As andorinhas-azuis também são vítimas da poluição por mercúrio do garimpo
Pesquisadores dos EUA e Canadá têm registrado, nas últimas décadas, um declínio acentuado em suas populações de aves: cerca de 29% em 50 anos.
Uma espécie em específico tem preocupado a comunidade científica e civil norte-americana: a andorinha-azul, principalmente as que ocupam as regiões sul, leste e central dos EUA e leste do Canadá.
Por conta disso, pesquisadores norte-americanos deram início, em 2017, a uma investigação que buscava entender qual a ameaça comum a essas aves, mesmo elas vivendo em locais tão diferentes.
A característica comum às andorinhas que vivem nas regiões onde há maior declínio é o fato de que todas migram para a região amazônica da América do Sul.
Ao analisar a composição química das penas das aves que passaram pela Amazônia, pesquisadores do projeto descobriram altas concentrações de um metal que representa grande ameaça à saúde não só de humanos: o mercúrio.
Os grandes responsáveis pela presença de altos índices de mercúrio nas penas das andorinhas-azuis são o garimpo de ouro e as centenas de hidrelétricas existentes na bacia amazônica.
Reportagem: Cristiane Prizibisczki Imagem: Ramiro Melinski / INPA e Erika Hingst-Zaher Edição: Bruna Martins