Receita de liberdade

De Roberto Lotufo Pastore Foi com muito prazer que li sua matéria no site O Eco. Adoro notícias que abordam a liberdade de animais, bem como ações de pessoas na proteção dos mesmos. Sou jornalista e trabalho em um ONG de Meio Ambiente. Mas atualmente estou morando em Londres e realizando alguns freelas para o jornal da minha cidade (Campinas). Minhas ações em favor dos animais são bem urbanas. Tenho doado minha energia aos cachorros abandonados.São centenas de milhares nas cidades paulistas. Estou em contato com uma ONG do Reino Unido para conhecer o trabalho e tentar parcerias.Gostei muito do site. Quando retornar ao Brasil vou girar o país para conhecer instituições e pessoas com o mesmo objetivo. Gostaria de conhecer o trabalho do O Eco.Um abraço e até mais.

Por Redação ((o))eco
29 de agosto de 2005

Corra jumento, corra! II

De Daniele Jamel Achei muito interessante! Quem ia imaginar que o jumento de ofensa pode passar a iguaria exportada para Europa ou ate mesmo ser premiado! So não sei se nesse caso a saca de milho vira ração para ele ou comida para o dono no nosso Brasil esfomeado... Adorei a matéria.

Por Redação ((o))eco
26 de agosto de 2005

Floresta da Tijuca

De Francisco Gondin Terça-feira passada, fui à Floresta da Tijuca para dar um passeio. O primeiro funcionário que encontrei foi o Gilson descendo o Caminho dos Picos na altura do Caminho da Saudade, e foi o único. O Bom Retiro está como a antiga ruína: abandonado. Banheiros um sujo e sem papel e o outro fechado. Havia um GM em carreira solo e evidentemente sem o apoio necessario para seu trabalho: um bravo. Das trilhas, ando de qualquer jeito em qualquer lugar (exceto na área do Cochrane, vizinha da Rocinha). Minha irmã que morava no Córrego Alegre, foi de vez para Viena (Áustria). Não suportou a violência dos assaltos freqüentes de gente vinda da Rocinha. Cadê as patrulhas, freqüentes outrora organizada com GMs, IBAMA e até a presença do Chefe e amigos?

Por Redação ((o))eco
26 de agosto de 2005

Comboio da insensatez

Diretor de Proteção Ambiental do Ibama ataca importação de pneus usados vindos da União Européia. Para ele, Brasil é visto como lixão do mundo desenvolvido.

Por Flávio Montiel da Rocha
25 de agosto de 2005

Áreas de Preservação Permanente

De Gustavo TrindadeConsultor jurídico do Ministério do Meio Ambiente (MMA)Prezado Editor,Nesta quarta-feira, 24 de agosto, a coluna “Salada Verde – Notas de Meio Ambiente” deste site, realiza comentários sobre parte da matéria publicada no jornal Valor Econômico intitulada “Decisão de Jobim dá poder ao Congresso e já paralisa obras”. Destaco que está coluna reservou comentário a apenas uma frase das várias citações referidas à minha pessoa pela matéria. Ao contrário do explicitado pelo O Eco, a Consultoria Jurídica do Ministério do Meio Ambiente atua com rigor para o cumprimento da legislação ambiental. Sobre a decisão cautelar do Supremo Tribunal Federal que suspende a possibilidade dos órgãos ambientais de autorizar, em casos excepcionais, a supressão de vegetação em área de preservação permanente, regrada pelo art. 4º do Código Florestal cabe esclarecer que entendemos que o referido artigo de eficácia suspensa encontra-se em perfeita harmonia com a Constituição Federal, em especial, o seu o art. 225, §1º, inciso III. Entender que não é possível aos órgãos ambientais autorizar a supressão de vegetação em APP, cabendo tal possibilidade, exclusivamente, ao Poder Legislativo é subverter o sistema constitucional das competências dos três poderes, conferindo ao Legislativo o que é de atribuição do Executivo. Não depende de lei o ato administrativo, que vinculado à norma geral legal, no caso o Código Florestal, disciplina o uso de determinado espaço territorial especialmente protegido, decide sobre obras ou atividades a serem nele executadas. As áreas de preservação permanente se consolidaram como espaços em regra insusceptíveis de utilização, ressalvados os casos em que, constatada a presença dos requisitos da inexistência de alternativa técnica e locacional, o órgão ambiental competente possa autorizar atividade de utilidade pública ou interesse social, devidamente caracterizado e motivado em procedimento administrativo próprio. A suspensão da eficácia do art. 4º do Código Florestal paralisa as atividades econômicas e não traz maior proteção ambiental, ao contrário, estabelece que a interferência em APPs ocorra por decisão política, via legislativo, sem qualquer análise dos órgãos ambientais. Neste sentido, como explicitado na reportagem do jornal Valor Econômico “acreditamos que prevalecerá o bom senso, que teremos uma legislação que proteja o meio ambiente, mas que seja factível”.

