Grilos

Em Óbidos, há um grupo de grileiros que protocolaram posse de terras na área onde será criada a Floresta Estadual do Trombetas no Instituto de Terras do Pará. Mas nenhum deles apareceu na audiência pública.

Por Carolina Elia
2 de agosto de 2006

Mudança

Durante a audiência, uma voz levantou-se para defender, ao invés da Floresta Estadual, a criação de uma Reserva Extrativista. Foi rechaçado por um membro do governo estadual, que retrucou que os estudos não indicaram a presença de grandes massas de populações tradicionais na região. Lembrou também que Reservas Extrativistas precisam deixar de serem vistas como alternativa à pobreza e que tampouco servem para combater o desmatamento. Em tempos de populismo ambiental, onde em nome da justiça social governos não se incomodam em reduzir áreas de Unidades de Conservação, trata-se de posição digna de registro.

Por Carolina Elia
2 de agosto de 2006

Agenda

A próxima audiência pública sobre a Floresta Estadual do Trombetas acontece nesta quinta-feira, em Oriximiná. Já se sabe que estará presente um grupo de quilombolas defendendo a criação de uma área exclusiva para seu assentamento. Ainda não está claro exatamente onde o grupo quer ser assentado. A área que reinvindicam corre o risco de estar fora do terreno demarcado para a futura Floresta. Nesse caso, suas reinvindicações serão atendidas sem problema.

Por Carolina Elia
2 de agosto de 2006

Grande Notícia

No sábado, em Faro, também na Calha Norte, acontece a audiência pública sobre a criação da Floresta Estadual de Nhamunda-Mapuera, com 700 mil hectares. Junto com as Florestas do Parú e do Trombetas, formarão um cinturão de áreas protegidas na Calha Norte do Pará que vai do Amazonas até quase o Amapá. As três deverão ser criadas pelo governo estadual até 15 de agosto. Se acontecer, será uma grande notícia.

Por Carolina Elia
2 de agosto de 2006

Nem tão seletivo

Um estudo inédito diz que as áreas da Amazônia onde se faz corte seletivo de árvores são destruídas poucos anos depois que a retirada começa. Segundo o pesquisador norte-americano Greg Asner, do Instituto Carnegie, na Califórnia , 32% dessas áreas foram arrasadas em no máximo quatro anos. O cientista diz que isso acontece porque a derrubada programada utiliza as mesmas rodovias do desmatamento puro e simples. É natural, portanto, que os dois processos aconteçam nos mesmos locais. A notícia é da Agência Fapesp.

Por Redação ((o))eco
1 de agosto de 2006

Desastre premiado

A Fundação Estadual de Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma) premiou ontem, pela segunda vez, o projeto ambiental da Construções e Comércio Camargo Corrêa, responsável pela Usina Hidrelétrica de Campos Novos. Há pouco mais de um mês o lago da hidrelétrica foi esvaziado às pressas por causa de falhas estruturais, que provocaram rachaduras na barragem. A empresa premiada pela Fatma ameaçou, com o vazamento, 20 mil famílias e destruiu importantes trechos de mata nativa. Isso sem falar em toda destruição ambiental durante a construção do empreendimento.

Por Redação ((o))eco
1 de agosto de 2006

Muda

A Camargo Corrêa recebeu o prêmio Fritz Müller por ter decidido produzir 1 milhão de mudas de araucárias para satisfazer a exigência da Fatma de restaurar a área usada como canteiro de obras da usina com cerca de 7 mil mudas nativas e para distribuir as milhares de mudas excedentes por Santa Catarina. Pena que uma araucária plantada do lado da outra não tenha valor ecológico nenhum. É puro marketing.

Por Redação ((o))eco
1 de agosto de 2006

Multada

A Aracruz foi multada em 40 mil reais (valor máximo permitido pela Lei de Crimes Ambientais) por desmatar na surdina 0,86 hectares em Córrego Jacutinga, no Espírito Santo. A empresa de celulose tem até o dia 16 de agosto para recorrer.

Por Redação ((o))eco
1 de agosto de 2006

Queimadas proibidas

O governo do Paraná proibiu a emissão de licenças de queimada para qualquer finalidade, devido ao clima seco e a baixa umidade. As autorizações já concedidas também estão suspensas e por tempo indeterminado. Quem descumprir a medida corre o risco de ser multado em 1.500 reais por hectare queimado, no caso de florestas, e mil reais se a queimada servir para atividades agrícolas.

Por Redação ((o))eco
1 de agosto de 2006

Liberada

Em São Paulo, devido à sutil melhora na qualidade do ar nos últimos dias, a secretaria de meio ambiente liberou a queima da palha de cana de açúcar em todos os municípios do estado. No entanto, o governo paulista informou que a medida pode ser suspensa a qualquer momento.

Por Redação ((o))eco
1 de agosto de 2006