Notícias
31 de maio de 2005

Consumo de inglês

O Guardian tem reportagem mostrando que pelo menos na Grã-Bretanha, não está longe o dia em que o consumidor só vai comprar alimentos orgânicos. O crescimento do mercado é estupendo. No ano passado, cresceu 10%, apesar das vendas no varejo de alimentos ter caído 1%. A reportagem diz que a comunidade científica está dividida sobre os benefícios dessa mudança de comportamento. Há quem diga que entre o alimento orgânico e o que vem cheio de pesticidas, não há qualquer diferença.

Por Redação ((o))eco
31 de maio de 2005
Notícias
31 de maio de 2005

Pobres diabos

O diabo da Tasmânia, aquele bicho de cara feroz e alma mansa está sofrendo estranhíssima ameaça que pode muito bem levá-lo à extinção. Segundo o The New York Times, a população adulta está sendo dizimada por tumor facial de origem desconhecida. Não se sabe se os jovens, resgatados por humanos de perto de corpos putrefados de suas mães, terão ou não a doença quando chegarem à idade adulta. Os cientistas agora tentam evitar que a epidemia se espalhe por toda a Tasmânia. Ela tem 100% de mortalidade e tem se movido a distâncias que vão de 12 a 18 quilômetros por ano.

Por Redação ((o))eco
31 de maio de 2005
Análises
31 de maio de 2005

A bancada anti-araucária

De Dornelis BenatoPrezado Sr. Marcos Sá CorrêaRecebi um texto com sua assinatura de 06.05.2005 sobre “A bancada anti-araucária” e gostaria de fazer alguns comentários pertinentes e necessários.Primeiro: Penso que esteja faltando algumas informações históricas de sua parte quanto à extração da madeira de araucária. Quem incentivou a extração foi o próprio Governo e não simplesmente alguns madeireiros gananciosos e não foi para fazer caixotes. O Brasil se beneficiou nos impostos da madeira exportada e com beneplácito do próprio Governo. Isto desde quando o Rei Dom João veio para o Brasil. Foi o Governo que incentivou a vinda dos imigrantes para colonizar o Sul. Eles, os imigrantes, tinham de derrubar os pinheiros para construírem as próprias casas e cortando as tábuas no braço, pois na época não havia serrarias e o Governo não oferecia as mínimas condições. As araucárias construíram muitas casas dos novos colonizadores, e essas casas não são caixotes. A tua afirmação: “quando os madeireiros decidiram que sua madeira dava excelentes caixotes”, soa pejorativa e desperta ira. Mas ninguém é obrigado a conhecer tudo, bem como não somos obrigados a nos calar quando somos ofendidos. E não sou madeireiro e nunca fui e não tenho parentes na área, mas vivi muitos anos em casa de madeira. Conclusão: as araucárias foram cortadas para exportar as tábuas para os países que tinham falta delas e para construir as casas e com os refugos se construía também caixotes. Contudo, sei de uma grande empresa que ainda tem licença para cortar uma certa reserva de araucárias para fazer palitos de dentes. Isto também me indigna e me desperta ira. Não posso fazer nada, pois acima de mim há muitos outros com autoridade e eu tenho de me calar.Segundo: Quem está sustentando esta ONG internacional, The Nature Conservancy? É inglesa ou americana? É fácil exigir que os outros conservem as matas quando eles já destruíram totalmente a deles. Por que não consertam a deles? Isso me leva a pensar que o Governo Brasileiro está a serviço de “outros” interesses. Principalmente por querer fazer reserva em cima do aqüífero Guarani. Sabemos de empresas internacionais que compraram grandes extensões nestas referidas áreas. Se for proteger para o benefício da Humanidade, tudo bem, se for para o benefício de multinacionais, é humilhante e odioso. Pior ainda: utilizando-se de organismos e pessoas brasileiras.Terceiro: o teu relatório tem uma grande falha quanto aos comentários sobre a pesquisa. Quais foram as pessoas pesquisadas? De que região do Paraná e de Sta. Catarina? Eram urbanos ou rurais? Quantas pessoas foram perguntas? Isso é muito importante, pois as médias e as porcentagens podem ser ótimos indicadores e também falsificadores. Do jeito que as informações estão colocadas ficam soltas e não podemos tirar qualquer conclusão.Quarto: neste item quero englobar vários aspectos. Não discordo que se tenha de preservar as araucárias e a floresta nativa, pelo contrário luto para isto com muito interesse. Mas há que se pensar como fazer esta preservação. Impor não é a solução, quem impõe é a ditadura militar. É necessário educar a população para isto, e isto é um trabalho a longo ou a médio prazo para se ter a colaboração da população. O Governo está na contramão dele mesmo, pois nem os próprios membros estão engajados na preservação. O que os deputados fizeram em Abelardo Luz é um reflexo da ação do Governo e pelos próprios membros do Governo. Ou seja, falta um trabalho de educação. MST e Governo, tudo faz parte do PT. A Teresa Urban que já apanhou na ditadura e devia saber como se deve agir. Impor é uma violência ditatorial e gera violência.Isso está mexendo no bolso deles sim e é muito lógico que vai gerar um processo de defender-se. Se mexessem no teu bolso ou na tua poupança