Por Redação ((o))eco
24 de agosto de 2005

Extermínio dos gatos XI

De Flavya Mendes de AlmeidaMédico veterináriaWorld Society for the Protection of Animals Editor Jornal O EcoGostaríamos de tecer alguns comentários e fazer alguns esclarecimentos a respeito da matéria publicada por Pedro da Cunha e Menezes neste jornal. Antes de mais nada, discordamos que o gato (Felis catus) seja uma espécie exótica invasora, muito pelo contrário, assim como o cão (Canis familiares), gatos encontram-se espalhados pelo mundo todo desde a sua domesticação e a adaptação é apenas uma das etapas do sucesso evolutivo de uma espécie. Na realidade, todas as espécies, em algum momento são invasoras (não existiam originalmente em determinado local, e após passarem por processos de adaptação, são encontradas nesses diferentes lugares). Além disso, quem realmente invade o espaço e destrói florestas é o ser humano, e assim a fauna urbana simplesmente é obrigada a se adaptar a essa condição de destruição.Porém, realmente concordamos que o controle populacional de colônias de gatos domésticos nos centros urbanos deva ser realizado, não somente por razões de saúde pública, mas principalmente de bem-estar animal e assim, as duas estratégias mundialmente utilizadas como formas de controle de populações de gatos domésticos são exatamente a Erradicação das colônias e a Esterilização.A erradicação é realizada de várias formas: através da introdução de agentes patológicos específicos (ex: viroses felinas), envenenamento, caça, captura e eutanásia ou ainda captura / remoção / recolocação em uma nova colônia ou santuário. Embora sejam muitas vezes ineficientes e eticamente inaceitáveis devido ao sofrimento que causam aos animais, tais métodos de erradicação continuam a ser utilizados em locais nos quais a presença de gatos é considerada uma ameaça às populações humanas (casos de raiva ou outras zoonoses) ou de animais silvestres (predação por gatos domésticos). Nos Estados Unidos da América (EUA), onde se dispõe de informações técnicas atualizadas, há muita controvérsia em relação à manutenção de gatos em áreas ricas em biodiversidade, por outro lado, a eliminação dos animais já se mostrou ineficiente, pois a remoção de indivíduos de um grupo, seja por adoção, translocação ou eutanásia desestrutura a hierarquia e a organização social da colônia, colaborando para o aumento da população pela migração de novos indivíduos. Após um período de “ajustes sociais”, tais colônias tendem à “auto-regulação”; assim, modificar a estrutura social pela eliminação de indivíduos não é recomendável como forma de controle populacional. Além disso, observou-se que a própria população humana (essa sim, a espécie mais invasora de todas – Homo sapiens) colabora intensamente para a superpopulação de gatos, abandonando animais nas áreas controladas e monitoradas. A população de gatos ferinos, que