A toninha (Pontoporia blainvillei) é um animal antigo. Pesquisadores estimam que tenha mais ou menos um milhão de anos de existência.
Ela é considerada o golfinho mais ameaçado de extinção no Atlântico Sul e corre risco de não sobreviver ao Antropoceno.
Um dos menores cetáceos do mundo, a toninha é endêmica da América do Sul e ocorre desde o Espírito Santo até o norte da Argentina.
O parente vivo mais próximo da toninha é o famoso boto-cor-de-rosa (Inia geoffrensis) da Amazônia. Apesar de pertencerem a famílias diferentes, ambas tiveram origem de um ancestral comum que habitava ambientes de rios.
Embora as toninhas sejam animais “tímidos”, elas desempenham um papel importante como indicadoras da saúde dos ecossistemas marinhos, sua presença indica um ambiente saudável.
As principais ameaças que a toninha enfrenta são a captura acidental em redes, a poluição (inclusive sonora), a degradação do habitat costeiro e as mudanças climáticas.
Atualmente existem inúmeros esforços em curso para proteger as toninhas, incluindo a criação de zonas de manejo, que servem para diferenciar os problemas que afetam a espécie de acordo com o local.
Além disso, há a implementação de medidas para reduzir a pesca incidental, como o projeto piloto que usa um aparelho sonoro que afasta as toninhas das redes de pesca e o desenvolvimento de tecnologias para monitorar a população e proteger seu habitat.
Reportagem: Jéssica Martins Roteiro: Jéssica Martins Edição: Jéssica Martins Fotografia: Creative Commons license