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26 de junho de 2008

Crédito fácil

O resultado do encontro desta manhã entre o ministro Carlos Minc e o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, parece ter sido positivo para os pecuaristas da Amazônia que querem regularizar sua situação ambiental. Segundo Minc, pequenos e médios criadores de gado que fornecem matéria-prima para grandes frigoríficos terão acesso facilitado a recursos do BNDES para financiamento de projetos voltados à modernização e regularização de suas produções. A linha de crédito a ser adotada é a chamada “Empresa âncora”, em que a grande empresa da cadeia produtiva avaliza o financiamento concedido aos seus pequenos fornecedores.

Por Gustavo Faleiros
26 de junho de 2008
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26 de junho de 2008

Assinatura

Além do acordo para fornecer crédito aos pecuaristas, Luciano Coutinho firmou outro compromisso com Minc: o de criar facilidades para financiar projetos sustentáveis e de desenvolvimento de tecnologia limpa no país. Tais ações estão previstas na carta de Compromisso Sócio-Ambiental, em que bancos públicos e privados são signatários.

Por Gustavo Faleiros
26 de junho de 2008
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26 de junho de 2008

Nem o PAC

No início desta semana, o BNDES já havia feito um outro anúncio positivo ao meio ambiente: o de que a instituição vai adotar uma cláusula de exigências ambientais – além das exigências sociais já existentes – para conceder empréstimos. Segundo o presidente do Banco, se alguma agência ambiental do país levantar objeções à empresa que pleiteia o financiamento, ele não será concedido. Além disso, se punições por infração ambiental tiverem julgamento definitivo contra alguma empresa com empréstimo no banco, o contrato será finalizado. De acordo com Coutinho, nem as obras do PAC escaparão.

Por Gustavo Faleiros
26 de junho de 2008
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26 de junho de 2008

Economia de papel

Alguns bancos brasileiros andam mesmo implementando ações “ambientalmente corretas” nos últimos tempos. O Banco do Brasil, pro exemplo , a partir deste mês, terá cerca de 30% de seus boletos de cobrança impressos em formato reduzido, utilizando metade do papel A4. Segundo o BB, a nova sistemática permitirá uma economia anual de 84 mil quilos de papel, oito milhões de litros de água e de 3 mil árvores.

Por Gustavo Faleiros
26 de junho de 2008
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25 de junho de 2008

Lixo eletrônico

Na 9ª Conferência das Partes da Convenção da Basiléia, que ocorre esta semana em Bali, Indonésia, a discussão sobre como lidar com o lixo eletrônico é uma das mais complicadas. Basiléia é o acordo que regula o comércio internacional de resíduos tóxicos. No caso do “e-waste” a questão em aberto é como criar uma estrutura de controle nas alfândegas. O Chile propôs uma nova instituição voltada apenas para isso, mas a maioria dos países, incluindo o Brasil, não aceita a idéia. O que todos reclamam, no entanto, é da falta de uma solução concreta para um problema que cresce a cada dia.

Por Gustavo Faleiros
25 de junho de 2008
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25 de junho de 2008

Baleias

Ainda no campo da diplomacia ambiental, esta também é a semana da reunião da Comissão Internacional da Baleia (CIB), que ocorre no Chile. A velha e boa batalha em torno da liberação da caça do cetáceo, promovida pelos baleeiros japoneses se desenrola. Brasil e Nova Zelândia ainda buscam consolidar a proposta de criação de um santuário livre de caça no Atlântico Sul. As primeiras informações são de que as negociações estão travadas.

Por Gustavo Faleiros
25 de junho de 2008
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25 de junho de 2008

Nosso mar

E por falar em questões marinhas, não se esqueça que amanhã, dia 26, a Fundação O Boticário promove na livraria FNAC do Rio de Janeiro, no Barra Shopping, um debate com o Almirante Ibsen Gusmão Câmara (Conservacionista, Conselho Nacional do Meio Ambiente) e Fernando Coreixas de Moraes (Biólogo Marinho, Pesquisador Associado do Museu Nacional – UFRJ – Departamento de Invertebrados) sobre a proteção dos ambientes marinhos do Brasil. A mediação do debate será feita pelo editor de O Eco, Marcos Sá Corrêa. O encontro ocorre às 19hs e a entrada é gratuita.

Por Gustavo Faleiros
25 de junho de 2008
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24 de junho de 2008

Boiadeiro

Hoje, em Brasília, o governo divulga os resultados preliminares de sua operação Boi Pirata, criada para apreender gado que pasta sobre terra pública na Amazônia. A primeira incursão foi na Estação Ecológica da Terra do Meio, no Pará, e a apreensão de gado fez com que muita gente que tinha boi pastando lá dentro tangesse suas cabeças para outro lugar. Ao todo foram apreendidos 3,1 mil bois na área protegida.

Por Gustavo Faleiros
24 de junho de 2008
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24 de junho de 2008

Impraticável

O resultado não é ruim, mas vai ser muito difícil levar essa operação adiante. Afinal, a logísitca para apreender bois é um pesadelo, custa caro, e por tudo isso é muito difícil mantê-la no longo prazo. Há, dentro do governo, quem defenda uma saída alternativa para mantê-la funcionando: ao invés de apreender, marcar o gado para impedir sua comercialização.

Por Gustavo Faleiros
24 de junho de 2008
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24 de junho de 2008

Maio na Amazônia

Vêm aí os números de maio sobre o desmatamento na Amazônia. O Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), do Imazon, sai na quarta-feira. Quem viu os números diz que o desmatamento na região, ao contrário do que se esperava, recuou no cômputo geral. A maior queda aconteceu no Mato Grosso de Blairo Maggi. Mas calma. Fora isso, o SAD vai mostrar que ainda não há razões para aplausos. Pelo contrário.

Por Gustavo Faleiros
24 de junho de 2008
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24 de junho de 2008

Situação ruim

A queda de maio é insuficiente para anular a tendência de alta que vinha se registrando desde agosto. Mais grave, ela não é fruto de ação governamental. Longe disso. Sessenta por cento do desmatamento ocorrido no mês passado deu-se justamente nos 36 municípios da região considerados críticos pelo governo federal e para onde, desde fevereiro, ele deslocou centenas de fiscais e policiais federais. É mais uma prova de que Brasília continua sem saber como se impor na Amazônia.

Por Gustavo Faleiros
24 de junho de 2008
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24 de junho de 2008

Barril santo

A redução no ritmo do corte deve-se, sobretudo, a um inusitado aliado: a alta do barril de petróleo. O preço das commodities agrícolas está alto, mas não tão alto quanto o preço de insumos como fertilizantes, fundamentais para quem desmata pensando em plantar grãos. Não é à toa que boa parte do desmatamento de maio foi flagrado em áreas de pecuária. Pasto usa como fertilizante as cinzas da floresta derrubada.

Por Gustavo Faleiros
24 de junho de 2008