ou em teus bens como você reagiria? Não acredito que você distribui o teu salário aos menos necessitados, assim como é natural que os madeireiros vão reagir na medida que tirarem os seus lucros. Abelardo Luz foi “agraciada” apenas do ponto de vista daqueles que têm a missão de fazerem o Parque das Araucárias e é uma “desgraça” do ponto de vista de quem investiu seu capital e seu trabalho naquela região e na exploração da madeira. Até muito pouco tempo era um negócio bem visto e o Governo recebia os impostos, porque concordava com isto e agora é malvisto? Você vai me dizer que mudou de enfoque. Concordo: então vamos preparar educando, principalmente os membros do próprio governo, e incentivando as pessoas para isto. Vamos fazer uma passagem gradativa. Por um conhecimento e experiência profissional na área humana, sei que toda unilateralidade vai constelar no pólo oposto uma energia igual e contrária. Para que não aconteça isto é necessário que se pense nos dois pólos: as pessoas têm de continuar na sua sobrevivência e tem de se resolver a preservação das matas. Nas tuas palavras: a “indústria local da motossera” exacerbou-se por causa de uma postura unilateral e presunçosa por parte do Governo. Não há dúvida que o Governo vai vencer, e deve vencer para o benefício de todos nós, mas poderá evitar desgraças. Este Governo sabe o que é ser oposição, então já deveria saber como administrar conflitos.Marcos, não jogue pedras nos outros, repense a maneira como agiram, pode ser que a estratégia esteja equivocada.Sugestão: Você sabe como é um problema o aumento do número de fiscais para o Ibama, os que têm já não dão conta do trabalho de fiscalizar o que já existe. Se fizerem um Parque das Araucárias em Sta. Catarina, e penso que não será diferente nos outros estados, será impossível uma fiscalização, pela extensão. Quem é mal intencionado vai controlar a passagem do fiscal e em seguida ataca, como acontece no Paraná com a reserva para preservar o corte do Palmito. Minha sugestão é fazer uma Área de Preservação Ambiental mantendo os proprietários no local e cada propriedade terá de deixar uma reserva numa porcentagem estipulada em lei e dar um incentivo a cada proprietário daquela área (em redução de ITR, por exemplo) para o plantio de araucárias. Cada um deles se transforma num fiscal do Governo para não permitir a depredação da mata nativa e das araucárias. Isso tudo além da reserva do não cultivo próximo aos rios e fontes, banhados, etc. Poderia ser feito um incentivo com outros benefícios para aqueles que fizerem um plantio maior de araucárias daquilo que é por lei. Quem tiver terra mais acidentada, não tratorável, terá interesse em recuperar a floresta. A APA poderá ser ampliada para uma área maior do que aquela estipulada.Agora, se o objetivo do Parque tem “outros interesses”, não divulgável, vai acontecer o que os portugueses fizeram em 1500. Será que nós teríamos de assistir a isso de braços cruzados como fizeram os índios? Penso que não.Estou te colocando esta sugestão e não sei qual tua participação neste projeto em nível de decisão. Fiz minha parte.Apenas como informação: moro no Rio Grande do Sul, numa chácara em Farroupilha e tenho assistido um desmando e depredação da natureza que eu pensei que não seria possível e com a conivência do Ibama, Fepam, Patam e Ministério Público, até agora nada fez. Foram desmatadas duas áreas de 48 hectares cada. Numa área foram “abatidas” mais ou menos 600 araucárias nativas, e o Ibama, ou o fiscal do Ibama, ensinou que as toras deveriam sair à noite para não ser pego por fiscais ou policiais. Depois era para ser enterrados os tocos dos pinheiros e galhos e plantar aveia para disfarçar. Com isso aterraram banhados, nascentes, que segundo os moradores mais antigos, nunca secou. Foi fotografado e denunciado até no ministério público e nada aconteceu. Na outra área foi derrubada uma mata nativa com árvores imensas, inclusive araucárias, e até hoje estão retirando a madeira para lenha, que também é distribuída à noite. Então, se o senhor pretende denunciar, teria de se dedicar a outros aspectos, porque salvar o Parque das Araucárias, não é salvar as araucárias. Esta preocupação tem de ser mais extensa e com participação de toda a população, inclusive dos órgãos que devem fiscalizar. Se “a indústria da motosserra” é perigosa, as outras indústrias são mais ainda, pois têm o produto da propina e a imunização... No final, eu penso que pouco resolve definir um Parque ou APA e continuar estes desmandos até em quem teria o dever de agir o contrário. Acontece que nós vivemos numa democracia onde alguns são mais iguais dos que os outros, apenas porque tem um cargo no Governo seja municipal ou federal.Saudações

Por Redação ((o))eco
31 de maio de 2005
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31 de maio de 2005

No fogo para se queimar

De Francisco Anselmo BarrosParabéns por seu artigo, continue. A Marina foi uma mentira assim como foi o Lula. Ambos tinham compromisso assinado com os ambientalistas, contra transgênicos, desmatamento etc. Um abraço.

