Notícias
25 de abril de 2006

Green Vanity

A Vanity Fair, revista que desde os anos 80 se especializou em cobrir com ótimas reportagens a vida de ricos e famosos da Europa e dos Estados Unidos, saiu em maio com uma edição totalmente dedicada ao meio ambiente. Na capa, fotografados por Annie Leibovitz, estão Julia Roberts, Geeorge Clooney, Robert Kennedy Jr. e o ex-candidato democrata à presidência, Al Gore. É sinal de que pelo menos lá fora, a imprensa definitivamente elegeu a natureza como fonte de informação fundamental para seus consumidores.

Por Redação ((o))eco
25 de abril de 2006
Notícias
24 de abril de 2006

Tragédia no gelo

Três sherpas – grupo étnico que habita a região do Monte Everest – morreram na última sexta-feira (21), numa avalanche, quando subiam a montanha....

Por Redação ((o))eco
24 de abril de 2006
Notícias
24 de abril de 2006

Ai!

Você acaba de correr uma maratona e sente como se seus ossos e músculos tivessem sido batidos em um liquidificador. Se procurar ajuda de um médico,...

Por Redação ((o))eco
24 de abril de 2006
Notícias
24 de abril de 2006

Apressadinha

João Pessoa fica atrás de muitas capitais nordestinas no roteiro da maioria dos turistas. Mas, o Estado de São Paulo garante que a terrinha oferece...

Por Redação ((o))eco
24 de abril de 2006
Análises
24 de abril de 2006

Ruralistas no caminho III

De Germano Woehl Jr. www.ra-bugio.org.br Novamente, a matéria comete um equívoco ao deixar de mencionar que a Mata Atlântica já é protegida pelo Decreto 750. E também não menciona que o PL 3285, o PL da devastação, libera o desmatamento do que resta da Mata Atlântica (artigos 14 e 23), num momento em que a pressão para ampliar as áreas de reflorestamento de pinus e eucalipto é intensa. Empresas do setor de reflorestamento estão fazendo parcerias e comprando reflorestamentos recém implantados de pequenos proprietários. A ONG SOS Mata Atlântica, presidida pelo principal sócio de uma das maiores empresas do setor de papel e celulose (que depende de matéria-prima barata, ou seja, da abundância de reflorestamentos de pinus e eucalipto), tem omitido esse pequeno detalhe nas campanhas que prega. O PL da desvastação permite também a volta das madeireiras para atacar os últimos fragmentos e a volta dos vendedores, às margens das rodovias, de bromélias e orquídeas saqueadas de áreas protegidas, que podem desestruturar os produtores comerciais, provocando desempregos formais (com carteira assinada). Outro erro da matéria é induzir o leitor a acreditar que basta uma lei para proteger alguma coisa. Que bom seria se isso fosse verdade! Não precisaríamos nem de tranca nas portas de nossas residências. Nada é capaz de deter a ganância do ser humano. Por isso o PL-3285, que libera tudo, é uma grande ingenuidade. Ignora o que aprendemos com a história e com a ciência. É uma lógica perigosa, que não terá volta. Não haverá meios legais de impedirmos a devastação total do que resta da Mata Atlântica. A curto prazo, a lucratividade de reflorestamentos com pinus e eucalipto é imbatível. O fato do PL estar tramitando há 14 anos demonstra que já está ultrapassado, e precisa de uma profunda revisão, portanto. Os conhecimentos científicos, mesmo se tratando das florestas tropicais, avançam com velocidade supersônica. O aumento da pressão por novas áreas para o plantio de pinus e eucalipto também só foi sentida mais fortemente nos últimos 4 ou 5 anos, e a indisponibilidade de áreas enfrentou uma concorrência terrível com a cultura da soja. Portanto, os investidores do setor de papel e celulose precisam da área dos 7% restantes de Mata Atlântica para terem matéria-prima barata e abundante, requisitos essenciais para garantia de lucros fabulosos, ou seja, precisam dessas áreas para expansão do reflorestamento de pinus e eucalipto. De modo que PL-3285, da devastação, é bem vindo para o setor. Atenciosamente,

Por Redação ((o))eco
24 de abril de 2006
Análises
24 de abril de 2006

Ruralistas no caminho II

De Germano Woehl Jr. Prezada Carolina, Seguem alguns questionamentos sobre o PL da devastação da Mata Atlântica para lhe ajudar nas próxima matérias sobre o tema. Aliás seu texto no O ECO nem parece uma matéria jornalística, mas uma nota produzida pela ascom da ONG, porque não questiona nada e é prá lá de tendenciosa (deveria estar na seção de cartas). Tenta passar a idéia de que a lei é perfeita, que vai salvar a Mata Atlântica, quando é bem o contrário. Com este texto você está contribuindo para ajudar a ONG caça níquel $O$ Mata Atlântica a enganar a sociedade. O maior absurdo foi a chamada: "uma floresta SEM LEI", como se a Mata Atlântica não tivesse uma lei, o decreto 750, que de fato PROTEGE a Mata Atlântica (enquanto este PL mundano LIBERA TUDO). O decreto 750 incomoda os devastadores e está atrapalhando o setor de papel e celulose, que precisa expandir os reflorestamentos de pinus e eucalipto se quiserem matéria prima abundante e barata. Santa Catarina, por exemplo, já está com 5% do território coberto de pinus e 17% de Mata Atlântica (esse percentual é duvidoso, pode ser menos). Como a aprovação PL da devastação, a tendência, em poucos meses, é a inversão desses percentuais, ou seja, ficaremos com a cobertura de pinus superior a do ecossistema Mata Atlântica. Enfim, esta lei é nociva à sociedade, porque o artigo liberando os desmatamentos é bem cristalino e vai atingir em cheio as áreas remanescentes. O que menos a Mata Atlântica precisa neste momento é de lei, sobretudo uma lei do vale tudo, altamente complexa, praticamente impossível de ser fiscalizada. O que a Mata Atlântica precisa é de órgãos de fiscalização bem aparelhados, funcionários motivados e uma justiça mais ágil e rigorosa. E as ONGs poderiam de fato contribuir para salvar a Mata Atlãntica se atuassem neste sentido.

