Ações movidas pelos Ministérios Públicos no Acre (MPF e MPE) têm contido os impactos devastadores da abertura de estradas.
A mais recente ação visa conter a abertura de um ramal no Vale do Purus, região bastante cobiçada pela indústria madeireira.
Santa Rosa do Purus é um dos quatro municípios acreanos cujo acesso só é possível via fluvial ou aérea. Ao abrir o ramal por conta própria, a prefeitura justifica o fim do isolamento como principal justificativa.
Outro processo pede indenização de R$ 10 milhões para mitigar os impactos da pavimentação da BR-364 para as populações indígenas.
Além da TI Campinas Katukina, a ACP movida pelo MPF cita outras TIs afetadas pelo traçado da rodovia BR-364
A TI Katukina (povos Huni Kuin e Shanenawa) no município de Feijó e a TI Kaxinawá da Colônia 27 (povo Huni Kuin) no município de Tarauacá, serão diretamente impactadas
Outras terras indiretamente impactadas são a Igarapé do Caucho (povo Huni Kuin) nos municípios de Feijó/Tarauacá, TI Kaxinawá Praia do Carapanã, e a TI do Rio Gregório (dos povos Katukina e Yawanawá).
A Terra Indígena Campinas Katukina, em Cruzeiro do Sul, é a mais impactada por ser cortada ao meio pela rodovia. Os Katukina ficam expostos ao constante tráfego de veículos.
Os Katukina hoje não têm mais a caça, dependem da comida de mercado. As visitações entre as aldeias foi alterada e toda a sociabilidade foi modificada.
Reportagem: Fabio Pontes
Fotos: Gleilson Miranda / Governo do Acre Moacir Ximenes SECOM / AC
Edição: Marcio Isensee e Sá