Por Redação ((o))eco
31 de maio de 2005
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30 de maio de 2005

O lago está afundando

Como Machu Picchu, tem gente correndo para conhecer um outro patrimônio da humanidade que está afundando. A diferença é que o que está sucumbindo é um lago asiático, um oásis no deserto de Gobi, na China. O nível da água do Lago Crescente já baixou quase oito metros nos últimos 30 anos e ele tem hoje um terço de seu tamanho original. Segundo o NYT, a construção de uma represa e a explosão populacional da cidade de Dunhuang pressionaram o frágil equilíbrio hídrico daquele oásis. Os turistas, é claro, querem conhecer o lugar antes que seja tarde, mesmo que sua presença em massa demande ainda mais água e acelere todo o processo.

Por Redação ((o))eco
30 de maio de 2005
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30 de maio de 2005

Novela antiga

Que a velocidade e o descontrole urbano de São Paulo foram cruciais para o estado de alagamento constante da cidade, hoje ninguém duvida. Mas para entender o porquê, o caderno Cotidiano da Folha de S. Paulo trouxe uma reportagem quase científica que abordou de que maneira as características geográficas da metrópole a tornam naturalmente alagadiça. Para os especialistas ouvidos, a questão da retificação dos rios é uma das principais causas das enchentes, mas não é tudo. A ocupação das várzeas e a impermeabilização do solo de toda cidade estão entre os maiores vilões.

Por Redação ((o))eco
30 de maio de 2005
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30 de maio de 2005

Espantando a tiros

O governo da Virginia, nos Estados Unidos, anunciou que pretende atirar em cerca de cinco mil gaivotas que incomodam os motoristas numa rodovia interestadual que recebe cerca de 100 mil veículos por dia em épocas de pico. A desculpa é a que os pássaros começaram a provocar muitos acidentes na estrada desde que integrantes do departamento de transportes instalaram perto dali uma área para nidação de espécies de aves ameaçadas. Segundo a agência AP, mais de 60 mil gaivotas foram também vitimas de acidentes com carros na rodovia em 2004. Organizações de proteção aos animais dizem que a estratégia não vai funcionar e prometem atrapalhar os planos do estado.

Por Redação ((o))eco
30 de maio de 2005
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30 de maio de 2005

Abuso animal

Uma investigação do departamento norte-americano de agricultura concluiu que a Universidade de Nevada cometeu 46 violações ao bem estar de animais usados em suas pesquisas científicas entre maio de 2004 e março de 2005. A investigação começou depois das denúncias feitas por um professor e de uma reportagem do Reno Gazette-Journal que mencionava a morte de 38 ovelhas grávidas porque tinham sido mantidas trancadas por três dias sem água nem comida. A universidade foi multada em US$ 11,400. A notícia é da CNN.

Por Redação ((o))eco
30 de maio de 2005
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30 de maio de 2005

Tinguá-Bocaina

Diversas unidades de conservação do estado do Rio de Janeiro vão se reunir, entre os dias 23 e 24 de junho, para discutir a criação de um corredor ecológico entre a Reserva Biológica do Tinguá e o Parque Nacional da Serra da Bocaina, distantes cerca de 100 km. Batizado de I Workshop do Corredor de Biodiversidade Tinguá - Bocaina, o encontro será em Paty do Alferes, e espera contar com representantes dos nove municípios da região, empresas e sociedade civil. Além, é claro, das reservas públicas e privadas que detém o que restou de Mata Atlântica naquele trecho da Serra do Mar.

Por Juliana Redação ((o))eco
30 de maio de 2005
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30 de maio de 2005

Tradutor de ambientalês

Se você se interessa por meio ambiente mas não tem intimidade com termos estranhos como biota, chorume, autóctone, eutrófico ou retrofossa, pode ter acesso a uma ferramenta valiosa para facilitar sua comunicação com a área. É o “Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente”, do IBGE, que ganhou em sua segunda edição mais de 300 verbetes novos. A publicação, disponível na internet no formato PDF, tem agora cerca de 2.800 termos técnicos relacionados à geografia, biologia, zoologia, paleontologia e indicadores ambientais.

Por Juliana Redação ((o))eco
30 de maio de 2005