A AGONIA DA FAUNA PANTANEIRA

Para protestar contra as mais de 10 mil colisões veiculares contra animais silvestres nas rodovias de Mato Grosso do Sul, organizações ambientalistas depositaram animais mortos na sede do Dnit, em Campo Grande (MS).

“É importante lembrar que isso ameaça também a vida humana”, diz Luciana Leite, coordenadora geral da Chalana Esperança, que realizou a intervenção com outras organizações.

As carcaças utilizadas no protesto foram coletadas nos últimos meses na BR-262, que cruza o Pantanal sul-mato-grossense e é conhecida como “rodovia da morte” – justamente pelo alto índice de atropelamento de fauna.

E foi a inação do Dnit diante da realidade vivida por esta rodovia uma das principais denúncias do ato. Na ocasião, o superintendente regional da autarquia disse que um plano de mitigação foi apresentado ao Ibama.

A ((o))eco, o órgão informou que a equipe responsável pelo licenciamento ambiental da BR-262 analisa o documento de “forma prioritária”, sendo a autorização de sua execução “prevista para ocorrer ainda em maio”.

Entretanto, o atropelamento de fauna persiste em toda a malha rodoviária estadual de Mato Grosso do Sul, denunciam as organizações. O problema ainda é agravado pela expansão crescente das obras nas estradas.

“Diversas outras estradas federais e estaduais pelo Mato Grosso do Sul acumulam acidentes envolvendo a fauna silvestre”, diz Gustavo Figueirôa, do Instituto SOS Pantanal, outra organização que participou da intervenção.

Reportagem Michael Esquer

Fotos: Hei Nascimento, Leonardo Merçon, Polícia Militar Ambiental, Reprodução/Agesul

Edição Daniele Bragança