Quase desconhecido hoje em dia, Alexander Von Humboldt era uma celebridade em sua época, a ponto de seus contemporâneos o chamarem de homem mais famoso do mundo depois de Napoleão.
Durante sua vida, Humboldt teve relações com os homens mais importantes da época, de escritores como Goethe ao presidente americano Thomas Jefferson.
Plantas, animais, uma geleira na Groenlândia, uma cordilheira na Antártica, a universidade de Berlim e até mesmo uma cratera na lua recebem o seu nome.
Os estudiosos concordam que sua contribuição mais importante foi ter compreendido a profunda interconexão dos sistemas naturais, do clima à natureza e às sociedades humanas.
As origens do pensamento ecológico estão nas páginas de seu Cosmos: Um Esboço da Descrição Física do Universo, obra monumental em cinco volumes que publicou entre 1845 e 1862.
O mais perto que Humboldt chegou do Brasil foi no alto rio Orinoco, onde descobriu que o canal Casiquiare permitia uma ligação entre as bacias do Orinoco e do rio Negro.
O exemplo de Humboldt foi seguido por uma legião de naturalistas-viajantes ao longo do século 19, que exploraram as selvas, desertos, cordilheiras e litorais das Américas, África, Ásia e Oceania.
Uma das conquistas mais famosas e quase lendárias de Humboldt foi a subida ao vulcão Chimborazo, no Equador, considerada na época a montanha mais alta do mundo.
Na era do Antropoceno, o conteúdo central do pensamento de Humboldt parece premonitório: tudo está conectado. Na rede de relacionamentos que distingue a vida no planeta Terra, nada do que fazemos permanece sem consequências.