A novela “Pantanal” é um fenômeno. Ao entreter, o remake também apresentou aos brasileiros temas importantes relacionados à conservação do bioma.
Desmatamento, assoreamento, morte de rios, agroecologia, sustentabilidade e preservação do meio ambiente.
Próximo do fim, ainda seria necessário uma infinidade de capítulos para (tentar) refletir a realidade do bioma em sua totalidade.
Apesar de não serem retratados na novela, pelo menos oito povos indígenas vivem no Pantanal. Entre eles os Kadiéw, Guaikuru, Guató, Guarani Kaiowá, Bororo, Paresi e Terena.
Além de sofrerem com as mudanças do clima, os indígenas padecem com a perda de seus territórios, ao mesmo tempo em que lutam com a própria vida para defendê-los.
O Pantanal é também fonte de renda de mulheres de diversas comunidades tradicionais. Coleta de iscas, laranjinha-de-pacu e bocaiúva são algumas das atividades desenvolvidas por ribeirinhas em diferentes regiões.
Em Corumbá (MS), por exemplo, a ONG Ecologia e Ação apoia uma rede que movimenta cerca de 300 mulheres produtoras. As atividades fomentadas, além de sustentáveis, promovem a inclusão.
Também pouco retratado no remake, o Pantanal Norte compreende a parte mato-grossense do bioma. Esta área abriga nascentes de rios responsáveis por cerca de 70% da água que abastece o bioma, incluindo a sua parte sul-mato-grossense.
Nesta região, está exercida a pressão da agropecuária, desmatamento, instalação de hidrelétricas, garimpo, entre outras atividades que ameaçam a sustentabilidade do Pantanal em toda a sua extensão.