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19 de junho de 2005

Caminhada no Rio

A partir deste domingo, 19 de julho, a Sociedade dos Amigos do Parque Nacional da Tijuca, no Rio, vai oferecer passeios guiados por alguns dos...

Por Redação ((o))eco
19 de junho de 2005
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17 de junho de 2005

Nada a celebrar

O dia 17 de junho é o Dia Mundial de Luta contra a Desertificação. A data foi escolhida pois no mesmo dia, em 1994, foi ratificada a Convenção Internacional sobre o tema. Segundo dados das Nações Unidas, a desertificação atinge mais de 100 países, assolando mais de 37% da superfície terrestre e afetando mais de 1 bilhão de pessoas. No Brasil, o processo está associado ao mau uso da terra. Dados do IBGE mostram que só no Nordeste, a desertificação atinge quase 100 mil km2, atingindo mais de 45 milhões de pessoas. Ainda existem, na mesma região, outros 80 mil km2 suscetíveis ao fenômeno.

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17 de junho de 2005
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17 de junho de 2005

Perigo na torneira

A deputada estadual Maria Lúcia Prandi, do PT, encaminhou denúncia ao Ministério Público de que a água fornecida pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) a quatro municípios da Baixada Santista está contaminada. A deputada apresentou estudos e análises dos dados divulgados pela Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental). Nas águas que abastecem Cubatão, Santos, São Vicente e Praia Grande foram encontrados metais pesados, fenóis e outras substâncias tóxicas bem acima do permitido, o que pode causar câncer, mutações genéticas e doenças nervosas e mentais.

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17 de junho de 2005
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17 de junho de 2005

Sem medo do Curupira

Parece que a Operação Curupira, que prendeu funcionários de Ibama por comercialização ilegal de madeira, não foi o suficiente para inibir a falsificações de Autorização para Transporte de Produto Florestal (ATPF), no Mato Grosso. Foram encontradas no posto do Ibama no Trevo do Lagarto, em Várzea Grande, 50 m3 de madeira sendo transportados com ATPF falsa. Esse documento funciona como um passe-livre para transporte de toras nas estradas brasileiras. A carga e o motorista do caminhão foram levados para a Delegacia de Defesa da Natureza. Desde o início das fiscalizações no Trevo, intensificadas pelo Ibama desde a Operação Curupira, já foram apreendidos 350,55 m3 de madeira serrada e 193,53 m3 de madeira em lâmina. Além de 14 caminhões, 7 reboques, 4 carretas e 4 semi-reboques.

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17 de junho de 2005
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17 de junho de 2005

Comprando mico

O Brasil está a um passo de retornar a um triste passado. Apesar de em 1990 a importação de pneus usados ter sido proibida, tramita um projeto de lei no Congresso para permitir que tudo volte a ser como antes. A possível aprovação do PL 216/2003, do senador Fávio Arns (PT-PA), levou a sociedade civil a escrever uma carta aos senadores alertando que a medida beneficiará a indústria de recauchutagem de pneus em detrimento do meio ambiente e da saúde da população. Não existe pneu biodegradável e se livrar deles custa qualidade de vida . Queimá-los significa liberar substâncias cancerígenas , deixá-los em lixões é o mesmo que construir casa popular para o mosquito da dengue e jogá-los nos rios é crime- ainda que seja feito, e muito. O problema é tão sério, que a melhor solução encontrada pela Europa foi exportar o problema para fora de suas fronteiras. Os países de lá revendem seus pneus para nações em desenvolvimento, que os reutilizam e depois...ficam com o mico. O Brasil não consegue dar fim nem aos 100 milhões de pneus que descarta todo ano, quanto mais os dos outros. O argumento da indústria de remoldagem para comprar pneus estrangeiros é a má qualidade dos brasileiros,mas o Inmetro contesta.

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17 de junho de 2005
Fotografia
17 de junho de 2005

As marrecas-caboclas

As “salinas” são belíssimas lagoas de água alcalina, na região do Pantanal do Mato Grosso Sul que vai da Nhecolândia ao Rio Negro. O nascer e o pôr...

