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26 de junho de 2006

Conservação à brasileira

Biologia da conservação é um tema da maior importância, tanto na dimensão acadêmica quanto nas suas aplicações práticas, no desenho e manutenção de unidades de conservação. No entanto, são relativamente escassos os títulos em português sobre o assunto. Razão a mais para saudar o lançamento de Biologia da conservação: essências, pela RiMa Editora, síntese da pesquisa recente com destaque para os problemas brasileiros.

Por Redação ((o))eco
26 de junho de 2006
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26 de junho de 2006

Fatal

A Doença do Caranguejo Letárgico, que assola o Nordeste há mais de 12 anos, tem se espalhado em ritmo acelerado no Espírito Santo. Ainda pouco conhecida por pesquisadores, suspeita-se que a moléstia seja causada por um fungo proveniente das fazendas de camarão que pressionam os manguezais. A doença afeta principalmente o caranguejo-uçá (Ucides cordatus), a mais consumida das espécies, matando-o em12 horas.

Por Redação ((o))eco
26 de junho de 2006
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26 de junho de 2006

Extinção local

Desde setembro do ano passado, quando houve a primeira ocorrência da moléstia no estado, dois dos 11 manguezais capixabas tiveram mais de 90% da população de crustáceos morta. O Ibama acredita que a espécie pode ser extinta localmente se a doença continuar a se espalhar.

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26 de junho de 2006
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26 de junho de 2006

Só de olho

Apesar dessa aparente preocupação, o instituto ainda não colocou em prática o plano que tem guardado para impedir o avanço da doença e minimizar os danos já causados. Embora o Ibama tenha elaborado o SOS Uçá, que prevê o estudo da moléstia e o repovoamento dos manguezais, até agora se limita a acompanhar a evolução da doença a cada 15 dias.

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26 de junho de 2006
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26 de junho de 2006

Ajuda aos catadores

Mas para amparar os mil catadores prejudicados pela falta do caranguejo o Ibama se mexeu. Junto com autoridades locais de meio ambiente, deve finalizar um cadastro dos trabalhadores e encaminhá-lo ao Ministério do Trabalho, para que recebam seguro-desemprego durante seis meses.

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26 de junho de 2006
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26 de junho de 2006

Confusão de categorias

A Reserva Biológica da Mata Escura, localizada no município de Jequitinhonha (MG), pode ser transformada em parque nacional. A proposta foi feita pela comunidade do entorno, em reunião com o Grupo de Trabalho designado pelo Ministério do Meio Ambiente. Criada em 2003 a toque de caixa, o próprio Ibama reconhece que a categoria não é a mais adequada para a região. No entorno da unidade, de 51 mil hectares, há áreas ainda intocadas. E dentro dela, onde deveria haver importantes áreas para conservação, há dois assentamentos e um quilombo, que somam 400 famílias.

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26 de junho de 2006
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26 de junho de 2006

Para fora

Mesmo tendo a população como aliada, se a reserva virar parque todas as famílias que vivem na área terão que ser retiradas. Como se sabe, parques nacionais não admitem presença permanente de pessoas.

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26 de junho de 2006
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26 de junho de 2006

Suga

Pesquisadores da Fiocruz afirmam que os ataques de morcegos a animais e pessoas têm aumentado nos últimos anos devido a destruição do habitat desses mamíferos. Em apenas um bairro de Recife, 20 ataques foram registrados em 13 dias. Além de poder provocar desequilíbrios ambientais, presença de mais morcegos nas cidades é um risco para a transmissão de raiva.

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26 de junho de 2006
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26 de junho de 2006

Sopa de crueldade

Os tubarões das ilhas Galápagos estão ameaçados pelo consumo de sopa de barbatana em restaurantes de comida chinesa na Grã-Bretanha, diz reportagem do jornal The Independent. O prato custa cerca de 100 libras (mais de 400 reais) e mesmo assim pode ser encontrado com facilidade pelos britânicos. O custo é alto não só para quem o consome, mas também para o meio ambiente. Estima-se que 100 milhões de animais morram a cada ano para cederem suas barbatanas à preciosa iguaria. Muitas vezes a pesca consiste na simples retirada dessa parte do corpo dos tubarões, que depois são devolvidos ao mar e sangram até a morte.

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26 de junho de 2006
Análises
26 de junho de 2006

Os peixes do Pantanal pedem água IV

De Fernando Paciello Junior Delegado de Policia - Assessor de Comunicação e Imprensa Polícia Civil de Mato Grosso do Sul Caro Marcos Sá Corrêa. Realmente, ainda jorra a fonte da prodigalidade brasileira. Ela já teve mais vida nos manguezais, na Mata Atlântica, nos cerrados, na floresta amazônica e em outros sistemas. Agora, com relação ao pantanal, verificamos o “milagre brasileiro da subtração dos peixes”. A pesca de forma irregular praticada por alguns pescadores profissionais, utilizando espinheis, anzol de galho, redes e tarrafas para capturar os peixes, é a marca dessa “economia predatória”. Essa pratica é materializada através das inúmeras apreensões de petrechos proibidos, divulgada frequentemente pela mídia de nossa região. Como se não fosse suficiente, existe o relatório estatístico da Policia Militar Ambiental, apontando o elevado número desses crimes ambientais. Procurando coibir a pratica desses criminosos profissionais, digo, pescadores profissionais que depredam os rios, a nossa Policia Militar Ambiental, durante a piracema, adotou o patrulhamento dos rios monitorando os cardumes, evitando que sejam alvo fácil de uma rede ou tarrafa. É a eficiência do trabalho preventivo. Ocorre, porém, que alguns entendidos pretendem balizar suas teorias através de controles de lacres feitos em postos de fiscalização, o que é irreal, haja vista que boa parte do pescado capturado de forma ilícita e predatória não passa pela fiscalização. As ações só terão sucesso quando o nível de conhecimento, a clareza dos objetivos e a experiência da equipe técnica, trabalhando com levantamento e estudos e monitorando os recursos pesqueiros, for aplicada. A proposta da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Mato Grosso do Sul tem essa preocupação. Parabéns pela matéria e pelo “O Eco”.

Por Redação ((o))eco
26 de junho de 2006