Na Amazônia, entre Maranhão e Pará, reside um dos primatas mais ameaçados do mundo. Pouquíssimo estudado por seu comportamento arisco, não é fácil encontrar o kaapori na floresta.
Esse desafio faz parte da rotina da pesquisadora Tatiane Cardoso, do Museu Paraense Emílio Goeldi, que se dedica a conhecer mais sobre a área de vida e comportamento dessa espécie dentro da Reserva Biológica do Gurupi, no Maranhão.
Todo ano, a primatóloga faz três campanhas regulares que duram em média 20 dias, onde passa 10 horas dentro da floresta em busca dos kaaporis.
Durante três dias, a repórter de ((o))eco Duda Menegassi acompanhou a pesquisadora em seu trabalho de campo na Reserva, atrás deste macaco tão enigmático sob risco de desaparecer.
As perguntas que Tatiane busca responder são fundamentais para planejar as melhores ações de conservação para espécie, que vive sobreposta ao Arco do Desmatamento e vê seu habitat ser reduzido a cada dia.
A Reserva Biológica e outras quatro Terras Indígenas representam o maior cinturão de áreas protegidas capazes de garantir um futuro aos kaaporis.
Reportagem Duda Menegassi
Edição Daniele Bragança
Fotos: Fabiano Melo, Tatiana Cardoso e Duda Menegassi