É dos escritórios espelhados da Faria Lima, passando pelas sedes dos grandes bancos e investidores da Bolsa que hoje brota a maior parte do crédito que financia o agronegócio no Brasil.
O cenário expõe uma verdadeira caixa-preta sobre a destinação efetiva de cifras bilionárias, recursos que, muitas vezes, acabam financiando o desmatamento ilegal, a grilagem de terras e a invasão de florestas protegidas.
Dados apurados junto ao Ministério da Agricultura sobre as “Finanças Privadas do Agro” apontam que, até junho, nada menos que R$ 1,036 trilhão estavam pendurados em títulos de investimento de captação privada para injetar dinheiro na agropecuária.
Hoje, 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil está alavancado em papéis de dívida do campo, uma montanha de dinheiro lastreada em metas de expansão e colheitas futuras.
Edição webstory Gabriela Güllich
Imagens: Eduardo Knapp/Folhapress, Bruno Kelly, Valter Campanato/Agência Brasil, Edgar Vonk/CC
Reportagem André Borges