Segundo a empresa, o reservatório, de qualquer forma, seria o mais produtivo da bacia do rio Paraná, com suas 170 espécies de peixes e uma produção pesqueira anual de 1,6 mil toneladas.
Não vi cuidados ambientais adicionais na visita aos pescadores. Nota-se, por exemplo, a ausência de orientação com relação à higiene na produção do alimento para os peixes. Não vi sinais de apoio aos pescadores na melhoria de suas casas, principalmente, com relação a fossas estanques ou outra modalidade de tratamento, para evitar a contaminação do reservatório.
A família que visitamos é um símbolo do sucesso do projeto, na visão do seu coordenador: “São três gerações, os filhos dão duro no negócio da família. E isso numa época em que os jovens estão indo embora, saindo de casa”. Seu Sebastião Batista Braga, tem 86 anos. Olmiro Voguel, seu genro, e sua mulher, Dionísia Vogel, têm 58 anos. Os filhos, 21 e 19 anos. Todos demonstram contentamento e entusiasmo, com a nova maneira de tirar o sustento da pesca.
Aldérico chega a se emocionar com os resultados já obtidos: “É muito bom trabalhar em algo que dá certo e você vê, imediatamente, o resultado na melhoria da qualidade de vida deles. É como eu digo, é tudo muito bom e ainda me pagam para fazer isto”. Dois deles se preparam para pegar a canoa e levar o alimento da tarde para os peixes, com todo o jeito de que também acham que está dando certo.
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