Dez minutos de TV
De Bruno do Nacimento Marc Dourojeanni fez um belo relato sobre a programação da TV brasileira e como os seus assuntos são tratados no pano de fundo. Mas o termino da matéria também é relevante, as emissoras de TV querem entreter e às vezes acabam informando. Ocorre que nem sempre a tal da informação tem um compromisso com o conhecimento real, tanto por parte de quem é entrevistado, ou por parte de quem entrevista e menos ainda de quem vê ou recebe essa informação. Talvez o grande erro sobre a mídia nacional é o fato de dizermos que ela integra o país e passa uma noção de Nação. Na realidade a mídia nacional traz fragmentos de determinados acontecimentos e situações em determinadas localidades que nem sempre está associada àquela realidade. Basta dizer que o principal jornal televisivo tem correspondentes em Nova Iorque, Londres, Berlim, Tel Aviv, Roma e poucas são as vezes que transmite de João Pessoa, Rio Branco, Boa Vista ou Macapá. Acredito que para a grande maioria da população brasileira que vive na cidade seja difícil imaginar o que é a fronteira da Amazônia com a Colômbia em termos reais. E a TV não tem o tempo necessário para dar essa informação com o conhecimento de causa necessário. Os programas específicos passam nas outras emissoras ou em horários e um formato que não agrada a maioria da população, até porque na maioria das vezes a antena não ajuda e tem um outro programa mais interessante em outra emissora de TV. Em síntese, a TV não é nem um meio ou sequer um instrumento de educação e quando arroga para si esse desejo perde popularidade. Pode até ser que algumas vezes que determinadas pessoas por terem uma vida dedicada a uma causa acabam tocante uma fração da audiência. Para mim a TV é apenas uma grande vitrine. Quanto às favelas brasileiras, será que o Brasil já fez um real diagnóstico da sua conjuntura? Será que existe uma classe no Brasil antenada com a implementação das soluções para esse tipo de problema? Clique aqui para ler esta carta na íntegra. →