Pouco conhecido pela ciência, o tatu-de-rabo-mole-grande teve registros confirmados pela primeira vez no Pantanal.
Estudo recomenda inclusão da espécie na lista de mamíferos de Mato Grosso do Sul e chama atenção para a importância de áreas de transição para a biodiversidade.
Os pesquisadores compilaram registros do animal entre 2013 e 2021, na região ocidental do estado, que compreende partes do Cerrado e Pantanal.
No total, foram confirmados 12 registros da espécie, tendo oito sido registrados no Cerrado e quatro no Pantanal.
“Esse achado mostra que é muito importante a conexão entre os biomas”, comenta o primeiro autor do artigo, o biólogo Gabriel Massocato, que atua no Projeto Tatu-Canastra.
Maior das espécies do gênero Cabassous, o tatu-de-rabo-mole-grande, acredita-se, passa a maior parte do tempo embaixo da terra, o que torna raro o seu avistamento.
“Com base no número de artigos publicados sobre a espécie, é uma das que menos foi estudada”, comenta o biólogo Mateus Yan, mestrando em Ecologia pela UFMS.
Isso faz com que figure entre os déficits de informação da espécie seus padrões de atividade e tendência populacional.
REPORTAGEM Michael Esquer ILUSTRAÇÃO Gabriela Güllich EDIÇÃO Milena Giacomini