Não há data para soltar mais ararinhas-azuis no sertão da Bahia. Ação evitaria uma nova extinção da espécie da natureza brasileira, mas depende no momento de aves no exterior.
Ampliar a reintrodução das aves estaria atrelado no curto prazo a um novo repasse de aves de um criador na Alemanha, cujo contrato não foi renovado pelo Governo Brasileiro.
O ICMBio alega que a alemã ACTP (Associação para a Conservação de Papagaios Ameaçados de Extinção, em inglês) tem sinal verde do Governo Brasileiro para enviar mais aves ao Brasil.
Presidente da ACTP, Martin Guth afirma que o processo para enviar 41 animais ao Brasil começou em outubro de 2023, mas que precisam de um “entendimento claro da posição do governo brasileiro sobre sua reintrodução”, declara.
Martin Guth (ACTP) conta que a entidade e o Governo Brasileiro discutiam formas para reintroduzir a ararinha-azul desde 2016. Isso levou à assinatura de 2 memorandos de entendimento, naquele mesmo ano e em 2018.
Como ((o))eco adiantou com exclusividade, em maio, o Governo Brasileiro não renovou um acordo firmado há 5 anos com a ACTP para soltar ararinhas vindas do país europeu em unidades de conservação.
Essa foi a parceria cancelada. A medida não interromperia a reintrodução da espécie, pois animais de outros criadouros compensariam um eventual interrompimento dos repasses alemães, avalia o ICMBio.
Enquanto isso, as aves livres já procriam. Filhotes nasceram em outubro passado e em março deste ano. Essa última reprodução foi registrada pelo criador alemão em vídeo e num documento enviado ao Governo Brasileiro.
Edição webstory Gabriela Güllich
Imagens: Danny Ye/Animalia/CC, Vincent Bosson/Folhapress, Cromwell Purchase/ACTP, ACTP/ICMBio, MDR/ Tagesschau/Divulgação
Reportagem Aldem Bourscheit