((o))eco entrevistou os participantes da posse de Luiz Inácio Lula da Silva e ouviu sobre as principais demandas e seus impactos ambientais
Espero que Lula reforce os códigos e leis ambientais que protegem a natureza, garanta a demarcação dos territórios para os povos indígenas e também coloque um limite para mineração em nosso país. Merong Kamakã, cacique do território Kamakã Mongoió
Mesmo com tudo que passamos, a gente não morreu. A nossa história não começou em 1988 e vamos levar muito mais além Junior Xucuru, liderança da Associação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (Apoime)
A gente sabe que quanto mais se adentra a região da Amazônia, a situação é mais gritante por causa da grande biodiversidade, e a gente lamenta por ela. Ali tem os garimpos ilegais, as comunidades indígenas, áreas que eram ainda isoladas sendo invadidas por grileiros e outros setores que querem explorar o minério Miranilda Maria Manda, do Assentamento Palmares
o meio ambiente é o que mais pesa pro MST, porque é muito importante para a manutenção da nossa vida. A gente faz reflorestamento, inclusive nesta área que a gente mora e antes era plantado só cana-de-açúcar, se você for lá, vai ver que está toda reflorestada Maria de Fatima Silva Meira do Quilombo Campo Grande
A partir do golpe de 2016 para cá, nós passamos por um retrocesso muito forte, não só na proteção da biodiversidade brasileira e da Amazônia, em especial, mas também na proteção de uma população que depende dessa biodiversidade Júlio Barbosa, presidente do Conselho Nacional das Populações Extrativistas
Reportagem: Bruna Obadowski
Fotos: Ahmad Jarrah
Edição: Marcio Isensee e Sá