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24 de julho de 2007

Disputa

Entre as grandes esmagadoras de soja que atuam no Brasil, ainda não existe um consenso sobre qual será o próximo passo que o grupo vai dar para consolidar a sua uma moratória à compra de soja plantada em áreas de desmatamento na Amazônia. Todas estão de acordo que é necessário mapear as propriedades que produzem o grão na região. O impasse está justamente em relação ao que fazer uma vez que esse mapeamento fique pronto.

Por Redação ((o))eco
24 de julho de 2007
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24 de julho de 2007

Um lado

A maioria das esmagadoras acredita que o mapeamento deve servir para impor aos proprietários rurais que plantam soja o cumprimento do código florestal brasileiro. Em outras palavras, não bastará mais não desmatar. Quem não estiver com sua reserva legal constituída e matas saudáveis em margens de rios ou nascentes não poderá vender sua colheita.

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24 de julho de 2007
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24 de julho de 2007

O outro

Quem resiste a essa proposta de imposição do código florestal acha que o mapeamento deve ser usado apenas para detectar novos desmatamentos e que a derrubada ilegal é que deve servir de base para banir um produtor do mercado. A dissidência defende, no fundo, o estabelecimento de uma espécie de marco zero. O que passou, passou. Punição, só daí para a frente.

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24 de julho de 2007
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24 de julho de 2007

É isso aí

Se a tese de imposição do código florestal aos sojicultores vencer na Amazônia, vai ser difícil impedir as pressões para que ela seja exportada para outros produtos ou regiões do país. Será uma maravilha para o meio ambiente, mas muito fazendeiro que cortou reserva legal ou plantou próximo de nascente vai quebrar. Bem feito.

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24 de julho de 2007
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24 de julho de 2007

Tijuco Alto em pauta

A construção da usina Tijuco Alto no Vale do Ribeira, em avaliação final no Ibama, pode afetar o aqüífero Karst, que abastece a região metropolitana de Curitiba. Segundo a presidente do Centro de Estudos, Defesa e Educação Ambiental do Paraná, Laura Jesus de Moura e Costa, o solo da região é frágil por ser formado por rochas calcáriase, portanto, propenso a erosões e infiltração de água. Outro motivo é a probabilidade do morro que foi explorado por anos para a retirada de minérios de ferro, hoje oco, ceder sobre o aqüífero por não agüentar a pressão da água. As conseqüências seriam ainda o rompimento da barragem e a inundação das cidades de Adrianópolis (PR) e Ribeira (SP).

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24 de julho de 2007
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24 de julho de 2007

Novos estudos

O Ministério Público Federal (MPF) recomendou semana passada ao Ibama que sejam pedidos novos estudos sobre a usina Tijuco Alto. Antes de decidir pelo licenciamento, o MPF pede o diagnóstico da situação de toda a bacia hidrográfica do rio Ribeira de Iguape, para que os impactos potenciais e concretos sejam avaliados nas áreas de influência, e afirma a necessidade de preservação da região, que constitui um patrimônio cultural nacional, mundial e da reserva da biosfera. Cita ainda a lacuna de estudos sobre a contaminação de peixes por chumbo e outros metais pesados no rio e o não esclarecimento dos impactos que poderão ser causados pela formação do reservatório devido à contaminação.

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24 de julho de 2007
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24 de julho de 2007

Óleo sobre clima

Unir ciência e arte não é novidade, mas nunca deixa de ser uma experiência interessante. Ainda mais quando o assunto é o aquecimento global, que de uns tempos para cá começa a servir de tema para tudo quanto é tipo de manifestação. O Museu de Arte Contemporânea da cidade de Boulder, no estado norte-americano do Colorado, montou uma exposição, a “Weather Report: Art & Climate Change”, com mais de cinqüenta artistas e cientistas. A proposta é criar um “diálogo visual” em torno das mudanças climáticas e, como prova da seriedade no tratamento do tema, levou-se em conta não só a parte estética das obras, também sua precisão científica. As obras estarão expostas a partir de setembro.

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24 de julho de 2007
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24 de julho de 2007

Créditos

O Banco Mundial trabalha num programa que investirá por volta de 250 milhões de dólares para estimular a diminuição do desmatamento em países em desenvolvimento, disse um funcionário senior da instituição nesta terça à Agência Reuters. A intenção é gerar créditos de carbono por desmatamento evitado, possivelmente incluindo o mecanismo nos tratados internacionais de combate ao aquecimento global (as negociações para um novo acordo acontecem em dezembro). O plano tem tido apoio internacional significativo e 14 países ricos em floresta já manifestaram a intenção de participar. Na fase inicial, o banco escolherá em torno de cinco deles, num projeto piloto. O governo da Austrália já se comprometeu a dar 10 milhões de dólares para a iniciativa. Alemanha e Reino Unido também devem contribuir. A notícia saiu no site Environmental News Network.

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24 de julho de 2007
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24 de julho de 2007

Moratória sob discussão

As organizações não-governamentais envolvidas no pacto de produção de soja sustentável na Amazônia, como Greenpeace e TNC, estão reunidas nesta terça-feira em São Paulo com representantes da indústria de grãos e com grandes consumidores europeus, como o McDonalds. O encontro visa avaliar os resultados de um ano da moratória sobre a soja colhida em áreas de desmatamento. Uma das conclusões é de que o pacto foi bem sucedido em construir parcerias entre setor ambiental e as empresas, mas ainda faltam instrumentos de acompanhamento que permitam garantir que a soja colhida não induziu o desmatamento.

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24 de julho de 2007