O pesquisador Giovanne Ambrosio Ferreira constatou que gatos semi-domiciliados não diminuem atividade predatória mesmo alimentados em casa.
Para chegar nessa conclusão, ele monitorou e controlou estes animais nas vilas de pescadores da Ilha Comprida entre os anos de 2009 e 2015.
O gato doméstico possui uma flexibilidade comportamental e ecológica muito grande, tendo sucesso de adaptação a diversos ecossistemas e podendo desenvolver independência dos seres humanos na questão alimentar.
Essa independência aguça seu extinto de predação, que é inato da espécie, pois se trata de um predador natural. Esse comportamento pode oferecer risco às espécies locais que passam a ser presas do gato.
A União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN) aponta que o gato é responsável pelo desaparecimento de 22 espécies de aves, nove de mamíferos e duas de répteis, representando 14% do total de extinções de animais vertebrados.
Além da extinção por caça, ocorre a competição por alimentos com outros animais que se alimentam das mesmas presas, e também pode acontecer a transmissão de doenças do felino doméstico para o animal silvestre.
“É de extrema importância não só traçar medidas para minimizar os impactos onde já existe a presença destes predadores, bem como levar até a população destas áreas informações corretas, como a posse responsável, cuidados sanitários e de saúde, e especialmente a castração”, declara o biólogo Giovanne Ferreira.
OECO.ORG.BR