Descrito pela ciência há cerca de três décadas, o mico-leão-da-cara-preta, que vive nas restingas entre Paraná e São Paulo, ainda é um ilustre desconhecido.
Pesquisadores correm contra o tempo para responder perguntas cruciais sobre a espécie – a começar por quantos deles existem na natureza – e garantir seu futuro, ameaçado pelos eventos climáticos extremos cada vez mais comuns.
Para decifrar a vida deste ameaçado primata, SPVS e Fundação Florestal uniram forças para monitorar, do lado paranaense e paulista, respectivamente essa espécie.
Este ano, as duas instituições começaram um trabalho de campo com uso de trilhas, playback e armadilhas fotográficas e sonoras para coletar dados que permitam fazer um censo da espécie.
A última, e única estimativa, feita em 2002, calculou apenas cerca de 400 indivíduos. Um número que reflete quão rara e vulnerável é este animal.
Uma solução para a espécie é criar uma população de segurança em cativeiro. Para isso, entretanto, será necessário conhecê-la melhor em seu ambiente natural.
Reportagem Duda Menegassi
Edição Daniele Bragança
Imagens: Danila Veluza/SPVS, Parque Estadual Lagamar de Cananeia, Elenise Sipinski/SPVS, Edson Montilha, Hileia, Everton Leonardi/CC