17 de junho de 2005
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17 de junho de 2005

Poucos, raros e apertados

De CezarExcelente, Eunice. Há tempos não lia nada tão emocionante quanto a luta desses bichinhos pelo seu direito à vida. Muito interessante o livro "Imperialismo Ecológico..." de Crosby, Alfred, disponível na biblioteca do Senac. Se tiveres um tempo dá uma lida e verás quantos preás ilhéus se perderam no mundo após o avanço da gloriosa maré caucasiana sobre o mundo. Depois de lê-lo, verás a sorte que até aquí tiveram os preás.

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17 de junho de 2005
Análises
17 de junho de 2005

Abrir ou não abrir as reservas?

De Pedro P. de Lima-e-SilvaEngenheiro Ambiental, PhDServiço de Segurança Radiologica e AmbientalComissão Nacional de Energia NuclearCaro O EcoParabéns, muitas vezes parabéns, à Prof. Suzana Pádua e sua coluna sobre abrir ou não abrir as reservas. Compreender que a educação, a informação, o conhecimento, o contato, o sentir na própria pele é o que nos faz humanos é matéria rara, escassa, num país tão sedento de pensar sobre si mesmo. Se eu pudesse escrever uma coluna na imprensa, escreveria a coluna que a Dra. Suzana escreveu n'O Eco. Ou melhor, não escreveria, porque não conseguiria ser tão preciso e sensível quanto ela o foi.Tenho discutido esse tema com gestores de UCs, às vezes de forma muito positiva e pró-ativa como com a chefe da APA Petrópolis, às vezes me desentendido, como com gestores de outras unidades de conservação menos sensíveis ao óbvio, batendo na tecla de que a nossa salvação, e das espécies que conosco dividem esse mundo, está em trazer mais gente para a Natureza, e nao menos, por mais assustadora que alguns ambientalistas possam achar a idéia. Tudo na vida depende de como, e não do quê. Da mesma forma, os administradores públicos, presidentes, governadores e prefeitos, deveriam trazer mais Natureza para dentro de suas casas, para a orla das estradas e para dentro das cidades. Somente uma visão de prazo mais longo pode perceber que não há futuro no isolamento, e que o resultado até agora do isolamento tem sido a continuação da destruição. Por incrível que isso possa parecer, continuamos alimentando uma cultura de isolamento, onde nosso mundo é um, o da "Natureza" é outro. Que tolice!A Dra. Cecília Bueno, professora de Ecologia da Universidade Veiga de Almeida, descreveu em sua monografia de docência superior uma experiência pedagógica que realizou com uma turma de engenharia, avessa no início do período à ecologia e à conservação. Fazendo um trabalho de sensibilização com os alunos, levando-os em excursões pela Floresta da Tijuca, produziu no fim do período uma turma, a mesma, completamente diferente, com diversos alunos inclusive já engajados em trabalhos de reciclagem, conservação e educação ambiental. A transformação foi impressionante, e sua base foi incontestavelmente o contato visual, pessoal, informacional com a Natureza.O caso do Parque Nacional da Tijuca, contada em O Eco de forma esclarecedora pelo colunista Pedro Menezes, que inclui a Floresta da Tijuca, é exemplar. Hoje, com enormes problemas para gerir sua área encravada numa metrópole, é analisada em artigos científicos que fazem diagnósticos de que se não houver programas organizados da administração pública que integrem a população da cidade à Unidade de Conservação, ele poderá perder parte significativa de sua área em pouco tempo. Fala-se de uma perda de 20% em 20 anos. Os problemas de invasões, caça, corte de árvores, incêndios, erosão, poluição, introdução de espécies exóticas [alienígenas], todos causados por humanos, propositadamente ou não, aumentam dia a dia. Se a gestão do IBAMA, ajudada ou atrapalhada pela prefeitura, continuar na direção de querer isolar a UC da cidade, em vez de trazer os cidadãos para dentro, de forma a criar esse laço de afetividade, tão bem citado pela professora Suzana, perderá passo a passo tanto em quantidade de terras, embora tenha agregado o Parque Lage, que já era protegido e uma outra parcela, quanto em qualidade. De nada