O Espírito Santo é um dos únicos três estados cobertos exclusivamente pelos domínios da Mata Atlântica. Como em outros locais, as florestas capixabas perderam espaço para o avanço das cidades, das monoculturas e da exploração predatória da natureza.
Os quatro principais usos do solo no Espírito Santo mantêm uma mesma dinâmica há um bom tempo. A mata nativa se estabilizou em torno de 20% há mais de trinta anos – pelo menos desde 1985 quando a SOS Mata Atlântica iniciou o mapeamento nacional.
A primeira edição do Atlas da Mata Atlântica do Espírito Santo, lançada em 2018, traz registros da evolução das paisagens nos 78 municípios capixabas entre 2007/2008 e 2014/2015.
O levantamento aponta que o eucalipto foi o uso do solo que mais cresceu na média estadual nesse período, subiu de 5,8% para 6,8%, num aumento efetivo de 45,3 mil hectares.
Na contramão da discussão sobre quais as melhores artérias a serem restauradas, o Espírito Santo é palco de uma disputa polarizada, política e ideologicamente, que evidencia os desafios de superar a fragmentação na Mata Atlântica.