Epidemia
Um primo do Ebola, o Marburg, ataca na África, mais precisamente em Luanda, capital de Angola. Diz o Guardian (gratuito) que o vírus já matou 150 pessoas e a cidade vive dias de pânico. →
Um primo do Ebola, o Marburg, ataca na África, mais precisamente em Luanda, capital de Angola. Diz o Guardian (gratuito) que o vírus já matou 150 pessoas e a cidade vive dias de pânico. →
Juíza americana decidiu que a Environmental Protection Agency (EPA), órgão regulador do meio ambiente nos Estados Unidos não tem autoridade para eximir os navios que chegam ao país de cumprir a legislação federal com relação à qualidade da água que usam em seus lastros. Navios em geral equilibram seu balanço permitindo a entrada de água em compartimentos estanques que existem em seus cascos. Normalmente, livram-se dessa carga extra quando chegam aos seus portos de destino. E aí reside o problema. Além da qualidade da água, normalmente de 5ª categoria, junto com ela vêm organismos ou espécies exóticas que tendem a desiquilibrar ecossistemas em países estrangeiros. A EPA desde 1999 desistiu de controlar a água dos lastros de navios, argumentando que o trabalho era mais apropriado à Guarda Costeira. Grupos ambientalistas entraram na Justiça e a decisão favorável ao seu pleito saiu no dia 31 de março, segundo o San José Mercury News (gratuito, pede cadastro). →
O The Los Angeles Times (área gratuita) conta a história do Vale Hetchy, na Califórnia, que desapareceu em 1923, alagado pela represa O’Shaughnessy. O Hetchy era um local especial, dono de um ecossistema muito semelhante ao de região vizinha, onde o governo federal acabou criando o Parque Nacional de Yosemite. A decisão de afundar o gêmeo do Parque nunca foi muito bem engolida nos Estados Unidos e lá se vão quase 20 anos que se ouve os clamores para botar a represa abaixo e trazer o Hetchy de volta à tona. Derrubar a represa é fácil. A questão mesmo é imaginar o tipo de Hetchy que reaparecerá na superfície. Ninguém sabe e, por isso mesmo, o jornal encomendou a um romancista que conhece muito bem a área, Greg Sarris, para imaginar como será esse futuro. Ele conclui que serão necessários ao menos um século para restaurar a área em seu antigo esplendor. →
O The Wall Street Journal (só para assinantes) tem ótima reportagem dando todos os detalhes por detrás da história da propina de 750 mil dólares que a Monsanto pagou a um burocrata indonésio para liberar o plantio de seus trangênicos no país. Foi uma novela envolvendo prostitutas, casamentos de última hora, viagens a cenários de mil e uma noites e paixão avassaladora por uma estrela do cinema indonésio. →
Começou na semana passada nos Estados Unidos uma mobilização nacional para salvar a família Toklat, que comprovadamente há seis décadas circula pelos terrenos que formam o Parque Nacional do Denali, no Alaska. Os Toklat são na verdade uma matilha de lobos – a mais fotografada e pesquisada da história. Há quase 60 anos, ela é acompanhada diariamente por biólogos e cientistas, que formaram um corpo de pesquisa sobre a evoluçnao de um grupo de lobos único em todo o mundo. O problema é que os Toklat, um grupo que hoje, além do macho e da fêmea alfa, inclui outros nove animais, vira e mexe sai dos limites do Denali e, de dois meses para cá, pelo menos 3 deles, o macho alfa e duas fêmeas, caíram vítimas das armadilhas de caçadores. Os líderes do protesto em favor dos Toklat querem que o governo federal crie uma zona de exclusão para caçadores nas fronteiras do parque. Temem que se alguma providência não for tomada breve, a família vai desaparecer. A reportagem é do The Washington Post (gratuito, pede cadastro). →
Na Mother Jones (área gratuita), o perfil de Roger Frymire, um sujeito que fica andando de caiaque pelo rio Charles, que corta as cidades de Boston e Cambridge, dando vazão a uma obssessão: controlar o despejo de dejetos humanos e poluentes na água. É uma cruzada solitária, que envolve retirar amostras da água, analisá-las e mandar os resultados para as agências ambientais americanas, a Assembléia Legislativa de Massachussets e o Congresso americano. Fazendo isso, Frymire já conseguiu que as autoridades controlassem o despejo de esgoto e poluentes em mais de 2 mil pontos do Charles. Pela sua dedicação à causa, ele ganhou o apelido de “caiaqueiro doido”. →
A parte baixa do rio Colorado, na Califórnia, está prestes a receber investimentos de mais de 600 milhões de dólares para tocar um plano de 50 anos de recuperação de suas matas ciliares e de repovoamento de espécies nativas de peixes. Tudo isso destina-se a recuperar um ecossistema que até o governo Bush reconhece estar debaixo de imenso perigo de desaparecer. Todo mundo deveria estar comemorando, certo? Errado. Os ambientalistas estão atacando os planos do governo federal porque, segundo reportagem do The Los Angeles Times (área gratuita), eles acham que é um desperdício de dinheiro que não ataca seu maior problema, a mudança no tipo e temperatura da água provocada por represas que foram construídas em seu curso na década de 30. As represas acabaram com as irregularidades, tanto de temperatura quanto de leito, que todo o ano servia de berço a renovação da vida no Colorado. Graças a elas, o rio hoje corre sempre frio, cristalino e em volume definido. Ótimo para a engenharia, péssimo para a natureza. →
No ano passado, cientistas catalogaram a existência de 20 mil novas espécies de animais. A esmagadora maioria delas maioria delas foi achada nas águas do rio Amazonas. A reportagem é do Guardian (gratuito). →
Cerca de 1 mil metros cúbicos de um tipo de milho transgênico foi ilegalmente exportado pela Syngenta para a Europa entre 2001 e 2004. As autoridades européias nunca foram informados sobre o assunto e, na semana passada, quando souberam dele, descobriram que o milho foi criado também com alto grau de resistência ao antibiótico ampicilina – usado no tratamento contra bactérias. Conta a reportagem da Environmental News Service que os europeus souberam da exportação ilegal através do governo americano. Mas a resistência do milho ao antibiótico foi omitida. →
O sociólogo Wanderley Guilherme dos Santos rejeita o pessimismo quando o assunto é o Brasil. E critica o fundamentalismo de alguns biólogos e ambientalistas. →