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20 de julho de 2005

Rondônia no alvo

Oito empresas de Ariquemes, Rondônia, terão que pagar R$ 1,32 milhão de multas por comercializar madeira ilegalmente. Elas utilizavam ATPFs falsas, como acontecia no esquema desmontado em maio pela Operação Curupira, no Mato Grosso. Já não era sem tempo. O Ibama detectou o golpe em Rondônia em abril. Como as autorizações eram falsas, é impossível saber de onde a madeira comercializada era retirada. Suspeita-se, no entanto, de que vinham de áreas de conservação. Os casos serão investigados pela Polícia Federal e as empresas responderão por crime contra o meio ambiente.

Por Redação ((o))eco
20 de julho de 2005
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20 de julho de 2005

Fogo atômico

O incêndio em uma área de floresta perto da cidade de Livermore, na Califórnia, está ameaçando um laboratório de armas nucleares, informa o Los Angeles Times. A rapidez com que as chamas avançam levou o Lawrence Livermore National Laboratory a decretar estado de emergência. Bombeiros locais estão tentando conter o fogo.

Por Redação ((o))eco
20 de julho de 2005
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20 de julho de 2005

Compras verdes

A norte-americana Wal-Mart, maior rede de varejo do mundo, inaugura hoje o seu primeiro supermercado sustentável, na cidade de McKinney, Texas. Segundo o Environmental News Network, o prédio é equipado para recolher água da chuva e com ela irrigar 95% das plantas que estão à venda. Turbinas movidas a vento fornecem 5% da energia elétrica da loja.

Por Redação ((o))eco
20 de julho de 2005
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20 de julho de 2005

Estragos da guerra

Bagdá, capital do Iraque, sofre com a falta de água desde o início da guerra. Mas no mês passado a coisa piorou. Um foguete atingiu a tubulação que leva água à cidade, interrompendo o fornecimento. Nestes tempos bicudos, o Environmental News Service conta que o item mais cobiçado no país é uma bomba para puxar água de poços.

Por Redação ((o))eco
20 de julho de 2005
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20 de julho de 2005

Maioridade

A Associação de Preservação do Meio Ambiente do Alto Vale do Itajaí (Apremavi) completou 18 anos de atividades este mês. Fundada em 9 de julho de 1987 na cidade de Ibirama (SC), a Apremavi nasceu para combater a destruição da Mata Atlântica, especialmente na Reserva Indígena de José Boiteux. Desde o ano passado, passou a liderar a batalha contra a hidrelétrica de Barra Grande. Foi fundada por 19 pessoas e hoje conta com mais de 300 sócios que colaboram nas mais diversas áreas, como advogados, professores, médicos e agrônomos.

Por Redação ((o))eco
20 de julho de 2005
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20 de julho de 2005

E a grana, Rigotto?

O governador gaúcho Germano Rigotto promete anunciar oficialmente a segunda fase do Pró-Guaíba, maior programa de saneamento ambiental já desenvolvido no estado, até 2 de agosto. A questão é saber onde ele vai arranjar o dinheiro. Por não alcançar os objetivos previstos para a primeira etapa, o governo perdeu o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O governo tenta atrair novos parceiros, como a Agência de Fomento do Governo Japonês (Jica), para não deixar o Pró-Guaíba morrer à míngua.

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20 de julho de 2005
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20 de julho de 2005

Saíra apunhalada

De Maria Antonietta Castro PivattoBonito - MSPrezada Maria TerezaFiquei muito satisfeita com o conteúdo de seu último artigo em O Eco, 'Saíra apunhalada', de 17/07/05. Sei que estas preocupações fazem parte de tua história profissional, o que me faz uma admiradora e parceira na sua luta pela a conservação ambiental. Por causa disto, tomo a liberdade de corrigir um pequeno detalhe que passou desapercebido no teu artigo. Na verdade, quem descreveu pela primeira vez a saíra apunhalada foi o cientista alemão Jean Cabanis (1816-1906), em 1870. Helmut Sick, nosso querido ornitólogo, nasceu apenas em 1910, em Leipzig, Alemanha, vindo a falecer em 05 de março de 1991.A redescoberta em 1998 se deu apenas numa propriedade (Fazenda Pindobas IV), e não em duas como foi relatado. O casal capixaba Ana Cristina Venturini e Pedro Rogério de Paz continuam a trabalhar com a espécie e a localizaram apenas recentemente numa segunda propriedade (Fazenda Caetês) não distante da primeira. Estas observações me foram passadas pelos Ornitólogos José Fernando Pacheco e Ricardo Gagliardi, depois de lerem seu artigo que eu enviei para nossa lista de discussão de Ornitologia. Mais informações estão disponíveis neste link. Espero que estas observações contribuam para a continuidade dos excelentes artigos que vem publicando nO Eco, aliás, gostaria de aproveitar para estender meus cumprimentos a toda a equipe deste Boletim, que muito contribuem para a divulgação de assuntos ambientais.Atenciosamente,Resposta da autora:O engano apontado foi uma falha da edição, que já corrigimos, e não um desconhecimento da autora. Fui amiga particular de Helmut Sick, que muito me ensinou sobre ornitologia. Assim eu não poderia confundir as datas. Agradeço muito todas as palavras e o envio das correções.Maria Tereza.

