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Apesar da alta do desmatamento, em 2021, o Ibama utilizou menos da metade da sua verba disponível para fiscalização ambiental.
Dos 219 milhões previstos para o ano, o órgão ambiental liquidou apenas 88 milhões, 41% do total. Ao contrário de governos anteriores, quando a liquidação dos recursos costumava ser de 86 a 92%
Os dados foram levantados pelo Observatório do Clima e estão disponíveis no relatório “A conta chegou – o terceiro ano de destruição ambiental sob Jair Bolsonaro”
O documento revela que apesar do desmatamento recordista em 2021, o Ibama emitiu o menor número de multas por desmatamento das últimas duas décadas. 40% abaixo da média da década anterior a Bolsonaro
Já o número de embargos de propriedades, uma estratégia eficiente para impedir o infrator de lucrar em situação irregular, teve uma redução de 70% em relação a 2018.
“No ano passado, não faltou recurso para fiscalizar crimes ambientais, faltou vontade”, resume o relatório.