Nem mesmo os ventos fortes do ciclone que passou pelo Brasil neste final de semana foram capazes de dissipar os ânimos dos observadores de aves que participaram do Avistar Rio. Com mais de 800 inscritos, a 10ª edição do evento, gratuito, teve uma casa especial para os passarinheiros cariocas: o Jardim Botânico. E do dia 7 a 9 de novembro, palestras, oficinas, feira, sessões de cinema e, claro, passarinhadas, movimentaram a programação.
O local, além de ponto turístico carioca, foi o berço do COA-RJ, o Clube de Observadores de Aves. Os caminhos do jardim também são palco de uma passarinhada mensal que ocorre há 23 anos, liderada pelo ornitólogo Henrique Rajão. Nas árvores do Jardim, vizinhas do Parque Nacional da Tijuca, já foram registradas mais de 170 espécies de aves.
Um dos idealizadores do evento, Rajão é professor da PUC-Rio, uma das apoiadoras do evento ao lado da Associação Amigos do Jardim Botânico e da AFNATURA – Associação de Fotógrafos de Natureza.
O evento é um braço carioca do Avistar Brasil, o maior encontro de observadores de aves do Brasil, realizado em São Paulo. Seu criador, Guto Carvalho, discursou emocionado na mesa de abertura do evento. “Poder fazer um encontro de observação de aves aqui no Jardim Botânico é uma celebração”, resumiu.

“Desde o começo a observação de aves sempre esteve orbitando em volta do Rio, e vários organizadores desse evento são pessoas envolvidas na história da observação de aves do Brasil”, comenta o ornitólogo Luciano Lima.
((o))eco esteve presente no evento, representado pela repórter Duda Menegassi, que palestrou sobre como as aves podem ser protagonistas de histórias e matérias jornalísticas.
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