Muriquis-do-norte em Caratinga, Minas Gerais, viram sua população quadruplicar em 40 anos graças a pesquisa e conservação
A primatóloga Karen Strier monitora os muriquis desde 1983, coletando dados que revelam uma preocupante tendência
A partir de 2016, a mortalidade dos muriquis começou a superar os nascimentos, indicando um declínio populacional
A causa exata desse aumento na mortalidade ainda é desconhecida, gerando grande preocupação entre os pesquisadores
Apesar da conservação na RPPN Feliciano Miguel Abdala, a população de muriquis caiu de 350 em 2015 para 200 em 2022
Secas severas e possíveis doenças são algumas das ameaças que preocupam os cientistas, além do desmatamento
A análise de dados de 40 anos mostrou que a fertilidade continua normal, mas a mortalidade aumentou drasticamente
A febre amarela, que afetou outros primatas na região, pode ter sido um fator de estresse adicional para os muriquis
A projeção atual é de que a população de muriquis continue a diminuir, chegando a cerca de 180 indivíduos
Pesquisadores buscam entender as causas do declínio e propõem soluções como a restauração de habitats e corredores ecológicos
Edição webstory Marcio Isensee e Sá
Imagens: Duda Menegassi João Marcos Rosa / Mulheres na Conservação Francisco Homem / Projeto Muriquis do Caparaó
Reportagem Duda Menegassi