Newsletter O Eco+ | Edição #177, Dezembro/2023
10 de dezembro de 2023
A Amazônia possui, ainda hoje, um território de 143 milhões de hectares de áreas ainda não destinadas. É justamente sobre esses “territórios de ninguém” que o desmatamento, as queimadas e a grilagem avançam com mais intensidade. Na série especial “Floresta de Ninguém”, ((o))eco traz um diagnóstico atual das áreas não destinadas na Amazônia. O especial foi realizado em parceria com CCCA, InfoAmazonia e Imazon. Na primeira reportagem do projeto, Cristiane Prizibisczki mostra quatro moradores da floresta que contam os motivos que os levaram à Amazônia. As histórias de Expedito, Maria Martinha, Maria José e Raimundo ilustram a complexidade de se rastrear a dominialidade da terra para fins de regularização.
Santos foi o primeiro município do mundo a estabelecer a cultura oceânica como política pública no currículo escolar, segundo a UNESCO. Apesar de não conter a palavra “obrigatório”, o texto da Lei Municipal nº 3.935 determina que todas as escolas da rede municipal de ensino devem promover a cultura oceânica de forma transversal, desde a educação infantil até o ensino fundamental e educação de jovens e adultos – ou seja, não deve ser restringida a uma disciplina ou componente curricular, e sim fazer parte do cotidiano da escola. É o que mostra a reportagem de Alice Martins Morais, apoiada pelo Edital Conexão Oceano de Comunicação Ambiental, promovido pela Fundação Grupo Boticário
No final da primeira semana de negociações da COP 28, Cristiane Prizibisczki e Claudio Angelo trazem atualizações dos acordos e repercutem o que tem acontecido nos outros espaços do evento. Como o Brasil está se posicionando nas negociações? Qual acordo é mais importante? Quais são as previsões para os próximos dias? Essas e outras questões são respondidas no podcast de ((o))eco “Entrando no Clima”, que traz a cobertura diária da Conferência do Clima da ONU diretamente de Dubai.
Boa leitura!
Redação ((o))eco
· Destaques ·
Amazônia: um mosaico de diferentes domínios
Cultura oceânica nas escolas propaga conhecimento desde a infância
Entrando no Clima ep #11: Sociedade civil em bolhas
· Conservação no Mundo ·
Abelhas amigas. O mel tem diversos benefícios: pode ser usado como adoçante natural e na indústria médica como um agente antibacteriano, antiinflamatório e antioxidante natural. Mais importante ainda, as abelhas desempenham um papel crucial na agricultura devido à sua capacidade de polinização. A empresa Kalahari Honey, fundada em Botsuana, criou um sistema inovador de restauração que incorpora a plantação de árvores e a apicultura para beneficiar tanto o ambiente como a comunidade local. A iniciativa recuperou 300 hectares de terras utilizando este sistema. [Afr100]
A história de Anna Mani. Muito antes das mudanças climáticas entrarem em pauta, uma mulher indiana lutava contra todas as probabilidades para fabricar dispositivos que ajudassem as pessoas a compreender melhor o ambiente. Anna Mani – uma das cientistas meteorológicas mais proeminentes do mundo – continua a ser uma figura desconhecida para muitos no seu país natal. [BBC]
· Dicas Culturais ·
• Pra ler •
A Coleta | Pedro Vó
Contemplada pelo PROAC, este é um quadrinho jornalístico com entrevistas e recortes de uma rotina intensa de trabalho de três catadores de material reciclável de São Paulo. Eles compartilham suas dificuldades e conquistas de suas trajetórias, suas vivências sobre uma sustentabilidade que vai além do discurso, que atua na prática, com a mão no resíduo. Dentro de uma sociedade desigual, que ignora as questões ambientais, a luta pela sobrevivência e pela valorização da profissão atravessa a vida desses trabalhadores. A HQ expõe como os catadores carregam o sonho de um futuro possível.
• Pra ouvir •
Desastre em Maceió: como uma cidade afunda? | Café da Manhã
O ritmo de afundamento na região de uma mina de sal-gema da Braskem em Maceió voltou a cair nesta segunda-feira (4), mas ainda se mantém a 0,26 cm por hora. Desde o monitoramento intensivo iniciado em 28 de novembro, ante um risco iminente de colapso, o solo no local afundou 1,80 metro. O repórter Josué Seixas relata como tem sido o dia a dia dos impactados pelo desastre e o trauma que ele causa a Maceió. O podcast também fala com Edilson Pizzato, professor do Instituto de Geociências da USP, que explica a extração de sal-gema e discute como empresas costumam agir diante de desastres em comunidades nas quais atuam.
• Pra assistir •
Campos envenenados: Glifosato – perigo subestimado | wocomoDOCS
Em 1964, o Glifosato foi patenteado como um produto químico para limpeza de engrenagens. Cinco anos depois, a corporação agroquímica norte-americana Monsanto apresenta a substância como sendo um produto patenteado que matava plantas. Desde então, há mais de 40 anos, é o princípio ativo tóxico presente na maioria dos herbicidas que elimina somente vegetais tipo ervas daninhas, como diz a corporação. O documentário mostra os perigos do produto para a população.
OBS: Além das legendas automáticas do Youtube, o site Nosso Futuro Roubado disponibilizou uma transcrição completa para o português.