conhecidamente apresenta alta taxa de mortalidade infantil, é mantida e sustentada exatamente pela entrada de gatos trazidos por pessoas que imaginam estar fazendo um bem aos animais ao deixá-los onde há uma colônia estabelecida. Gostaríamos ainda de esclarecer que a Toxoplasmose e não, Toxicoplasmose é uma doença cujos hospedeiros definitivos são os felídeos. Entretanto a transmissão se dá por diversas formas, e a mais freqüente é exatamente a ingestão de alimentos e água contaminados por esporocistos, ou seja, para que ocorra a transmissão direta de toxoplasmose de gatos para seres humanos ou para quaisquer outras espécies, é necessário que se ingira fezes de gatos contendo oocistos esporulados - presentes no ambiente por pelo menos três dias.E por falar ainda em espécies invasoras, Challithrix jaccus (sagüi de tufo-branco) é também um bom exemplo. Originária do Nordeste e introduzida no Rio de Janeiro é amplamente conhecida pelo seu potencial predador da fauna silvestre, pois sagüis são excelentes “saqueadores” de ninhos, além do fato de já terem se adaptado por completo ao ambiente urbano. Esses animais (não domésticos!) colocam em risco à saúde humana, uma vez que podem ser portadores assintomáticos de Herpes simiae, uma virose fatal para nós, humanos. Já com os gambás (Didelphis marsupiallis) aconteceu o caminho inverso, animais originalmente silvestres que se adaptaram ao estilo de vida urbano, sendo encontrados em qualquer local nas cidades. Daí a importância em se conhecer as espécies e identificar até que ponto o equilíbrio entre elas, seres humanos e ambiente encontra-se comprometido, para que então, dessa forma, medidas de controle possam de fato serem adotadas.Dessa forma, o que cabe aqui não é culpar o cão, o gato, o sagüi ou o gambá, na realidade, concordamos que o controle sanitário e populacional de todas as espécies, inclusive o homem, se faz necessário e urgente. Porém o que não se pode permitir é que algumas poucas espécies paguem o preço da desinformação oriunda de idéias errôneas e distorcidas sobre o assunto, divulgadas de qualquer forma, sem conteúdo e embasamento científico e pior ainda, que incita a população em geral a condenar e a cometer um crime contra os gatos, baseado nessa imagem cruel e não verdadeira divulgada sobre eles.Assim, gatos, domesticados há 4000 anos pelos egípcios e originalmente (e até nos dias atuais) utilizados pelos humanos no controle de roedores, hoje se vêem massacrados exatamente por manterem nos seus genótipos traços de animais de topo de cadeia, predadores por natureza. Mais uma vez, de nada adianta culpar os gatos, o que precisamos fazer é unir esforços para que medidas cabíveis e sensatas de controle de suas superpopulações sejam implementadas e que tornem a convivência entre eles e humanos a melhor possível, principalmente para aqueles que não apreciam o agradável convívio com felinos.

