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18 de abril de 2008

Imoral e ilegal

O juiz Almeida Campelo deu cinco dias, a partir da intimação, para que as empresas e o governo remetam à Justiça Federal de Altamira todo o material já produzido. "Além de ilegal, foi uma manobra totalmente imoral", disse o procurador da República Felício Pontes Júnior. Segundo o procurador Marco Delfino de Almeida, que também assinou a ação civil pública, foi vantagem ilícita a oportunidade de acesso a informações sigilosas dada a um consórcio de empresas que muito provavelmente disputará a obra. Algo semelhante aconteceu no processo da usina de Santo Antônio, no Rio Madeira (RO).

Por Gustavo Faleiros
18 de abril de 2008
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18 de abril de 2008

Malos aires

Nos últimos dias a capital argentina Buenos Aires vem sentindo na pele os efeitos das queimadas, algo semelhante ao que todos os anos afeta cidades do norte de Mato Grosso e outras regiões da Amazônia. A fumaceira hermana foi provocada por produtores rurais que tacaram fogo na zona do delta do Rio Paraná. A poluição cobriu a capital e se estendeu pelas províncias (estados) de Buenos Aires, Entre Ríos e Santa Fé, chegando até a capital uruguaia, Montevidéu, diz a BBC Brasil.

Por Gustavo Faleiros
18 de abril de 2008
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18 de abril de 2008

Atum padronizado

A União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês) promove na próxima segunda-feira em Bruxelas um encontro com representantes da indústria de atum para tentar padronizar as regras de sustentabilidade para a pesca dos cardumes. O atum é um dos peixes mais ameaçados pela pesca industrial.

Por Gustavo Faleiros
18 de abril de 2008
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18 de abril de 2008

Sem serragem

A Universidade Federal do Pará entrou na última fase de elaboração de uma câmara de combustão capaz de eliminar os resíduos de pó de serragem, causador de problemas ambientais e respiratórios. A intenção é acabar com as montanhas de resíduos que são queimados ou jogados em rios. O projeto, que ficará pronto em maio de 2009, já tem interessados: alguns madeireiros do Pará.

Por Gustavo Faleiros
18 de abril de 2008
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12 de abril de 2008

Etanol em debate

O Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo deu início, na última sexta-feira (11/04), ao ciclo de debates sobre sustentabilidade em Biocombustíveis. Neste primeiro encontro, estiveram presentes pesquisadores e representantes de entidades ligadas ao tema, entre eles o presidente da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (UNICA), Marcos Jank, que, depois do anúncio da expansão da safra para os próximos anos, tem defendido com unha e dentes que monocultura possa ter alguma influência sobre o desmatamento na Amazônia.

Por Gustavo Faleiros
12 de abril de 2008
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12 de abril de 2008

Pressão em números

Pelos números da Unica, o tamanho da terra usada para plantação da cana deve passar dos 3,5 milhões de hectares para 7 milhões de ha nos próximos 12 anos. Toda essa expansão não ocupará áreas de florestas, segundo ele, mas do centro-oeste do país, onde hoje encontram-se os poucos remanescentes de cerrado. Apesar da iminente pressão sobre bioma, Jank afirma que a monocultura avançará somente em áreas em que existam outras culturas ou em pastagens. "Poderá haver marginalmente algum desmatamento de cerrado, mas dentro do que a lei permite", disse, em conversa com jornalistas ao final do encontro.

Por Gustavo Faleiros
12 de abril de 2008
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12 de abril de 2008

Efeitos indiretos

Ao ser questionado sobre os efeitos indiretos da expansão, como a pressão da pecuária, que seria "empurrada" de São Paulo para outros Estados, Jank mantém o discurso otimista. "A cana tem levado a uma intensificação da criação de gado. Ela vai acabar com os últimos bolsões de ineficiência da pecuária que ainda existem. A Amazônia tem uma dinâmica própria [de desmatamento] e, se não tivesse cana, existiria o problema lá assim mesmo". Atualmente, São Paulo concentra 65% das plantações de cana do país.

Por Gustavo Faleiros
12 de abril de 2008
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12 de abril de 2008

Certificação

Durante a conversa, Jank informou que a União da Indústria da Cana-de-Açúcar montou um grupo de diálogo sobre a questão da certificação. Segundo ele, em breve o grupo deve lançar "alguma coisa" formalmente, o que deu a entender que a entidade também estuda mecanismos próprios de certificações. "Vamos participar de outras [certificações] e tentar avançar aqui no Brasil. A gente quer apressar esse diálogo".

Por Gustavo Faleiros
12 de abril de 2008
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4 de abril de 2008

Cavernas interditadas

A Fundação Florestal ainda não conseguiu fazer com que as cavernas do Vale do Ribeira interditadas por falta de Plano de Manejo fossem reabertas, mas caminha para isso. Após a vistoria realizada in loco por técnicos da FF e do Ibama na última semana, os dois órgãos finalizaram o termo de referência para a contratação do Plano de Manejo Espeleológico das cavidades. Como as cavernas dos parques Intervales e Jacupiranga são alvos de ações civis públicas, FF e Ibama farão um acordo judicial para resolver o problema. Já para as cavernas do Petar, será feito um Termo de Ajustamento de Conduta.

Por Gustavo Faleiros
4 de abril de 2008
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4 de abril de 2008

Aos poucos

Em reunião realizada na última terça-feira, os órgãos redigiram a minuta dos documentos. Todas as partes envolvidas têm até o final da tarde desta sexta-feira para entregar as propostas de alteração. Na próxima semana, as redações finais do acordo e do TAC devem estar prontas. Segundo a Fundação Florestal, a idéia é ir reabrindo as cavernas conforme o Centro de Estudo, Proteção e Manejo de Cavernas (Cecav) finalizar os termos de vistoria. Apesar das negociações estarem em estágio avançado, ainda não há prazo para a reabertura total das 46 cavernas interditadas.

Por Gustavo Faleiros
4 de abril de 2008
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4 de abril de 2008

A favor do amianto

Bastou as Associações Nacionais dos Procuradores do Trabalho (ANPT) e dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) entrarem com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade contra a lei que permite o comércio do amianto crisotila no Brasil para começarem a chover reclamações. Segundo a Comissão Nacional dos Trabalhadores do Amianto (CNTA), as entidades não têm uma "verdadeira motivação" para ser contra a lei. A CNTA argumenta que "há problemas muito mais sérios no Brasil relacionados à saúde dos trabalhadores e que continuam sendo propositadamente ignorados". Já para o Instituto Brasileiro do Crisotila, só se fala mal do amianto porque "dá ibope, dá audiência".

Por Gustavo Faleiros
4 de abril de 2008
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4 de abril de 2008

Inofensivo

Apesar de já ter sido abolido em vários países do mundo devido à constatação de que o produto pode causar câncer em trabalhadores envolvidos com seu manuseio, o IBC continua afirmando que o amianto crisotila não prejudica a saúde, se respeitadas as normas de segurança e higiene.

Por Gustavo Faleiros
4 de abril de 2008