A NATUREZA ESCONDIDA NOS OCEANOS

Em meados do século XVII, o holandês Anthonie van Leeuwenhoek inventou o microscópio e revelou a existência de um micromundo alienígena, até então totalmente ignorado pelos cientistas do velho mundo.

No mar encontrou formas de vida mais simples, a maioria unicelulares, cujo comportamento, reprodução e hábitos alimentares ainda hoje podem ser considerados bizarros para alguns.

Seres minúsculos que formam a comunidade biológica mais abundante, e uma das mais desconhecidas do planeta: o plâncton marinho.

Além de bactérias e fungos, a comunidade planctônica é formada por milhares de espécies de microalgas, protozoários e invertebrados minúsculos, com pouca ou nenhuma capacidade de locomoção

No mar, direta ou indiretamente, todas as formas de vida dependem dessa comunidade como fonte de alimento ou como dispersão

Se serve como consolo, mesmo se a pesca e a poluição costeira acabarem com a biodiversidade marinha que vemos a olho nu, ainda nos restará essa natureza escondida.

Ela poderá ser o recomeço de uma nova teia alimentar oceânica. Talvez a única saída das gerações futuras para consertar o estrago no mar feito por nós, seus irresponsáveis e ignorantes antepassados.

Reportagem Frederico Brandini

Edição Webstories Marcio Isensee e Sá

Imagens: The Micropolitan Museum of Microscopic Art Forms Wikipedia