((o))eco contou ao menos 30 espécimes atropeladas no trecho mais perigoso da autopista, entre Campo Grande e Corumbá.
O número é uma fração dos milhares de óbitos de espécies registrados por ongs e por especialistas nos últimos anos. Mas há mais mortes, pois muitos animais atingidos morrem longe das vias, são retirados ou devorados por carniceiros.
Inúmeros veículos e cerca de 400 carretas diárias com minério de ferro trafegam pela BR-262, de Corumbá a Três Lagoas.
Se a hidrovia Paraguai-Paraná for bloqueada por fortes secas, maior tráfego na rodovia ampliará as chances de colisões.
Acidentes matam animais raros e ameaçados de extinção, como tamanduás, gato-mourisco, tatus e cachorro-vinagre.
Telas, radares e placas implantadas pelo governo federal não reduziram amplamente os atropelamentos na BR262.
Reduzir a matança depende de monitoramento constante e de ações efetivas em rodovias novas e existentes.
Medidas envolvem melhorar as passagens subterrâneas e reduzir os atrativos à fauna para perto da autopista.
Reportagem Aldem Bourscheit
Fotos: Aldem Bourscheit, Projeto Bandeiras e Rodovias/Correio do Estado/Divulgação, Mário Alves, Associação dos Amigos das Florestas
Edição Daniele Bragança