seu, a diferença é q o seu será lido por milhares de leitores e vai influenciar várias pessoas que não tem conteúdo próprio, assim como a desafortunada Luft fez.Esse pequeno comentário, que poderia não ter sido feito, detonou com todo o restante do seu texto, que é coerente e com fundamento!Que pena! Desculpe-me a sinceridade! Mas como vc defendeu o seu ponto de vista, eu estou defendendo o meu.

Por Redação ((o))eco
17 de setembro de 2004

Reserva

De: Vitor O. Becker (amigo do Bráulio e Cilúlia).      Reseva Serra Bonita - Camacan, BAPrezada Maria Tereza.Uma amiga nossa enviou teu (excelente!), artigo sobre as RPPNs.Por que não vens aqui nos visitar e escrever algo parecido sobre nosso projeto?O Complexo Reservas Serra Bonita, na Serra do mesmo nome, já conta com 4 RPPNs, num total de cerca de 1.800 ha, um Centro de Pesquisas, com 6 salas para visitantes, 2 salas de coleções (uma delas onde está a Coleção Becker de Lepidoptera), sala de preparação e auditório. Estamos construindo uma pousada, com 8 apartamentos, para alojar os pesquisadores (e, quando não ocupada por estes, estará aberta para ecoturismo). Tudo financiado por nós mesmos!Serás bem-vinda!Um abraço.

Por Redação ((o))eco
16 de setembro de 2004

Rio São Francisco

De Rodrigo NerySou leitor eventual do site e gostaria de ler um artigo, entrevista ou reportagem sobre o projeto de transposição de águas do Rio São Francisco (não me lembro de ter lido sobre isso no site, corrijam-me se estiver errado). Lula voltou a falar desse assunto hoje, com sua habitual falta de argumentos, com comentários do tipo "quem é contra esse projeto não bebeu água suja, como eu, quando era criança". Quer dizer, quem mora na bacia do São Francisco pode beber? Este rio não está seriamente ameaçado pelo assoreamento provocado pelo desmatamento de suas margens para a pecuária? O semi-árido não é, em grande parte, uma paisagem antropomorfizada, criada pelo desmatamento não apenas do interior, mas também do litoral? Sendo assim, não seria mais inteligente reflorestar as margens do rio São Francisco, o litoral do Nordeste e o próprio semi-árido, na medida do possível? Se puderem me esclarecer estas dúvidas, obrigado. De resto, parabéns pelo excelente site. Só falta usar mais fotografias, para ficar perfeito.

Por Lorenzo Aldé
15 de setembro de 2004