mudanças climáticas
Passam os anos e um problema segue recorrente no estado do Rio Grande do Sul: a estiagem. Recentemente, a Defesa Civil do estado decretou mais 18 cidades gaúchas em estado de emergência, somando ao todo 236 municípios em situação de calamidade pública decretada pelo governo federal.
Na última semana, o governo federal anunciou um aporte de R$430 milhões para cidades mais afetadas do interior do RS, destinados principalmente às áreas da agricultura, desenvolvimento social e defesa civil.
O anúncio foi feito durante uma comitiva de ministros na cidade de Hulha Negra, uma das cidades mais castigadas pela seca.
São R$ 430 milhões para ações emergenciais que envolvem abastecimento de água, combate à fome emergencial e garantia de subsistência mínima para as famílias atingidas
— Paulo Pimenta, secretário de Comunicação
Apesar do problema não ser novo – esse é o terceiro verão consecutivo que a falta de água prejudica a produção no estado –, pouca ou nenhuma ação de prevenção foi feita pelo governo estadual.
Contudo, o problema de estiagem é consequência de um fenômeno muito maior: as mudanças climáticas. Então, apesar do fenômeno La Ninã, que é o resfriamento das águas do Oceano Pacífico, ser a justificativa por parte do governo, entende-se que a seca é parte de uma crise ainda maior, que vem afetando o mundo inteiro.
Diversos rios e barragens estão com o nível abaixo do normal e várias cidades estão ficando cerca de 12 horas por dia sem água. Além disso, na região central do estado, o abastecimento tem acontecido somente através de caminhões pipa.
ROTEIRO E EDIÇÃO Milena Giacomini FOTOGRAFIA Marcelo Madeira/IbamaRS Aldem Bourscheit Agência Brasil Defesa Civil/RS
jornalismo ambiental