adianta agregar terras para a conservação, como disse a colunista de O Eco, se isso só acontecer na teoria, no papel, na cabeça dos administradores públicos, e não para a fauna e a flora locais, que continuam a ser paulatinamente dizimadas, vítimas da falta de recursos técnicos, financeiros, humanos e da cegueira de muitos gestores, locais e nacionais.O outro colunista de O Eco, Eduardo Pegurier, tem discutido por outra vertente a mesma questão. Em diversos países desenvolvidos, os gestores já perceberam que é preciso dar sustentabilidade às reservas. Assim, proporcionam infraestruturas de acesso decente aos ecoturistas, sem abrir mão de uma preservação responsável e sustentável. O acesso cria o necessário laço de relacionamento citado pela Dra. Suzana entre as pessoas e as reservas.Mas como garantir uma sustentabilidade econômica num país pobre sem desviar verbas preciosas da educação formal, da saúde e da previdência para a conservação direta? Não há mágica, nem existe almoço grátis, já disse um economista. Se os parques e reservas abrirem uma parte de suas áreas à visitação, através de sistemas de acesso modernos e não poluentes, como trens, túneis com esteiras e teleféricos, movidos a motores elétricos, sem ruído e sem fumaça, fechando a entrada de carros, ônibus, táxis e vans, degradadores por excelência, é possível trazer milhões de pessoas para dentro das florestas conservadas sem que elas PISEM na floresta. Um teleférico, para citar apenas um dos exemplos, sistema de acesso que defendo desde a década de 1980 em minhas palestras por este país afora, ainda um montanhista aguerrido do Clube Excursionista Carioca, pode colocar milhões de pessoas dentro de uma UC sem que as pessoas pisem nela. A edificação de uma pequena área, as estações no caso, pode trazer os recursos tão necessitados. E os gestores das UCs não precisarão ficar medingando recursos tão preciosos dos governos, disputando ingloriamente com as áreas de educação, saúde, segurança, etc.Trazer mais pessoas, e não menos, de modo responsável, controlado, com sistemas de engenharia modernos e bem projetados, para as reservas e todas os tipos de UCs atenderá a dois propósitos tão sonhados pelos ambientalistas: garantir a sustentabilidade econômica a curto prazo pela receita gerada e a garantir a sustentabilidade a longo prazo pela sensibilização da população visitante que pode enfim amar, porque conhece, e transformar esse amor em apoio à conservação, política e financeiramente.No Clube Excursionista Carioca, onde na década de 1980 vivi anos dos mais felizes de minha vida, perambulando por este país incrível, estava escrito na minha carteirinha de sócio, que guardo até hoje com o maior orgulho: "terra amada, terra conhecida".abs,

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17 de junho de 2005
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17 de junho de 2005

Proteção

A pesca de arrasto, feita com imensas redes puxadas por traineiras que levam tudo o que existe por onde passam, foi proibida em 75% da costa Oeste dos Estados Unidos, diz o Environmetal News Service. A medida, tomada pelo órgão federal responsável pela gestão dos estoques pesqueiros em águas do Pacífico sob jurisdição americana, preserva 360 mil quilômetros quadrados de oceano. No Brasil, a pesca de arrasto só é combatida na costa do Paraná.

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17 de junho de 2005
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17 de junho de 2005

Derretendo

O The Wall Street Journal conta que nos Andes peruanos, os efeitos do aquecimento global estão devastando as tradições culturais de um grupo Quechua e fazendo seus membros imaginar que o fim do mundo está próximo. O glaciar onde todo ano fazem uma peregrinação religiosa que mistura catolicismo com fé pagã, está derretendo. Suas bordas já recuaram quase dois quilômetros em 20 anos. O fenômeno está acontecendo em todos os glaciares dos Andes no Peru. Segundo estudo do governo, eles deverão desaparecer em 40 anos.

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17 de junho de 2005