Por Redação ((o))eco
24 de agosto de 2005

Corra jumento, corra!

De Carolina Mourão Não concordo com a Silvia na matéria bem escrita sobre a polêmica do jumento corredor. O jumento não é um animal veloz, não tem esta estrutura de corredor e nem com Maria parindo Jesus ao relento, José apressou o dele. O jumento não é como um cavalo, mas como um camelo: agüenta longos trajetos sem água, carrega muito mais peso que um cavalo suportaria, mas submetê-lo à corrida é sem dúvida um abuso. Quando ele corre é de dor, corre da dor do cigarro queimando as orelhas, quando o cigarro não cai lá dentro do ouvido, aceso. Espero sinceramente que a União Internacional Protetora dos Animais faça alguma coisa a favor destes pobres animais.

Por Redação ((o))eco
24 de agosto de 2005

Parabéns e outras

De RodrigoPrezados amigos,Freqüentador d’O Eco desde o seu surgimento, tenho em sua leitura muito mais do que um dever profissional, uma dose diária de bom senso e informação qualificada. É óbvio que a rotina de uma atividade que se assemelha a um jornal diário e o amplo conjunto de colaboradores eventualmente façam com que surjam opiniões com as quais é difícil concordar, o que certamente também faz parte do desafio de produzir material em bases diárias e de oferecer a maior diversidade de opiniões possível em temas muitas vezes tão polêmicos como pode ser tudo que envolva meio ambiente neste país onde tantas urgências fazem dessa área algo virtualmente periférico, malgrado as infinitas urgências que ela também carrega.Sou consultor de meio ambiente há quase vinte anos, tendo trabalhando no licenciamento do asfaltamento da BR-163 entre Guarantã do Norte e Rurópolis, e lhes escrevo para apresentar os meus parabéns à brilhante série de reportagens produzida por Andréia Fanzeres acompanhando a equipe do Greenpeace na expedição que percorreu essa rodovia.Além do texto claro e objetivo, sem perder o encanto de uma visão sensível e refinada, a série revela com muita propriedade a tremenda encrenca que envolve a gestão dos recursos naturais na área de influência da BR-163 e que na verdade serve como uma síntese muito apropriada da situação de grandes áreas da Amazônia. Pareceu-me especialmente brilhante o texto denominado “Um país feio”, tanto pela abordagem integradora, capaz de revelar grandes traços da situação ambiental de amplas regiões do país, como pela propriedade de uma avaliação dessa condição a partir de uma análise apoiada na interpretação da paisagem.Recentemente tive a oportunidade de viver uma experiência semelhante, ao conhecer o Parque Indígena do Xingu em um vôo que partiu da cidade mato-grossense de Canarana, onde a soja também é o grande motor da economia. Deixo aqui a sugestão de que se faça uma reportagem sobre a delicada situação que o Parque vive atualmente. Representando uma das mais notáveis iniciativas já adotadas para a proteção das populações indígenas em todo o planeta, a preservação dessa ilha de verde cercada de soja e a manutenção das condições ambientais necessárias à perpetuação do modo de vida das populações que lá residem hoje depende da gestão das áreas de entorno de uma forma nunca vista ao longo dos 44 anos de história do Parque. Com grande parte de sua vida material e espiritual associada aos rios que cortam o Parque, os povos do Xingu observam a degradação das condições de seus principais rios, cujas nascentes, na sua grande maioria, se encontram fora dos limites do Parque, em áreas onde o desmatamento e a expansão das lavouras afetam diretamente a situação dos rios. O uso de agrotóxicos e o desrespeito às áreas de preservação permanente e de reserva legal, entre outros tantos fatores, estão influenciando de tal forma as condições dos recursos hídricos no interior do Parque que se não forem tomadas atitudes capazes de reverter esse quadro é possível que isso venha a afetar a perpetuação do modo de vida xinguano a médio e longo prazo. Desculpem o tamanho da mensagem.Grande abraço,

Por Redação ((o))eco
23 de agosto de 2005

Boas-vindas

De ReginaO Eco... estou orgulhosa de ter me inscrito neste informativo pois acabo de chegar de um curso sobre projetos com uma pessoa com quem tive ORGULHO de estar: Suzana Pádua. Ela falou muito bem de vocês, de toda a equpe. Que bom conhecer pessoas como ela e contar com a presença virtual de vocês. Obrigadão.

Por Redação ((o))eco
22 de agosto de 2005

O que te motiva?

De Michelle Prezada Ana,Também sou montanhista. Freqüento o CEB. Faz pouco tempo criei um site pessoal. No momento, só possui a exposição "Partes de Mim" que participou do FotoRio 2005. Estou atualizando-o, ou melhor, de fato criando uma identidade para o site. O objetivo é fazer um site de textos e fotos. O objetivo é falar de viagens, montanhismo etc. Gostei muito da sua matéria "O que te motiva?". Inclusive, fiz uma monografia sobre as "Formas de Sociabilidade na Extensa Floresta da Tijuca" para a pós-graduação lato sensu Fotografia Aplicadas às Ciências Sociais da UCAM, abordando as relações sociais no mundo da montanha. Citei inclusive a sua matéria na minha monografia. A sua matéria realmente está perfeita. É tudo aquilo mesmo que você colocou ali. Bem, vou criar no site um link "O mundo das montanhas" para colocar textos meus, de amigos, publicadas na mídia sobre montanhismo. E gostaria de saber se posso colocar a sua matéria.Abraços

Por Redação ((o))eco
22 de agosto de 2005