Por Redação ((o))eco
24 de abril de 2006
Análises
24 de abril de 2006

Ruralistas no caminho

De Marli Moraes Não me surpreendo porque vivo na Terra e os humanos pisam em tudo p/ sobreviverem. Ética? Que isso? Onde já se viu uma ONG q se diz "defensora da preservação ambiental" ter como um dos Diretores um empresário do setor que DESMATA? O que um Klabin está fazendo na SOS MataAtlântica? Será que comprou "cotas" dessa ONG p/ assim tirar proveito pras suas indústrias? Isso é um absurdo!Se querem lotear entre os amigos um patrimônio nacional, pelo menos façam às claras, não se infiltrem em movimentos que a princípio poderiam ter sido bem intencionados. Ora, pipocas, que país de merda!

Por Redação ((o))eco
24 de abril de 2006
Notícias
24 de abril de 2006

Sábio

Padre Cícero, quem diria, além de líder político e religioso do Nordeste, também era um sábio no manejo da natureza. No pedestal de sua estátua em Juazeiro, há uma lista com 12 itens ensinando a tratar a terra que é coisa para ambientalista nenhum botar defeito:Não derrube o mato, nem mesmo um só pé de pau Não toque fogo no roçado nem na caatingaNão cace mais e deixe os bichos viverem Não crie o boi nem o bode soltos Faça cercados e deixe o pasto descansar para se refazer Faça uma cisterna no oitão da sua casa para guardar água da chuva Não plante serra acima nem faça roçado em ladeira muito em péDeixe o mato protegendo a terra para que a água não a arrasteReprese os riachos de 100 em 100 metros ainda que seja com pedras soltas Plante a cada dia pelo menos um pé de algaroba, de caju, de sabiá ou outraárvore qualquer até que o sertão todo seja uma mata só Aprenda a tirar proveito das plantas da caatinga como a maniçoba, a favela e a jurema. Elas podem ajudar a conviver com a seca.Se o sertanejo obedecer a estes preceitos a seca vai aos poucos se acabando, o gado melhorando e o povo terá sempre o que comer. Mas se não obedecer, dentro de pouco tempo, o sertão todo vai virar um deserto só.

Por Redação ((o))eco
24 de abril de 2006
Notícias
24 de abril de 2006

Sumindo

Quando foi criado em 1959, o Parque Nacional do Araguaia tinha 2 milhões de hectares e se estendia por toda a Ilha do Bananal, na fronteira do Mato Grosso com o Tocantins. Quase 1, 5 milhão deles foram surrupiados por 2 decretos presidenciais em 1971 e 1980. Para preservar a natureza, sobraram apenas as partes em verde e marrom no mapa ao lado.Agora, nem isso. Um decreto assinado pelo presidente Lula em 18 de abril transformou a parte verde em Terra Indígena. E o naco marrom, tudo o que resta de um Parque Nacional majestoso e importante, passa a ser administrado agora em conjunto pelo Ibama e pelos índios e Funai.

Por Redação ((o))eco
24 de abril de 2006
Notícias
24 de abril de 2006

Malandragem legal

As tribos aumentaram sua zona de influência onde um dia havia o Parque Nacional do Araguaia graças a uma figura burocrática de nome esquisito, a dupla afetação. Na prática, via decreto presidencial, permite a destinação de uma Área de Preservação Integral para um segundo fim que via de regra pouco tem a ver com a preservação da natureza.

Por Redação ((o))eco
24 de abril de 2006
Notícias
24 de abril de 2006

Mais dois

Mais dois outros parques andam sofrendo nas mãos dos índios graças a tal dupla afetação. Monte Roraima e Monte Pascoal. Nesse último, entregue a gente que se diz descendente dos pataxó, há inclusive placa mudando na marra o seu nome. Segundo os sinais, ele agora se chama Parque Nacional dos Pataxó.

Por Redação ((o))eco
24 de abril de 2006
Notícias
20 de abril de 2006

Confronto

Não terminou bem a reunião entre órgãos ambientais e Ministério Público com os representantes de siderúrgicas do Leste do Pará em Marabá, na quarta-feira, dia 20 de abril. O encontro era para acertar os detalhes de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) para as empresas, flagradas no ano passado desmatando ilegalmente os últimos remanescentes de mata na região para alimentar seus fornos com carvão vegetal. Mas o acordo esbarrou num ponto de honra para o governo: a falta de um comprometimento claro por parte das siderúrgicas sobre onde e como vão retirar madeira legalmente para continuarem funcionando.

Por Redação ((o))eco
20 de abril de 2006