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Foi divulgada a segunda parte do 6º Relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU (IPCC). Ele dedica grande espaço às regiões tropicais e alerta: a Amazônia e o Nordeste brasileiro são altamente vulneráveis às mudanças no clima.
O aumento da temperatura poderá ultrapassar os limites de sobrevivência. Se as emissões continuarem a aumentar, as mortes por calor no Brasil aumentarão em 3% até 2050.
ONDAS DE CALOR
No Nordeste, a redução de chuva combinada com o aumento de temperatura pode tornar a região semidesértica. Já a região amazônica poderá se transformar em uma região de savana.
SECAS
Com o aumento de chuvas vem o aumento de enchentes e deslizamentos de terra. A projeção é que a população do país afetada pelas enchentes dobre ou até triplique até o final do século.
ENCHENTES
Secas, ondas de calor, altas temperaturas e enchentes já impactam a produção de alimentos no mundo. O relatório sugere que tais fatores vão prejudicar ainda mais a agricultura e a produção de carne no Brasil.
AGRICULTURA E PRODUÇÃO DE CARNE
O IPCC projeta que a redução da capacidade de trabalho no Brasil será de 24% caso as emissões aumentem rapidamente. A renda média no Brasil também poderá ser 83% menor em 2100 em relação ao que seria sem a crise climática.
PRODUÇÃO E ECONOMIA
Um conceito novo trazido no Relatório foi o de maladaptação, que é quando os países adotam medidas que, ao invés de ajudar no enfrentamento das mudanças climáticas, aumentam os riscos e as vulnerabilidades.
MALADAPTAÇÃO
De acordo com o pesquisador Paulo Artaxo, o Brasil está em situação ainda mais vulnerável, pois não tem aplicado qualquer técnica de adaptação climática em larga escala.
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REPORTAGEM Cristiane Prizibisczki ILUSTRAÇÃO Nathan Albrecht EDIÇÃO Marcio Isensee e Sá 28 de Março de 2022