Por Redação ((o))eco
20 de julho de 2005
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20 de julho de 2005

Entrevista com José Roberto Marinho

De Pedro da Cunha e MenezesPrezado editor,Excelente a entrevista com José Roberto Marinho. Em um meio ideologizado e militante como é o movimento ambientalista, a entrevista ajuda a quebrar um pouco o maniqueismo que muitas vezes rege a forma de pensar e agir de muitos colegas de lutas pela conservação da natureza.Ze Roberto tem currículo suficiente para falar tudo o que disse e para criticar quem criticou. Seu currículo não foi construido nos escritórios do Jardim Botânico, onde fica a sede da Rede Globo. Zé Roberto construiu seu currículo na área ambiental sujando as botas no mato (coisa que alguns diretores de Parques Nacionais do Brasil não fazem) e dedicando horas de seu tempo livre ao conhecimento dos problemas que afligem nossos ecossistemas e a busca de suas soluções. O conheci quando era diretor do Parque Nacional da Tijuca. Ze Roberto me procurou. Morador do Alto da Boa Vista, acompanhava de perto os desafios de manejo da Floresta. Ofereceu ajuda completamente desinteressada. Proporcionou valiosos contatos com o WWF e viabilizou a vinda de técnicos sul africanos ao Rio de Janeiro para discutir o manejo de Parques Nacionais Urbanos. Gastou horas de seu tempo para mobilizar recursos materiais e humanos para o manejo da Tijuca. Jamais pediu nada em troca. Suas opiniões sempre foram coerentes e sempre refletiram horas de estudo sobre os dilemas da conservacao ambiental.Quando Ze Roberto reclama da falta de objetividade e pragmatismo de alguns setores da conservação ambiental no Brasil, está coberto de razão. Por que será que damos prioridade a elaboração de planos de manejo ao próprio manejo? Por que será que somos tão incompetentes para tirar as idéias do papel e as vezes esquecemos planos de manejo em empoeiradas estantes? Por que somos tão bons em criticar e tão lentos em fazer? Ze Roberto também está coberto de razão quando reclama que alguns ambientalistas tendem a lidar os empresarios com um ideologismo dogmatico. Grande parcela da nossa militancia ambiental tende a tratar a causa ambiental como se fosse futebol. Torcem para um " time" e querem que o outro perca a todo custo! Se fossemos mais pragmaticos e entendessemos que é possivel construir uma aliança com setores progressitas de todos os segmentos da sociedade, certamente estariamos muito melhor em termos de preservação ambiental.Entre esses progressitas certamente está o homem que é o responsável pelo espaço conquistado pelo Globo Ecologia do competente Claudio Savaget dentro da Rede Globo, bem como pelo esmero ambiental em que se assenta o PROJAC.Esta de parabéns OECO por mostrar, através de entrevistas como essa, que só poderemos vencer a batalha contra a devastação de nossos ecossitesmas quando (e se) compreendermos que é preciso alistar todos os aliados na luta.Sejam eles ricos ou pobres, empresarios ou sindicalistas, Tricolores ou Rubro- negros.

Por Redação ((o))eco
20 de julho de 2005
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20 de julho de 2005

Rodeios

De Elizabeth Mac GregorGerente Regional WSPA-BrasilWorld Society for the Protection of Animalswww.wspa-international.org.ukPrezada Silvia PilzEm primeiríssimo lugar gostaria de fazer um convite para que você venha fazer uma visita ao nosso escritório. Como jornalista, título pelo qual se apresenta, tenho certeza de que se interessaria por, ou deveria, conhecer melhor a organização sobre a qual está escrevendo.WSPA não é britânica, apenas sua sede é em Londres. É uma organização internacional com escritório em mais 13 países, mas sobre isso podemos conversar em sua visita.O seu artigo está um pouco confuso; pois você mistura nomes, fatos e ações completamente diferentes, e faz generalizações sem nexo:- Não conheço a tal "Sociedade Protetora dos Animais" que você menciona, que faz tanta coisa assim, em regiões diferentes, onde ela está registrada?- Afirma: "Todos nós (me incluo nessa) saboreamos a carne de diversos animais tendo a certeza de que eles foram criados para virar comida de gente e ponto." Quem são "todos nós"? Não conheço pois eu não me incluo nisso.- Afirma: "Quase todos afirmam que nunca foram a uma arena de rodeio..." Quem são quase todos? Não eu, pois já fui a muitas. Você, como jornalista, entrevistou quem? Como jornalista, verificou todos os laudos veterinários disponíveis, comprovando o sofrimento animal?Após mencionar a WSPA, você emenda as manifestações realizadas em 15 cidades, mostrando a violência do Rodeio, com as mensagens tétricas, que repudiamos publicamente, envolvendo a filha da Gloria Perez e continua "Ou seja, perderam a compostura, o respeito e a razão. Aliás, nesse protesto, nunca tiveram nenhuma das três virtudes."Silvia, posso lhe garantir que temos compostura, respeito e razão. Agora, como leitora, eu lhe garanto que no seu artigo, como jornalista, está faltando isenção, informação, clareza e objetividade, o que me leva a crer que ele foi produzido como peça publicitária, já que você também é redatora publicitária.Assim, volto a convidá-la para vir ao nosso escritório, porém como jornalista, seja para realizar uma entrevista ou apenas para se informar melhor.AtenciosamenteResposta da autora: Agradeço o convite para conhecer a WSPA, mas gostaria de esclarecer que o texto a que se refere não é uma reportagem jornalística. Como colunista, apenas exponho minhas opiniões sobre assuntos que considero de interesse público. No caso, longe de elogiar os rodeios, o que fiz foi uma crítica à utilização do marketing como arma para mobilizações pontuais. A intensa reação causada pela primeira coluna sobre rodeios ("O bandido é o mocinho", 17/04) me fez escrever uma segunda ("Sem rodeios", 01/05) , em que explico melhor este fenômeno.

Por Redação ((o))eco
20 de julho de 2005