Gustavo Faleiros é editor da Rainforest Investigations Network (RIN) do Pulitzer Center. Em 2012, lançou o InfoAmazonia, uma plataforma digital que usa imagens de satélite e outros dados públicos para reportar sobre os nove países da floresta amazônica. Trabalhou como repórter e editor executivo de O Eco onde ajudou a criar o projeto O Eco Amazônia que produziu 200 histórias sobre questões ambientais na região. Iniciou a sua carreira como repórter do Valor Econômico, onde cobriu infra-estrutura, energia e saneamento. Foi também duas vezes selecionado Knight International Journalism Fellow por seu trabalho na promoção do jornalismo de dados e do geojornalismo. Entre 2014 e 2017, trabalhou em aliança com a Earth Journalism Network, onde liderou o Conselho de Parceiros, o programa de mentoria climática, além de atividades em países da África e América Latina. Contribuiu também para publicações como Scientific American, The Guardian-UK, Nature, Revista Piauí e Folha de São Paulo.
Para quem foi ou ainda é viciado no jogo WAR, o Greenpeace dispôs em seu site o WeAtheR, uma versão ambiental e interativa do jogo de estratégia. Os jogadores têm o nobre propósito de livrar o mundo das crises ambientais em 16 rodadas, com a ajuda de outros ativistas. →
No noroeste do Mato Grosso, nas áreas de florestas já convertidas em pastagens, uma triste curiosidade. Onde antes era floresta tropical, há semanas se vive em temperaturas extremadas. Durante o dia, calor infernal. À noite, frio de 16 graus. →
A operação Guardiões da Amazônia, que desde o último dia 30 percorria terras do município Senador José Porfírio, no centro-oeste do Pará, acaba de ser concluída por ali. A Superintendência do Ibama e a Polícia Militar do estado aplicaram mais de R$ 3,4 milhões em multas e embargaram 4.225 hectares de fazendas por desmatamento ilegal. Além de derrubarem a mata nativa de suas terras, os propietários também devastaram áreas pertencentes à União. →
Na manhã desta quarta-feira, fiscais do Ibama no Espírito Santo apreenderam cerca de 30 pássaros que eram mantidos em prisão domiciliar no município de Marataízes. Entre as espécies encontradas estavam o Colero, Sabiá do Mato e Melro. Apesar de não constarem nas listas de animais ameaçados de extinção, analistas ambientais informam que as suas retiradas desordenadas da natureza podem causar sérias pressões. Ao todo, 15 mil reais de multas foram aplicadas. Os indivíduos recuperados seguem para o projeto Cereais, no município de Linhares, onde vão passar por um processo de reintrodução à vida selvagem. →
A expectativa hoje é sobre o que vai tirar da cartola o ministro Carlos Minc para agilizar o licenciamento ambiental sem afrouxar as rédeas da proteção à natureza. O pacote mal batizado de “Destrava Ibama” tem medidas internas e externas para se tentar acelerar o trabalho órgão. No mar de incertezas, a servidora Moara Menta Giasson foi nomeada hoje, via Diário Oficial, para responder pela Diretoria de Licenciamento Ambiental, de 14 à 18 de julho. O nome do mineiro Sebastião Pires ainda é uma possibilidade para o cargo. →
Às 15h de hoje o Partido Verde promete uma visita ao Supremo Tribunal Federal. A sigla quer entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade contra a famigerada MP 422/2008, que amplia para até 1,5 mil hectares a área na Amazônia Legal que pode ser concedida a posseiros e grileiros sem licitação. Ambientalistas avaliam que, na prática, isso legaliza a mamata da ocupação de terras na região e trará ainda mais devastação. →
O governo já projeta produzir mais grãos no Centro-Oeste, diga-se Cerrado, com a finalização da gigantesca rodovia que percorrerá Brasil, Bolívia e Chile, até o Pacífico. O trajeto deve ser inaugurado em 2009, com cerca de 3 mil quilômetros. O nvestimento brasileiro na estrada é de R$ 340 milhões. “Com a utilização da nova via, a comercialização internacional de grãos deverá atingir 135 milhões de toneladas a partir de 2010, boa parte deles produzidos no Centro-Oeste”, diz em nota o Ministério da Agricultura. →
A Aracruz confirmou esta semana que Governador Valadares (MG) é o alvo de seu novo complexo industrial da empresa. Depois de fincar árvores exóticas no Espírito Santo e outras regiões do País, a “maior fabricante de celulose de eucalipto do mundo” quer implantar em solo mineiro mais três fábricas, cada uma com capacidade anual de até 1,4 milhão de toneladas. →
Para dar conta da demanda de suas fábricas, a Aracruz prevê gastar cerca de R$ 1,5 milhão no plantio de eucaliptos em Minas Gerais. O dinheiro permitira o plantio de 120 mil hectares e 70 mil hectares para “preservação ambiental”. Ela pretende, ainda, fechar parcerias com 1,6 mil produtores para comprar eucaliptos por eles plantados. →
Notícia do Ministério Público de Santa Catarina dá conta de que a Klabin pisou na bola e terá que recuperar 4,2 mil hectares de Áreas de Preservação Permanente e mais 27 mil hectares de reservas legais naquele estado, até 2017. A empresa do ramo da celulose e papel também pagará multa de R$ 6 milhões por ter plantado pinus onde não deveria. A Klabin também deverá fornecer, a cada três anos, imagens de satélite para mostrar que está cumprindo o acordo. Melhor negócio era ter respeitado a legislação ambiental. →
